Chef compra restaurante e espera avaliação do Guia Michelin em Salvador: 'Estou preparado'
Por Alexandre Galvão
Rui Carneiro | Foto: Divulgação
Um salto de paraquedas que deu certo. Esta é avaliação que o chef de cozinha Rui Carneiro, natural de Conceição do Coité, faz da sua entrada na culinária. Iniciado em São Paulo, com o chef Alex Atala, no tradicional restaurante D.O.M, Rui passou pelo Café Antiqüe – também em São Paulo – onde descobriu a culinária francesa. “Na verdade, o D.O.M é contemporâneo, mas, na minha época, tinha ainda um toque francês”, relembra. Depois do Antiqüe, Carneiro embarcou para Londres, onde trabalhou no Favela Chic, um restaurante franco-brasileiro. “E daí eu peguei o gosto pela cozinha francesa. Aí vim para Salvador e me deparei com o Chez Bernard e me encantei pelo restaurante, que é bonito, incrível, aconchegante”, elogia. O carinho pelo restaurante deixou de ser graça de funcionário. Desde a semana passada, o chef assumiu também a persona de chefe administrativo. Comprou o restaurante e realizou um sonho antigo: ter o próprio negócio. Com o avanço na carreira, Rui sonha com uma estrela do Guia Michelin Brasil. O guia é responsável por premiar os melhores restaurantes, classificando-os com estrelas (de um a três) e, por enquanto, é publicado apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo. No Brasil, o restaurante mais bem avaliado é o D.O.M, com duas estrelas. “Quando chegar na Bahia, eu pretendo ter uma estrela. Estou preparado para isso. Nessa vida, a gente tem que estar preparado para tudo”, justificou. Com a aquisição do empreendimento em meio a um momento de crise, Carneiro diz que o cenário é o propício para exercitar a criatividade. “Eu tenho um público consolidado em Salvador e o nosso restaurante é pequeno. Então, isso me deixa muito confortável. No momento de crise é que a gente tem de ser criativo para superar”, ensinou. Ainda segundo Carneiro, quem frequentar o espaço não irá notar muitas diferenças após a sua entrada na parte administrativa. “Eu vou manter tudo como era antes. A decoração, tudo. Não vou mexer muito. A única coisa que vou fazer é mudar o cardápio com muita frequência. Toda equipe, desde salão, até a cozinha, está mantida”, informou. O que também deve se manter é a unidade única do Chez Bernard. “Não tenho planos, para agora, de ampliar. A princípio, não. Quero focar aqui mesmo, em qualidade, cada dia mais aprimorar a qualidade do atendimento, dos insumos... O cliente tem que chegar aqui, desde o serviço de manobristas até a comida e sair ‘hipersatisfeito’”, desejou.