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Marca Bahia Notícias

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Cine Glauber Rocha pode fechar por falta de estacionamento, segurança e mobilidade

Por Jamile Amine

Cine Glauber Rocha pode fechar por falta de estacionamento, segurança e mobilidade
Foto: Divulgação
Após seis anos de funcionamento, o Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha pode fechar as portas por problemas de infraestrutura no Centro Histórico de Salvador. “Temos um equipamento de qualidade, uma das melhores salas, com relação à projeção e som, do Brasil. Mas a gente está praticamente sozinho ali. A gente perdeu algumas coisas que tinha. É difícil a mobilidade, porque diminuíram as linhas de ônibus; estamos sem estacionamento suficiente, porque há seis meses a Transalvador tirou a zona azul que existia na frente do cinema; além da sensação de insegurança, que a cidade vem sofrendo cada vez mais”, justifica o cineasta Claudio Marques, diretor do espaço. Ele destaca ainda o desempenho ruim no último ano, com Copa do Mundo, eleições, greve da polícia e um roubo de cabos do cinema. 
 
Para Marques a reabertura do Teatro Gregório de Mattos na região é positiva, mas considera ainda “muito tímido, em curto prazo, sentir melhora”. “Até simbolicamente é incrível o teatro ter sido reaberto, mas de qualquer maneira são seis anos praticamente da gente sozinho para algo começar a acontecer. A gente está com a energia um pouco gasta. Estes fatores, junto com as obras do Palace e a possibilidade do Fasano, fazem com que a gente ganhe alguma esperança” diz o diretor do Glauber Rocha, que também não conseguiu enxergar de forma imediata um incremento de público após a cobrança de estacionamento nos shoppings da cidade. “Melhorou um pouco, a mesma coisa com relação ao Gregório. É tudo muito recente, começou agora, com possibilidades de melhoras. Por exemplo, a gente tem uma quantidade maior de pessoas que procuram, mas tem limitação porque a Transalvador proibiu o estacionamento e a gente não está conseguindo dialogo. São gargalos de infraestrutura e depende também do poder publico. Isso vai asfixiando nosso negócio. É muito tempo de aposta numa região sem resposta dos poderes públicos”, revela Claudio, explicando que cogita o fechamento, mas não é ainda uma questão decidida. “Espero que a gente consiga se manter, mas estamos precisando sentir uma mudança nesses pontos e no interesse dos poderes nesta área”, conclui.