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Marca Bahia Notícias

Notícia

'Tem que fazer pra aprender', afirma Cláudia Raia sobre produção de musicais no Brasil

Por Jamile Amine

'Tem que fazer pra aprender', afirma Cláudia Raia sobre produção de musicais no Brasil
Foto: Divulgação
Celebrando três décadas de carreira, a atriz, bailarina e cantora Claudia Raia apresenta, nesta sexta-feira (22), sábado (23) e domingo (24), na sala principal do Teatro Castro Alves, o espetáculo “Raia 30 - O Musical”, montagem que mergulha na trajetória da artista, através de personagens importantes em sua vida. “A ideia surgiu do meu marido, o Jarbas [Homem de Mello]. Estávamos jantando e ele deu a ideia: porque eu não fazia um espetáculo contando a minha história, que graças a Deus, é bem sucedida. O critério que eu, o Miguel Falabella - que escreveu o texto - e o José Possi Neto - o diretor - utilizamos para escolhermos os personagens que entrariam foram aqueles personagens que são mais teatrais. De TV só entraram Tancinha e Tonhão, que são mais performáticas, mas há citações de vários outros durante o musical. É claro vários de musicais, como a Charity, do Sweet Charity e a Sally Bowles, do Cabaret”, conta Claudia Raia.

Artista traz a Salvador megaprodução com padrão Broadway | Foto: Divulgação
 
Para escrever, dirigir e contar a história da artista em música, ela escolheu velhos parceiros. “Com o Falabella já éramos amigos antes de trabalhar juntos, mas a primeira vez profissionalmente foi em Sassaricando, eu como atriz e ele como um dos diretores”, lembra Claudia, contando que com Possi Neto, que já foi diretor da escola de teatro da Universidade Federal da Bahia, ela também trabalhou outras vezes, em “Cabaret” e “Crazy for You”. Para este espetáculo comemorativo, a artista traz a Salvador uma megaprodução com 14 atores, 32 técnicos, uma orquestra com 16 músicos, além de 200 figurinos, 10 trocas de roupa, uma equipe de 110 profissionais e quatro carretas para transportar cenografia, iluminação e sonorização. Os números impressionam, são marca dos musicais de Claudia Raia, mas bem distantes da realidade na Bahia. “Acho que os outros estados têm que fazer pra aprender. Nós começamos sem saber nada também, e hoje sabemos mais do que ontem. Tem que formar profissionais capacitados pro gênero, técnicos, equipe criativa, atores, cantores e bailarinos”, avalia a atriz sobre o mercado fora do eixo Rio-São Paulo, locais onde os musicais têm mais espaço e investimento, que acabam influenciando, consequentemente, na quantidade e qualidade das produções.
 
Em entrevista recente ao Bahia Notícias, o diretor Aderbal-Freire Filho afirmou que o teatro musical não precisa ser financiado, porque é lucrativo. Junto com ele, a atriz Marieta Severo disse ainda que os incentivos estão muito voltados para esse tipo de montagem, que consumiria quase 90% da lei Rouanet, sobrando pouco para o teatro experimental. Claudia Raia concordou com a afirmação de que existe uma má distribuição de recursos, mas desmitifica a ideia de autossustentabilidade do gênero. “Teve um boom do teatro musical e é um gênero bem mais caro que o teatro falado. Só com o lucro do ingresso não conseguimos arcar com a folha de pagamento. Produzo teatro musical há muitos anos e posso falar com toda certeza que precisamos de patrocínio pra conseguir levantar um espetáculo de grande porte”, revela a artista, que encerra a turnê do “Raia 30” em São Paulo, no início de junho, e logo começa a se preparar para gravar a próxima novela das 21h.

Serviço


O QUÊ: Raia 30 - O Musical
QUANDO: 22, 23 e 24 de Abril | Sexta e Sábado – 18h30 e 21h | Domingo – 20h
ONDE: Teatro Castro Alves
QUANTO: R$ 200/100 – setores de A a P
R$ 140/70 – setores de Q a Z3
R$ 80/40 – setores de Z4 a Z8
R$ 50/25 – setores de Z9 a Z11