Casa de Ogum recebe título de tombamento provisório
A Casa de Ogum teve o processo de tombamento aberto nesta terça-feira (19), em uma solenidade realizada no próprio local, situado no bairro de Brotas, em Salvador. Na ocasião, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) entregou o título de tombamento provisório a D. Didi, Yalorixá do terreiro.
A Casa de Ogun mantém uma tradição bicentenária, implantada por uma princesa e sacerdotisa africana - da Nigéria, há 230 anos. O terreiro é o único espaço de culto exclusivo a Ògún no Brasil, seguindo os mesmos ritos como ocorre na África, onde cada região cultua uma divindade da diáspora africana.
O pedido de abertura do processo foi feito pela Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia (AFA), por meio do seu presidente Leonel Monteiro, sob a justificativa da “singularidade em seguir e manter a tradição do mesmo jeito que na África, o único terreiro que faz culto exclusivamente à divindade Ogum, diferentemente dos demais templos de matriz africana que cultuam todas as divindades coletivas”.
O título enquadra a Casa no regime de tombamento provisório, até que haja a conclusão dos estudos necessários para a emissão de parecer pelo Conselho Consultivo do Patrimônio.