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Marca Bahia Notícias

Notícia

Show celebra obra de Batatinha no dia que marca 90 anos de nascimento do sambista baiano

Por Jamile Amine e Renata Farias

Show celebra obra de Batatinha no dia que marca 90 anos de nascimento do sambista baiano
Batatinha é autor de canções gravadas por grandes nomes da MPB Foto: Divulgação
O sambista baiano Batatinha (1924 - 1997) misturava a simplicidade das composições feitas com caixas de fósforo e a sofisticação de canções cheias de poesia. O músico dá nome a um circuito de carnaval em Salvador e já foi gravado por grandes nomes, como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Jamelão, Moraes Moreira, Jair Rodrigues e Gilberto Gil. Se estivesse vivo, nesta terça-feira (5) o boêmio “diplomata do samba” - em referência à música “Diplomacia”, em que entoa o verso “Sou diplomado em matéria de sofrer”, completaria 90 anos. Para celebrar a data, o Teatro Vila Velha recebe, às 20h, o show “Batatinha 90”, realizado pelo grupo Outros Diversos, liderado pelo neto do sambista, Gabriel Batatinha, e com a participação de Margareth Menezes, Juliana Ribeiro, Dão, Chico Evangelista e Walmir Lima. Além de releituras de grandes clássicos, serão apresentadas duas canções inéditas do sambista: "Samba e suingue" e "Olha aí o que é que há". O show faz parte do projeto “Outros Sambas Diversos”, que reúne jovens músicos para reverenciar sambistas consagrados durantes as terças-feiras do mês de agosto, em homenagem a nomes como Batatinha, Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Novos Baianos.
 
Confira a música que deu a Batatinha a alcunha de “diplomata do samba”:

 
"A ideia foi de Márcio Meireles. Era um show que a gente já fazia cantando compositores baianos, no Santo Antônio [Além do Carmo], sempre com a participação de uma pessoa da velha guarda", disse Gabriel em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com o neto de Batatinha, a data de início da temporada "caiu de presente", pois coincide com o aniversário do sambista. Ainda em homenagem ao artista, um acervo digital contendo músicas, letras, cifras, partituras, documentos e entrevistas será lançado em outubro deste ano. O Acervo Batatinha, que recebeu financiamento de R$ 159 mil do projeto Natura Musical, reunirá toda a obra do artista e servirá de referência para pesquisadores e grande público. O projeto, que teve a família como proponente, surgiu de conversas com produtores que freqüentam o bar Toalha da Saudade, ponto de encontro da boemia e do samba, que, fundado em 1982 por filhos de Batatinha, foi batizado com um dos sucessos do compositor. A pesquisa para o acervo utilizou como base entrevistas gravadas por Paquito e J. Velloso para produzir o disco Diplomacia (1998), nos últimos dois anos de vida de Batatinha, que morreu de câncer aos 72 anos. O álbum, que ganhou o Prêmio Sharp de Melhor Disco de Samba, conta com 12 canções gravadas pelo sambista e outras cinco interpretadas por Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Jussara Silveira.Para Gabriel, o projeto ofereceu a oportunidade de conviver com grandes nomes da música baiana e também de realizar shows no Teatro Vila Velha, onde Batatinha apresentou seu primeiro e último shows. "Hoje eu conheço mais Batatinha do que conheci em vida. O que ele deixa pra mim vai além do legado da obra. É uma herança do Samba, que eu prezo muito", refletiu.
 
Serviço
O QUÊ:
Outros Sambas Diversos - Tributo a Batatinha
QUANDO: Terça-feira (5), às 20h
ONDE: Sala principal do Teatro Vila Velha
QUANTO: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)