Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Lobão lança livro em Salvador nesta terça-feira

Por Lucas Arraz

Lobão lança livro em Salvador nesta terça-feira
Foto: Divulgação

Lobão sempre foi uma figura polêmica, porém dificilmente controversa. Prova disso é o novo registro escrito do cantor, o livro "Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock", que traz novamente as recorrentes opiniões ásperas do artista em relação a Caetano Veloso, Roberto Carlos, Chico Buarque, a MPB e o rock no Brasil. Lobão esteve em nesta tarde (12) em Salvador para lançar o livro na Livraria Leitura do shopping Bela Vista.

 

O “Guia dos anos 80 pelo Rock” conta a trajetória do ritmo no Brasil nos anos 80, ano a ano, a partir de 1976. “É a primeira vez que o narrador faz parte da história”, diz o autor que se defende como um dos sócios fundadores do rock no Brasil. Apesar de pertencer a coletânea de livros “politicamente incorretos” de Leandro Narloch, Lobão refuta a ideia de qualquer proximidade com os guias da história do Brasil feitos por Luiz Felipe Pondé: “Não tem o menor cabimento isso”.

 

No livro, Lobão acusa uma “Máfia do Dendê” formada por cantores baianos de querer impedir o rock de crescer por medo da decadência da MPB. Lançando o livro em Salvador, o artista não teme qualquer represália do público baiano por criticar ídolos como Caetano Veloso e Gilberto Gil. “Geralmente o público baiano é adulto e a maioria dos baianos que conheço são modernos”, conta o autor que levanta a tese de que Gil, Caetano e a “Máfia do Dendê” agiam como velhos coronéis na música tentando impedir o avanço do Rock: “Conto na obra como Roberto Carlos pediu para que removessem a música do RPM das rádios”. 

 

A maior dificuldade durante o processo de escrita foi ter que reviver momentos problemáticos da carreira. “Tive que mergulhar de cabeça na época em que fui preso, agredido e perdi um dos meus melhores amigos”, confessa Lobão ao lembrar que o livro também fala sobre a morte do seu amigo Cazuza. 

 

Se o rock um dia foi cerceado, Lobão é enfático na defesa de ritmos que hoje sofrem com projetos de criminalização, como o funk e o pagode baiano: “Eu não me coloco do lado desses estilos porque eu acho que são uma merda, mas vou ser o primeiro a ficar contra qualquer tipo de censura", declara o cantor.