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Marca Bahia Notícias

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Humorista Gustavo Mendes sofre ameaça de apoiadores de Bolsonaro em show em MG

Humorista Gustavo Mendes sofre ameaça de apoiadores de Bolsonaro em show em MG
Foto: Reprodução/Instagram

O humorista Gustavo Mendes, conhecido por fazer imitações da ex-presidente Dilma Rouseff, discutiu com integrantes da plateia durante um show de humor na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, na sexta-feira (30). Em entrevista ao colunista Léo Dias, do UOL, Mendes contou que chegou a sofrer ameaças de pessoas que se comportavam como apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro. 

 

"Eu sofri uma tentativa de boicote de partidos de extrema-direita. Durante o show, um grupo de cerca de 30 pessoas gritava ‘mito’ e coisas em apoio ao Bolsonaro. Eles estavam atrapalhando quem queria ouvir o show e foram na intenção de causar confusão. Eu ouvi gritos do tipo ‘eu paguei para ouvir piada e não ouvir politica’. Eu não falo de política na minha apresentação, eu faço piada. Eu nem tinha falado nada e estavam gritando isso, ou seja, chegaram com grito pronto", relatou o humorista. 

 

Ao longo da discussão, Gustavo sugeriu que quem não estivesse gostando da apresentação saísse por livre e espontânea vontade, já que posteriormente teriam os valores dos ingressos ressarcidos. Ele, porém, ficou sabendo só depois que do lado de fora do local da apresentação pessoas lhe aguardavam para mais confusões. “Depois desse triste episódio, eu segui o show até o final com a casa lotada. Mais tarde fui saber que quiseram me agredir, ficaram me esperando na saída e iriam cercar meu carro. Agradeço muito à Polícia Militar que conseguiu resolver a situação, que é nova no Brasil, é uma polarização agressiva”, disse. 

 

Apesar de todo o ocorrido, Gustavo contou que não se intimidou com o fato e que não terá medo em dar continuidade com o seu trabalho. "Eu estou bem e seguro. Sigo em Minas aproveitando minha família. Sei que esse grupo é uma minoria fascista que nem representam os eleitores do Bolsonaro. Há eleitores do Bolsonaro e fascistas, que por coincidência também votaram nele” e completou: "Não fiquei assustado e me sinto seguro no palco. Eu estava com microfone na mão e essas pessoas saíram de cabeça baixa. Nunca vou deixar de fazer nem falar nada, o palco é um santuário sagrado para o artista. Isso me dá mais forças para continuar, quero fazer rir e espalhar a mensagem da democracia. Não vou aceitar fascistas virem com ideias maldosas e tentativa de censura".