Humberto Gessinger une passado e futuro em show na Concha neste domingo 

Os fãs o esperavam em abril, mas problemas na agenda adiaram a apresentação de Humberto Gessinger em Salvador. Após longos meses, o ex-vocalista dos Engenheiros do Hawaii chega ao palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, neste domingo (29), a partir das 19h, com o show do DVD solo “Ao Vivo Pra Caramba”, lançado este ano. “A importância da Bahia pra música popular brasileira é imensurável. A Concha é um espaço especial pelo qual tenho passado desde 1989. O show tá lindo. Tudo isso faz com que a expectativa seja a melhor possível”, diz o cantor e compositor gaúcho, contando que na ocasião o público baiano poderá conferir presencialmente o mesmo repertório, estrutura de palco e cenário de luz do disco, mas que “surpresas sempre podem pintar”.

 

Gravado em agosto de 2017 em Porto Alegre, o DVD é o segundo ao vivo da carreira solo do cantor, trazendo os registros da turnê “Desde Aquele Dia – A Revolta dos Dândis 30 anos”, cujo repertório remonta o CD “A Revolta dos Dândis”, de 1987, além de hits de diversas fases de sua carreira e também novas canções. “No ‘Ao Vivo Pra Caramba’ regravei ‘A Revolta dos Dândis’, o segundo disco dos Engenheiros do Hawaii, na íntegra. Esta é a principal diferença”, diz Humberto, em comparação com o “InSULar ao vivo” (2014). “No set acústico do ‘inSULar’ havia vários convidados, já no ‘Ao Vivo Pra Caramba’ montei dois trios, um power e um acústico, com os quais pretendo trabalhar no futuro. Por isso, apesar de trazer vários clássicos, este trabalho marca o início de uma nova fase na minha jornada”, explica o artista, que estará acompanhado de Rafa Bisogno (bateria e percussão) e Felipe Rotta (guitarra e violão). 

 

"Pra Caramba" é uma das faixas inéditas do DVD “Ao Vivo Pra Caramba”:

 

Os passos dessa nova caminhada podem ser percebidos no repertório de sucessos de décadas passadas, como “Infinita Highway”, “Terra de Gigantes” e “Refrão de Bolero”; junto às quatro faixas inéditas do novo disco, “Pra Caramba”, “Cadê?”, “Das Tripas Coração” e “Saudade Zero”, que trazem fortes questões existenciais e também um foco no tempo. “Este olhar sobre o tempo não é algo que eu tenha buscado, mas acho que é uma questão que se coloca a todo artista longevo. É natural que cada novo trabalho seja comparado a tudo que já fiz, mas ao comparar, as pessoas esquecem que a memória é um lance subjetivo. A memória afetiva então, nem se fala”, pondera Gessinger, que diz não saber se é mais maduro hoje do que era em 1987, quando lançou o “A Revolta dos Dândis”, junto com os Engenheiros do Hawaii. “Eu tinha mais certezas em 1987 do que tenho agora. Mas uma coisa me parece clara: escrevo, canto e toco muito melhor hoje. Quanto ao futuro, pra citar uma canção do passado, recomendo 'fé cega e pé atrás'”, conclui o artista.

SERVIÇO
O QUÊ: Humberto Gessinger - "Ao Vivo Pra Caramba"
QUANDO: Domingo, 29 de julho, às 19h
ONDE: Concha Acústica do Teatro Castro Alves - Salvador
VALOR: Camarote - R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia) | Plateia - R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)