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Marca Bahia Notícias

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Na Flip, autor de livro sobre depressão comove público com relatos pessoais

Na Flip, autor de livro sobre depressão comove público com relatos pessoais
Foto: Marcos de Paula / Estadão Conteúdo
O jornalista americano Andrew Solomon emocionou a plateia da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) ao contar relatos pessoais sobre a doença que enfrenta: a depressão. Autor de “O Demônio da Meia-Noite”, um dos mais elogiados e premiados estudos sobre o problema, e de “Longe da Árvore”, que fala sobre surdez, esquizofrenia entre outros, ele falou abertamente sobre coisas pessoais abordadas nas duas obras. "Depressão é uma condição crônica. Tomo medicamentos e as vezes tenho recaídas”, disse. Salomon iniciou o discurso dizendo que ficou surpreso ao receber o pagamento pelas vendas no Brasil. "Pensava que todo mundo aqui era feliz", brincou.
 
O americano respondeu perguntas do mediador, o jornalista Otavio Frias Filho, e do público. "Muita gente me pergunta se escrever sobre a depressão foi catártico. Escrever o livro me ajudou de duas formas. Conhecimento é poder. Quanto mais conhecimento as pessoas têm, mais vão entender”, explicou. Ao final do encontro, ao ser questionado por uma pessoa de Santa Maria sobre o que se poderia dizer aos pais que perderam filhos no incêndio da boate Kiss, ele afirmou que nem tudo pode ser encarado como depressão. "As pessoas confundem luto e depressão. Com o tempo, a situação de luto tende a ficar melhor. Depressão é uma condição que piora. Não são exatamente a mesma coisa. O luto é um dos sinais de reação à vida. Se o luto te paralisa, aí às vezes precisa de tratamento", respondeu.