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‘Na verdade, o axé não existe enquanto gênero’, diz Roberto Barreto do BaianaSystem

‘Na verdade, o axé não existe enquanto gênero’, diz Roberto Barreto do BaianaSystem
Foto: Júlia Belas / Bahia Notícias

Roberto Barreto, guitarrista do BaianaSystem - uma das atrações do Rock in Rio 2017 -, falou sobre a rotulação da música produzida na Bahia, em entrevista ao G1, publicada nesta segunda-feira (7). Perguntado sobre o fato de no Sudeste a banda ser enquadrada como de axé, ele disse que o rótulo “não incomoda porque, na verdade, o axé não existe enquanto gênero”. O músico argumentou ainda que o público daquela região acaba enquadrando tudo como uma mesma coisa e deu alguns exemplos de seu ponto de vista. “Olodum é completamente diferente de Ivete. O que existe é um mercado de axé, que funciona diferente do mercado que a gente surgiu. Quando fazem essa referência ao novo axé, talvez seja por causa de elementos que usamos - das festas de largo, o entendimento do sound system como uma coisa popular, percussão, guitarra, samba… Lógico que tem elementos do que as pessoas conhecem como axé”, explica Beto Barreto. “Quando a gente tira esse peso, não se incomoda. A Bahia hoje está justamente numa fase de superar esse estigma do axé que ficou, muitas vezes como uma coisa pejorativa”, afirma, acrescentando que ainda nos dias de hoje a música baiana segue estigmatizada. “O mercado acabou ditando muito como as coisas aconteceram. Salvador sempre teve uma produção incrível e nunca parou de ter. Mas estamos em um período em que a música passa por uma transformação. O que chega às pessoas não é necessariamente o que vem da grande mídia. Elas conseguem conhecer o que está acontecendo no Pará, em Goiânia, Recife, Salvador… Com essa dimensão, dá para fugir um pouco dessa centralização”, disse o guitarrista do BaianaSystem.