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Marca Bahia Notícias

Notícia

De volta ao Brasil, Mônica Freire apresenta show autoral ‘O Fio” no Teatro Sesi

Por Milena Abreu

De volta ao Brasil, Mônica Freire apresenta show autoral ‘O Fio” no Teatro Sesi
Foto: Flora Rodriguez
A cantora baiana Mônica Freire volta à Salvador nessa sexta-feira (27) para apresentar o seu show autoral “ O Fio”, no Teatro Sesi do Rio Vermelho. Vivendo no Canadá já há 17 anos, Mônica apresenta um trabalho cheio de dicotomias, fortemente influenciado por suas raízes brasileiras, mas, se misturando com o universo da cultura francesa, presente nos países nos quais morou. “Vivi 25 anos em países diferentes que estavam sempre unidos por essa cultura. O show mostra essa dualidade entre as duas culturas. Fiz muitas parcerias com pessoas que escrevem em francês, com poetas desse universo. Apesar de ter vivido muito tempo fora, sou muito ligada às raízes, gosto de pesquisar percussões brasileiras. Muita coisa da música vem pra mim através do ritmo”, explicou a cantora. Em “O fio”, Mônica disse que apresenta um diálogo entre sonoridades da guitarra elétrica com percussões nordestinas, fruto da mistura que marca a música contemporânea brasileira. Seu trabalho já circulou por diversos países, como México, Japão, China e muitos da Europa. Contudo, Mônica explicou que as dificuldades e desafios do mundo musical estão presentes em todos os lugares, não apenas no Brasil. “Cada lugar tem seus desafios. Muitas vezes achamos que fora as coisas são mais fáceis. Cada lugar tem uma personalidade. A busca por realizar é constante e é preciso estar sempre traduzindo melhor o que a gente é para deixar os caminhos se abrirem. Não acho que lá fora seja um espaço mais fácil de conquistar, mas a música vai te levando. O Brasil é um lugar que dá muita música, mas, sabemos que tem coisas ainda precisam se adaptar e melhorar” comentou. Contudo, Mônica disse acreditar que a Bahia vem passando por um momento musical muito bom e fértil, com muita coisa acontecendo na música alternativa. “Alguns anos eu voltava para cá e não conseguia me ver dentro desse cenário. As coisas têm mudado bastante. Hoje consigo dialogar mais com o que vem sendo produzido”, constatou. Quando tinha 17 anos, a artista fez parte do Bloco Pinel no Carnaval de Salvador, substituindo a cantora Daniela Mercury. “Eu fiz esse carnaval em 90 e eu era muito nova, tinha 17 anos. Estava justamente lidando com essa coisa de viver com música, mergulhar de cabeça. Ao mesmo tempo, eu fazia duas universidades. Era um universo muito intenso, o carnaval tem uma força muito grande, um poder muito forte dentro da gente. Foi uma experiência muito boa, mas, sempre tive uma vontade de traçar um caminho mais autoral, dentro de músicas diversas, e não consegui me encontrar muito dentro desse universo (do axé). Quando tive a oportunidade, no ano seguinte, de tocar no Caribe por um tempo, comecei a viajar e viver outras coisas.” comentou a cantora, que esteve presente em diversos festivais internacionais depois que deixou o Brasil. “Foi mais forte para mim essa busca de estar na estrada, por um caminho mais meu, que fizesse parte de um universo particular e trouxesse diferenças. Viajar traz muito isso, o universo da música vem de uma forma natural. As oportunidades foram aparecendo e as coisas crescendo e eu fui me deixando ser levada por esse vento das descobertas. Eu sou uma pessoa muito curiosa e quero experimentar coisas novas”, explicou.  O último álbum, de 2008, foi produzido ao lado de Buguinha Dub (Marcos Matias), do Nação Zumbi. Além dele, a cantora também já fez parceria com diversos cantores, como Thiago Lobão, Tiganá Santana, Rodrigo Sestrem e Arnaldo Antunes, com quem já fez duas canções. “Gosto muito da forma como ele (Arnaldo) escreve e transmite a musica. Sua personalidade é muito forte. A parceria aconteceu de uma forma muito natural, bacana. Fizemos outra musica que não esta gravada e estará no show. Sou uma pessoa privilegiada e de sorte por encontrar pessoas que alimentam minha arte e minha música”, disse.  Mônica Freire irá apresentar o show “O Fio” ao lado dos músicos Alessandro Mônaco (percussão), Ian Cardoso (guitarra, viola e charango) e Thiago Trad (bateria, mpc e sintetizador), além de contar com a participação de Ian Lasserre, Thiago Lobão e Ana Luisa Barral. O show tem início às 20h e os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia).

O Fio – Mônica Freire, Ian Cardoso, Thiago Trad e Alessandro Mônaco
Quando:  Sexta-Feira (27) 
Horário: 20h
Onde: Teatro Sesi Rio Vermelho 
Valor: R$ 10 (meia) e R$20 (inteira)