Músico baiano de 14 anos faz campanha virtual para comprar bandolim
Por Jamile Amine
Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias
Natural de Conceição do Almeida, Bernardo Manso mudou-se a Salvador com seus pais, logo depois de nascer. A paixão pela música surgiu bem cedo. “Eu comecei ouvindo bandas de rock e já me encantei pelos guitarristas. E ai deu vontade de tocar também, e aos 10 anos comprei uma e tomei um ano de aula particular”, lembra o garoto, hoje aos 14 anos de idade. A história sobre seu primeiro contato com este universo é inusitada. “Chegou um móvel lá em casa, que tinha um adesivo de uma banda de rock, e ai eu procurei, por curiosidade, e comecei a escutar. Era Krisiun, de heavy metal”, revela Bernardo, que depois das primeiras aulas conheceu Armandinho e foi apresentado à Escola Irmãos Macêdo, onde aprendeu também a manusear a guitarra baiana.
Confira o encontro de Bernardo com um de seus maiores ídolos, Armandinho Macêdo:
O gosto pelas cordas fez com que o jovem músico buscasse outros desafios. Paralelo à primeira escola, há dois anos, ele ingressou no Neojiba, onde aprendeu a tocar bandolim. E é justamente para seguir desenvolvendo o instrumento, que ele iniciou uma campanha virtual, com o objetivo de arrecadar a quantia de R$ 4 mil para adquirir um novo bandolim. O seu, comprado de segunda mão, encontra-se com diversos problemas irreversíveis, desde a captação até a escala. “Tem problema na ponte, as cordas ficam descendo”, explica o garoto, que buscou inspiração nas experiências de amigos em crowdfunding e obteve o apoio dos pais.
O garoto pretende arrecadar R$ 4 mil para comprar um novo bandolim | Foto: Claudia Cardozo / Bahia Notícias
Iniciada no dia 19 de outubro, até agora a campanha alcançou apenas 1.75% da meta, mas Bernardo permanece confiante de que poderá reunir a quantia necessária para comprar o novo bandolim e seguir seus ensaios e apresentações. Os interessados podem fazer doações através do site Vakinha ou efetuar o depósito bancário, de acordo com os dados encontrados ali (clique aqui).
Enquanto isso, ele, que ao circular entre a música popular e erudita, acabou introduzindo a guitarra baiana dos Irmãos Macêdo no Neojiba, e inaugurando a Orquestra de Cordas Dedilhadas - sob incentivo do maestro e coordenador Ricardo Castro -, cumpre as agendas das duas instituições, além de cursar o 8º ano do ensino médio. Para o futuro mais distante, o plano é prestar vestibular para música e seguir tocando.