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'É uma forma de prestar contas', afirmam Gil e Juca Ferreira sobre 'Cultura Pela Palavra'

Por Marília Moreira

'É uma forma de prestar contas', afirmam Gil e Juca Ferreira sobre 'Cultura Pela Palavra'
Foto: Fernanda Aragão/ Bahia Notícias
Há menos de uma semana da nona edição da Virada Cultural de São Paulo, evento que promete movimentar e integrar ainda mais o segmento, o secretário da Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, e o cantor Gilberto Gil, ambos baianos, lançaram o livro "Cultura Pela Palavra", na noite desta terça-feira (14), na Livraria Cultura do Salvador Shopping. A obra é uma coletânea de artigos, entrevistas e discursos publicados durante os anos em que comandaram o Ministério da Cultura, no governo Lula. "O livro é resposta a uma demanda, uma forma de prestar contas através do que foi dito, do que foi pensado. As pessoas pediam que registrássemos o que pretendíamos e o que conseguimos fazer com as nossas gestões. É preciso mostrar essa herança e é bom sabê-la pelos próprios autores", comentou Gil durante o lançamento. A organização da obra, no entanto, ficou por conta do sociólogo e doutor em Política de Ciência e Tecnologia Maurício Siqueira, do economista e doutor em Cultura e Sociedade Armando Almeida e da pedagoga e doutora em Ciência da Literatura Beatriz Albernaz. Temas como direitos autorais, legalização das drogas, cultura digital, economia criativa e pontos de cultura integram muitos dos textos selecionados, os quais refletem as preocupações substanciais da administração da pasta pela dupla. "Nós encaramos a cultura a partir de três perspectivas: a simbólica, relacionada ao modo de ver e recriar mundos; a cidadã, como garantia de acesso a todos e a econômica, relacionada à produção de riquezas", sintetizou Juca Ferreira em entrevista ao Bahia Notícias. Ao considerar esses eixos, o ex-ministro não vê grandes descontinuidades entre as gestões dos anos 2003 e 2010 e a atual. "Apesar do descompasso inicial, a ministra Marta Suplicy já tomou um bom caminho", afirmou. Gil concorda com o pensamento. "Os modos de tocar o funcionamento do Ministério mudam muito de pessoa para pessoa, mas não vejo grandes descontinuidades. Não acho que haja substância realmente profunda para se discutir acerca disso. Há queixas quanto ao desprestígio de alguns planos, como os Pontos de Cultura", avaliou. “Cultura Pela Palavra” é um lançamento da editora Versal e custa R$ 66.