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Marca Bahia Notícias

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‘Existe um deserto de comunicação’, diz Pola Ribeiro sobre comunicação institucional

Por Jamile Amine

‘Existe um deserto de comunicação’, diz Pola Ribeiro sobre comunicação institucional
Foto: Divulgação
Sociedade civil organizada, gestores públicos, produtores, artistas e público interessado em debater sobre a participação popular na construção de políticas públicas do Ministério da Cultura (MinC) se reuniram na manhã desta segunda-feira (13) no Teatro do Irdeb, para a realização II Diálogo em Rede, parte da Caravana da Cultura na Bahia. No encontro, transmitido ao vivo pela internet, houve um debate sobre a  criação do Gabinete Digital do MinC, o planejamento de reestruturação do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC) e a definição de um novo modelo de Conferência Nacional de Cultura. Compõem a mesa o secretário de Articulação Institucional, Vinícius Wu; o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Carlos Paiva; o secretário do Audiovisual, Pola Ribeiro; os professores da UFBA, Wilson Gomes e Ernani Coelho Neto; a coordenadora pedagógica do Ponto de Cultura Bankoma, Eliana Sousa e Maria Fulgência, do Ponto de Cultura Odu Odara.
 
Na abertura do debate, Vinícius Wu destacou o “momento desafiador da democracia brasileira”, no qual existe um questionamento profundo sobre as instituições democráticas, muitas vezes atribuídos a uma crise na representação. “O fato é que o Brasil avançou muito na abertura e criação de canais de interferência na gestão pública”, disse o secretário, acrescentando que é “necessário realizar esforço coletivo para criar novos caminhos para a transferência efetiva da cidadania”, completou o gestor. Já Pola Ribeiro fez duras críticas ao modelo de comunicação institucional no Brasil. “O Estado brasileiro se comunica muito mal em todas as instâncias, municipal, estadual e federal. Existe um deserto de comunicação. Se você ouve pouco, você termina trabalhando para poucos”, disse o secretário do Audiovisual, ponderando, no entanto, que nos últimos 10 anos houve uma sinalização muito forte a respeito da gestão democrática. “O Brasil é de todos, a Bahia é de todos nós. Estão sinalizando, no slogan, que se quer trabalhar para todos e construir com todos. É preciso construir uma ferramenta de participação conjunta”, afirmou. O secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Carlos Paiva, disse que é preciso reestruturar a política de fomento no Brasil, que é a mesma há mais de 20 anos e que “já está começando a perder a validade”. Para ele, o atual modelo foi importante naquele momento histórico, “mas já não dialoga com a realidade econômica, social e política do país e nem com as possibilidades de participação, transparência e construção de novas dinâmicas”.
 
O ministro Juca Ferreira, que está na capital baiana para a Caravana da Cultura, não participou do evento, mas ainda nesta segunda-feira se reunirá com o governador Rui Costa, visitará o Terreiro Ilê Opô Afonjá e o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, e assistirá à apresentação do Festival Internacional Vivadança.