Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Paulinho Boca lamenta morte de Moraes Moreira: 'Grande amigo, o grande timoneiro'

Por Jamile Amine / Ian Meneses

Paulinho Boca lamenta morte de Moraes Moreira: 'Grande amigo, o grande timoneiro'
Foto: Reprodução / Instagram

“Agora que eu me recuperei um pouco para poder falar”, disse o cantor Paulinho Boca, horas depois das primeiras notícias sobre a morte do músico Moraes Moreira, nesta segunda-feira (13) (veja aqui). 

 

Companheiro de Novos Baianos e da vida, os dois artistas vinham conversando de três a quatro vezes por dia no telefone. Nas ligações, eles falavam de trabalho, mas também encontravam oportunidades para “dar risada de tudo, da vida e da história” que ambos construíram.  

 

Paulinho, ainda muito emocionado, não tinha ainda encontrado palavras para descrever Moreira, mas sintetizou o quanto o músico significava para ele: “Só tinha que dizer que Moraes, nos últimos tempos, era meu grande amigo, amigo de todos os dias”.

 

Para Boca, que era carinhosamente chamado de Labous (abreviação de la bouche, boca em francês) por Moraes, é importante falar do amor construído há 50 anos atrás, quando ele encontrou o músico e Galvão pela primeira vez. Os primeiros contatos foram a semente da construção dos Novos Baianos. 

 

“O que é importante é que essa música, que há 50 anos a gente começou a fazer, ela está aí viva. O Moraes Moreira era o grande timoneiro. Aquele violão que não existe nada igual. Todo o artista brasileiro que toca violão sabe da capacidade que ele tinha de fazer um show de voz e violão e botar todo mundo para dançar”, destacou. 

 

Nos últimos telefonemas, Paulinho e Moraes falaram sobre a Páscoa e o desejo de Moreira de comer bacalhau na data religiosa. Em todas as ocasiões, Boca perguntava sobre a saúde do colega.

 

“Ele dizia: 'Eu estou bem, o coração está bom, o fígado está bom'. Claro que ele teve uns problemas de saúde e a gente tem uma certa idade. Somos Novos Baianos, mas eu gostaria até de brincar que nós somos os ‘Usados Baianos’, porque a gente vive intensamente. Moraes viveu intensamente. A música, a festa, a alegria, o Carnaval”, refletiu. 

 

Ao término de suas declarações emocionadas sobre o amigo, Paulinho Boca não escondeu o quanto ficou triste com a perda, mas afirmou com positividade sobre o legado que o músico deixará para a música. “Eu tenho certeza absoluta que todo o Brasil vai reverenciar para sempre essa arte, a vida desse grande compositor, desse grande homem, desse grande baiano Moraes Moreira”, finalizou.