Nacionalmente conhecida como cantora, Ellen Ol&eacute;ria &eacute; atriz formada pela Universidade de Bras&iacute;lia. A motiva&ccedil;&atilde;o para o show &ldquo;Trilhas de Novelas&rdquo;, que ela apresenta neste fim de semana em Salvador, poderia vir da possibilidade de unir suas duas paix&otilde;es &ndash;&nbsp;a m&uacute;sica e as artes c&ecirc;nicas &ndash;&nbsp;mas, na realidade, n&atilde;o se trata disso. &ldquo;Essa justificativa &eacute; &oacute;tima, mas na verdade n&atilde;o (risos). Na verdade, apesar dessa justificativa ser maravilhosa, tudo come&ccedil;ou com um convite da Orquestra Jazz Sinf&ocirc;nica. O maestro [Jo&atilde;o Maur&iacute;cio] Galindo&nbsp;me ligou e disse que a orquestra estava com essa proposta de trazer um repert&oacute;rio mais popular para o p&uacute;blico de S&atilde;o Paulo e me convidou para cantar as can&ccedil;&otilde;es. Ele me perguntou o que eu gostaria de fazer, e tudo foi bem aberto na verdade&rdquo;, conta a artista&nbsp;sobre a origem do show, que fica em cartaz nesta sexta-feira (20) e s&aacute;bado (21), &agrave;s 20h30, no Caf&eacute;-Teatro Rubi. 
 
Apesar de o repert&oacute;rio ser o mesmo daquele projeto inicial, de outubro de 2014, o som que o p&uacute;blico baiano ir&aacute; conferir neste fim de semana tem algumas diferen&ccedil;as marcantes. &ldquo;Depois de ter feito amizade com os arranjadores, eu pensei em fazer uma vers&atilde;o pocket. Acho que para encarar a estrada fica mais f&aacute;cil, at&eacute;. Os arranjadores foram super receptivos, a gente chegou a fazer em sexteto, em Bras&iacute;lia, e agora a gente est&aacute; fazendo uma vers&atilde;o mais enxuta, mais ac&uacute;stica e com mais jazz no formato. Ent&atilde;o eu vou com um power trio: piano, baixo e bateria&rdquo;, conta Ellen Ol&eacute;ria. &ldquo;&Eacute; o mesmo repert&oacute;rio que eu desenhei com o maestro, inclusive eu acho que a gente veio crescendo. Cada vez que a gente muda o formato, os arranjos tomam novo corpo. Ent&atilde;o, apesar da gente se inspirar nos originais, passar pelos arranjos que foram apresentados pela orquestra, que &eacute; muito complexo, s&atilde;o muitas vozes em cena ao mesmo tempo.&nbsp;Quando a gente enxuga, a gente volta para aquele cen&aacute;rio um pouco mais popular, sem perder o eruditismo que eu acho que um cancioneiro j&aacute; traz dentro da poesia. Ent&atilde;o eu mantenho o repert&oacute;rio original da primeira vez que apresentei, mas ele ganha essa nova roupagem&rdquo;, explica Ellen, que diz estar ainda mais &agrave; vontade no palco. &ldquo;Nesse show eu curto um pouco mais, porque eu n&atilde;o estou tocando, ent&atilde;o eu posso brincar um pouco mais, estou mais solta no palco como cantora&rdquo;, diz.

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Projeto nasceu a&nbsp;convite da Orquestra Jazz Sinf&ocirc;nica, em 2014 | Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o / Youtube

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A escolha do set list remonta as mem&oacute;rias afetivas da artista, seja diretamente, por meio dos folhetins que ela acompanhou e de suas predile&ccedil;&otilde;es, ou pela influ&ecirc;ncia da fam&iacute;lia. &ldquo;Lembrei dos gostos de minha m&atilde;e em casa, que curtia muito conhecer a m&uacute;sica brasileira atrav&eacute;s das hist&oacute;rias dos personagens nas novelas&rdquo;, conta a cantora. Por isso,&nbsp;o recorte acabou priorizando os cl&aacute;ssicos do passado. &ldquo;A gente visita o cancioneiro popular brasileiro, um pouco mais das antigas. &Eacute; de um per&iacute;odo, inclusive, que eu via mais as novelas. J&aacute; tem alguns anos, desde que a m&uacute;sica me abra&ccedil;ou, de fato, e eu fiz dela profiss&atilde;o, que eu acabo n&atilde;o tendo muita oportunidade de acompanhar as novelas&rdquo;, detalha a artista. Dentre os folhetins visitados no projeto est&atilde;o &ldquo;Saramandaia&rdquo;, &ldquo;Pecado Capital&rdquo;, &ldquo;Gabriela&rdquo;, e composi&ccedil;&otilde;es de nomes como Vin&iacute;cius de Moraes, Tom Jobim, Djavan, Fagner, Jo&atilde;o Bosco e dos baianos Dorival Caymmi e Carlinhos Brown. Este &uacute;ltimo, representado por &ldquo;Meia Lua Inteira&rdquo;, sucesso na voz de outro artista da terra, Caetano Veloso. A m&uacute;sica entrou em &ldquo;Tieta&rdquo;, novela inspirada na obra de outro c&eacute;lebre baiano, Jorge Amado.

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Trilha de &quot;Saramandaia&quot;, a can&ccedil;&atilde;o &quot;Pav&atilde;o Misterioso&quot; &eacute; parte do repert&oacute;rio:

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Curiosamente, parece que casamento entre as artes c&ecirc;nicas e a m&uacute;sica tem perpassado, mesmo que de forma involunt&aacute;ria, os recentes caminhos de Ellen Ol&eacute;ria. H&aacute; uma semana ela encerrou uma turn&ecirc; de um ano com o espet&aacute;culo &ldquo;L, O Musical&rdquo;, no qual al&eacute;m de fazer parte do elenco, atuou como assistente de dramaturgia e assinou o roteiro musical, junto com S&eacute;rgio Maggio e Lu&iacute;s Filipe de Lima. &ldquo;Fiquei 12 anos sem atuar como atriz. Desde minha forma&ccedil;&atilde;o a m&uacute;sica falou muito mais alto, me abra&ccedil;ou, tem sido muito generosa comigo. Eu retribui dedicando todo meu tempo e os meus estudos, meu trabalho para m&uacute;sica, mas agora eu tive a oportunidade de voltar, para lembrar como eu amo estar em cena como atriz&rdquo;, conta a brasiliense.&nbsp;

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J&aacute; para o futuro, ela projeta mais um resgate, que culminar&aacute; no nascimento de um novo &aacute;lbum. &ldquo;Eu tenho pesquisado muito nossas tradi&ccedil;&otilde;es. Acho que &eacute; assim que a gente evidencia nossas contradi&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m&rdquo;, diz a cantora.&nbsp;Para ela, &eacute; importante&nbsp;conhecer as origens para entender onde se quer chegar. &ldquo;Isso faz parte do que foi minha pesquisa para o &lsquo;Afrofuturista&rsquo; [&uacute;ltimo disco, lan&ccedil;ado em 2016], e isso marca muito o meu corpo hoje. Acho que &eacute; muito importante a gente se conectar com o tempo presente, mas nunca abandonando as nossas origens, percebendo a gente conectada com nossa hist&oacute;ria, para a gente poder construir esse vetor que aponta para um futuro mais interessante&rdquo;, explica Ellen Ol&eacute;ria, revelando que ap&oacute;s um longo tempo de pr&eacute;-produ&ccedil;&atilde;o, o novo disco tem previs&atilde;o de lan&ccedil;amento para o segundo semestre deste ano. &ldquo;Ent&atilde;o, eu nunca vou abandonar minhas ra&iacute;zes afro. Acho que &eacute; assim que a gente aprendeu a viver a cultura nas Am&eacute;ricas e no Caribe, numa esp&eacute;cie de di&aacute;spora africana. Isso est&aacute; muito presente no novo trabalho&rdquo;, conta a artista. Elen ainda aponra algumas de&nbsp;suas fontes de inspira&ccedil;&atilde;o:&nbsp;&ldquo;O jazz se tornou um mergulho muito intenso, foi um mergulho que eu dei neste &uacute;ltimo ano, paralelo no teatro. Eu fiz v&aacute;rias visita&ccedil;&otilde;es &agrave;s divas do jazz, eu cantei Ella Fitzgerald, Nina Simone, at&eacute; em franc&ecirc;s, cantei Edite Piaf. Esse passeio pela m&uacute;sica do mundo, esse novo bra&ccedil;o da m&uacute;sica negra nas Am&eacute;ricas, est&aacute; muito presente na minha vida, ent&atilde;o eu acho que o pr&oacute;ximo trabalho deve vir recheado dessa influ&ecirc;ncia tamb&eacute;m&rdquo;, conclui.

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SERVI&Ccedil;O 
O QU&Ecirc;: Ellen Ol&eacute;ria &ndash; Trilhas de Novelas 
QUANDO: Sexta-feira e s&aacute;bado, 20 e 21 de abril, 20h30 
ONDE: Caf&eacute;-Teatro Rubi &ndash; Salvador (BA) 
VALOR: Couvert art&iacute;stico de R$ 70

A cantora Ellen Ol&eacute;ria retorna a Salvador este m&ecirc;s, para apresentar o show &ldquo;Trilhas de Novela&rdquo;, em cartaz nos dias 20 e 21 de abril, &agrave;s 20h30, no Caf&eacute;-Teatro Rubi, situado no Wish Hotel da Bahia (ex-Sheraton). Na ocasi&atilde;o, a artista interpretar&aacute; cl&aacute;ssicos da m&uacute;sica popular que embalaram personagens inesquec&iacute;veis na TV brasileira. No repert&oacute;rio, que viaja no tempo atrav&eacute;s de diversas d&eacute;cadas, can&ccedil;&otilde;es de nomes como Vin&iacute;cius de Moraes, Tom Jobim, Djavan, Fagner, Dorival Caymmi, Jo&atilde;o Bosco, Carlinhos Brown. O couvert art&iacute;stico custa R$ 70.

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SERVI&Ccedil;O 
O QU&Ecirc;: Ellen Ol&eacute;ria &ndash; Trilhas de Novelas 
QUANDO: Sexta-feira e s&aacute;bado, 20 e 21 de abril, &agrave;s 20h30 
ONDE: Caf&eacute;-Teatro Rubi - Wish Hotel da Bahia (ex-Sheraton) &ndash; Salvador (BA) 
VALOR: Couvert art&iacute;stico de R$ 70

Ap&oacute;s lan&ccedil;ar o EP &quot;Anavit&oacute;ria Canta para Foli&otilde;es de Bloco. Foli&otilde;es de Avenida e N&atilde;o Foli&otilde;es Tamb&eacute;m&quot;, na &uacute;ltima semana, o Duo divulgou na manh&atilde; desta sexta-feira (9) o clipe da m&uacute;sica &quot;Clareiam&ocirc;&quot;, que conta com a participa&ccedil;&atilde;o de Saulo Fernandes. Em&nbsp;recente entrevista ao G1, a dupla falou sobre o dueto com o baiano. &quot;A ideia de gravar com ele existiu antes de a m&uacute;sica existir. Est&aacute;vamos em Portugal conversando e surgiu a ideia. No final do ano, est&aacute;vamos buscando a m&uacute;sica, quer&iacute;amos uma in&eacute;dita. E a Vi me mandou &aacute;udio com a letra. A&iacute; dei um formato para a m&uacute;sica. E Saulo terminou no est&uacute;dio&rdquo;, relembrou Ana. O clipe foi dirigido pela tamb&eacute;m cantora e atriz Manu Gavassi. &nbsp;O projeto conta ainda com tr&ecirc;s m&uacute;sicas dos anos 1990: &ldquo;Vem Meu Amor&rdquo;, &ldquo;Me Abra&ccedil;a&rdquo; e &ldquo;Baianidade Nago&rdquo;. Assista &ldquo;Clareiam&ocirc;&rdquo;:

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Notícia

Ellen Oléria e Saulo são os convidados do próximo ensaio da Orkestra Rumpilezz

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