Autodeclarada como veterana na vida p&uacute;blica, a deputada federal baiana Alice Portugal (PCdoB-BA) assumiu pela segunda vez, no in&iacute;cio deste ano, a presid&ecirc;ncia da Comiss&atilde;o de Cultura da C&acirc;mara dos Deputados. Em conversa com o Bahia Not&iacute;cias, a parlamentar comentou os problemas pelos quais o setor art&iacute;stico tem passado e criticou o governo federal, que segundo ela nada fez pela cultura durante a pandemia e elegeu a &aacute;rea como &ldquo;sua inimiga n&uacute;mero um&rdquo;.&nbsp;

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&ldquo;O governo sustenta-se numa guerra cultural, ideol&oacute;gica, tenta imprimir valores ultraconservadores ao nosso Brasil multicultural e entende que a cultura &eacute; nefasta, entende que a cultura tem que ser punida, que as leis de incentivo precisam ser inclusive canceladas. Ent&atilde;o, se n&atilde;o fosse a a&ccedil;&atilde;o suprapartid&aacute;ria do Congresso Nacional, n&oacute;s estar&iacute;amos numa situa&ccedil;&atilde;o de terra arrasada, coisa que n&atilde;o est&aacute; longe de ser atingida por causa do baixo valor de verbas que s&atilde;o destinadas &agrave; cultura em nosso pa&iacute;s&rdquo;, declarou Alice.

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Durante o bate-papo com o BN, a deputada falou tamb&eacute;m do legado da Lei Aldir Blanc, constru&iacute;da por v&aacute;rias m&atilde;os e aprovada &ldquo;em fun&ccedil;&atilde;o da ampla alian&ccedil;a que n&oacute;s conseguimos firmar com os diversos setores da C&acirc;mara&rdquo;. Segundo a parlamentar baiana, al&eacute;m de socorrer os fazedores de cultura, a lei emergencial resultou em um &ldquo;saldo organizativo maravilhoso&rdquo;, com a cria&ccedil;&atilde;o de secretarias e departamentos de cultura em diversos munic&iacute;pios brasileiros, &ldquo;onde nunca se imaginou ter&rdquo;.

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Alice Portugal comentou ainda a dificuldade para aprovar a Lei Aldir Blanc e a oposi&ccedil;&atilde;o do governo, sobretudo do titular da Secretaria Especial da Cultura, Mario Frias, para que as leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo avancem. &ldquo;Olha, o secret&aacute;rio de cultura &eacute; um inimigo da cultura. Ele, infelizmente, trabalha armado, assedia moralmente servidores. Ele abomina qualquer financiamento &agrave; cultura, ele defende que a arte se auto financie e desconhece que o Brasil &eacute; um pa&iacute;s onde n&atilde;o foi constru&iacute;do o que se chama no meio, um mecenato, ou seja, as elites nunca financiaram as artes&rdquo;, disparou a presidente da Comiss&atilde;o de Cultura da C&acirc;mara.&nbsp;

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Alice atribui ao secret&aacute;rio papel importante e negativo no direcionamento da cultura no pa&iacute;s, al&eacute;m de criticar a queda no or&ccedil;amento para o setor e a paralisa&ccedil;&atilde;o das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas. &ldquo;Seu Mario Frias &eacute; o indutor desse desmonte, &eacute; o coordenador dessa desativa&ccedil;&atilde;o do setor cultural do Brasil. &Eacute; algo que realmente n&oacute;s vamos ter que analisar inclusive as responsabilidades p&uacute;blicas desse tipo de a&ccedil;&atilde;o, como a quest&atilde;o da Funda&ccedil;&atilde;o Cultural Palmares, que numa dilig&ecirc;ncia encontramos o patrim&ocirc;nio completamente desorganizado e dilapidado&rdquo;, afirmou a deputada, segundo a qual a &ldquo;estagna&ccedil;&atilde;o institucional&rdquo; da Secult se d&aacute; de forma &ldquo;deliberada&rdquo;, para construir &ldquo;o novo padr&atilde;o cultural do Brasil&rdquo;.

 
Na entrevista, Alice Portugal comentou ainda casos emblem&aacute;ticos como o inc&ecirc;ndio da Cinemateca Brasileira (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/41397-titular-da-cultura-frias-nao-visitou-cinemateca-depois-de-incendio-ocorrido-em-julho.html" target="_blank">relembre</a>), a censura do Festival de Jazz do Cap&atilde;o (saiba mais <a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/41090-governo-federal-nega-apoio-a-festival-baiano-apos-evento-se-posicionar-como-antifascista.html" target="_blank">aqui</a> e <a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/41887-autor-de-parecer-contra-festival-do-capao-tera-que-prestar-servicos-comunitarios.html" target="_blank">aqui</a>) e os problemas na Funda&ccedil;&atilde;o Cultural Palmares, cujo presidente retirou nomes de personalidades negras homenageadas, tentou se desfazer de parte do acervo da funda&ccedil;&atilde;o e, recentemente, acabou afastado da gest&atilde;o de pessoas pela Justi&ccedil;a, ap&oacute;s den&uacute;ncias de ass&eacute;dio moral, persegui&ccedil;&atilde;o ideol&oacute;gica e discrimina&ccedil;&atilde;o contra funcion&aacute;rios da institui&ccedil;&atilde;o (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/136901-justica-afasta-camargo-de-gestao-de-funcionarios-na-palmares-e-proibe-intimidacoes.html" target="_blank">clique aqui</a>). &ldquo;Estamos vivendo na Funda&ccedil;&atilde;o Palmares uma tentativa de apagamento da historicidade do negro no Brasil. &Eacute; muito grave, &eacute; um crime o que est&aacute; acontecendo na Funda&ccedil;&atilde;o Cultural Palmares&rdquo;, avalia a parlamentar, que narrou ainda cenas &ldquo;vertiginosas&rdquo; vistas por ela durante dilig&ecirc;ncia realizada nas instala&ccedil;&otilde;es da Palmares.

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Diante dos mais variados problemas identificados na condu&ccedil;&atilde;o das pol&iacute;ticas culturais no Brasil, a deputada baiana falou da atua&ccedil;&atilde;o da Comiss&atilde;o de Cultura da C&acirc;mara, que segundo ela acabou fazendo o papel de um &ldquo;Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Cultura&rdquo; nos &uacute;ltimos tempos, por ter que desempenhar tarefas de fiscalizar, investiga, atuar no judici&aacute;rio e legislar para proteger o setor. &ldquo;Olha, sou veterana em v&aacute;rios comandos pol&iacute;ticos e nunca participei em um que fosse t&atilde;o plural, pela necessidade e pela dimens&atilde;o do ataque que a cultura tem sofrido&rdquo;, afirmou.&nbsp;<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/entrevista/247-no-comando-de-comissao-alice-portugal-diz-que-frias-e-indutor-de-desmonte-da-cultura.html" target="_blank">Leia a entrevista completa na coluna Cultura</a>.

O document&aacute;rio &ldquo;A Luz na Escurid&atilde;o&rdquo;, que conta a hist&oacute;ria do milagre que levou &agrave; canoniza&ccedil;&atilde;o de Irm&atilde; Dulce, tornando-a a primeira santa nascida no Brasil, ter&aacute; pr&eacute;-estreia em Salvador nesta quinta-feira (14), &agrave;s 19h, no Santu&aacute;rio Santa Dulce dos Pobres, localizado na Avenida Dendezeiros do Bonfim.

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O ingresso pode ser retirado das 7h &agrave;s 13h e das 14h &agrave;s 18h, mediante doa&ccedil;&atilde;o de 1kg de alimento n&atilde;o perec&iacute;vel, que ser&aacute; convertido na produ&ccedil;&atilde;o de quentinhas para a popula&ccedil;&atilde;o em situa&ccedil;&atilde;o de rua.

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Produzido pela Mandacaru Filmes e dirigido por Toni Couto, o filme acompanha a trajet&oacute;ria do baiano Jos&eacute; Maur&iacute;cio Moreira, que aos 22 anos teve o diagn&oacute;stico de um glaucoma descoberto tardiamente e j&aacute; em estado avan&ccedil;ado.&nbsp;

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O tratamento, que durou uma d&eacute;cada, n&atilde;o foi suficiente para impedir que seu nervo &oacute;ptico &ndash; respons&aacute;vel pela comunica&ccedil;&atilde;o com o c&eacute;rebro &ndash; fosse destru&iacute;do. Desse modo, na virada do ano de 1999 para 2000, Maur&iacute;cio ficou totalmente cego de ambos os olhos e assim permaneceu por mais de 14 anos, quando, ap&oacute;s uma experi&ecirc;ncia de f&eacute;, voltou a enxergar.&nbsp;

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O milagre foi o segundo da freira baiana validado pelo Vaticano, cumprindo-se desta forma a &uacute;ltima etapa de sua Canoniza&ccedil;&atilde;o &ndash; a terceira mais r&aacute;pida da hist&oacute;ria (27 anos ap&oacute;s o falecimento do Anjo Bom), atr&aacute;s apenas da Canoniza&ccedil;&atilde;o do Papa Jo&atilde;o Paulo II (9 anos ap&oacute;s sua morte) e de Madre Teresa de Calcut&aacute; (19 anos ap&oacute;s o falecimento da religiosa). Irm&atilde; Dulce foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019, em cerim&ocirc;nia presidida pelo Papa Francisco na Pra&ccedil;a S&atilde;o Pedro, no Vaticano.&nbsp;

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Al&eacute;m do diretor da obra, a pr&eacute;-estreia ter&aacute; a presen&ccedil;a do miraculado Jos&eacute; Mauricio; da superintendente das Obras Sociais Irm&atilde; Dulce (OSID), Maria Rita Pontes; de profissionais da institui&ccedil;&atilde;o; e de devotos e demais admiradores da vida e obra de Santa Dulce dos Pobres.&nbsp;

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Toni revela que a escolha do Santu&aacute;rio de Santa Dulce para a pr&eacute;-estreia da obra representa tamb&eacute;m o cumprimento de uma promessa feita a Irm&atilde; Dulce. &ldquo;O Santu&aacute;rio j&aacute; foi um cinema, o antigo Cine Roma, inaugurado pela pr&oacute;pria Irm&atilde; Dulce para arrecadar recursos para suas a&ccedil;&otilde;es sociais. Fiz uma promessa de que esse seria o primeiro local de exibi&ccedil;&atilde;o, caso conseguisse realizar o sonho desse filme&rdquo;. Ap&oacute;s a pr&eacute;-estreia, ser&aacute; anunciado o circuito de exibi&ccedil;&atilde;o da obra. &nbsp;

Projeto encabe&ccedil;ado por Cesinha, Davi Moraes, Luciano Calazans e Saulo Fernandes, o Som do Sim lan&ccedil;ou, nesta sexta-feira (3), seu segundo single, intitulado &ldquo;Afro Jackson&rdquo;. A faixa composta por Davi e Saulo traz homenagem ao astro do pop Michael Jackson e ao paraibano Jackson do Pandeiro. Al&eacute;m da m&uacute;sica, o grupo liberou ainda um clipe de bastidores, criado por Lia Sabugosa e com distribui&ccedil;&atilde;o da Selim.

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<img alt="" src="/fotos/entretenimento_noticias/41550/mg/SOM DO SIM - AFROJACKSON final_1_M.png" style="width: 380px; height: 380px;" /> 
Capa do single &quot;Afro Jackson&quot;, assinada por&nbsp;Jeff Pena | Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o

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&ldquo;Essa &eacute; minha m&uacute;sica preferida do &lsquo;Som do Sim&rsquo;. Eu e Daviz&atilde;o est&aacute;vamos participando de um projeto em Bonito (MS) e na van, o celular de algu&eacute;m tocou ao chegar uma mensagem. Achamos aquilo interessante e a partir daquele alerta, constru&iacute;mos uma m&uacute;sica que fala sobre a comunica&ccedil;&atilde;o entre Michael Jackson e Jackson do Pandeiro&rdquo;, conta Saulo. &ldquo;Outra curiosidade, &eacute; que a faixa tem um acorde s&oacute; e ao mesmo tempo soa como se tivesse todos os acordes poss&iacute;veis por conta da sua r&iacute;tmica inexplic&aacute;vel&rdquo;, complementa Luciano.

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Antes de &ldquo;Afro Jackson&rdquo;, o Som do Sim lan&ccedil;ou o single &ldquo;Essa &eacute; pra viver&rdquo;, no in&iacute;cio de julho (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/41064-formado-por-cesinha-davi-moraes-luciano-calazans-e-saulo-som-do-sim-lanca-1-single.html" target="_blank">saiba mais</a>). Composi&ccedil;&atilde;o de Samir Trindade, Gut&atilde;o e Luciano, a faixa foi o &ldquo;cart&atilde;o de visita&rdquo; do projeto, que prev&ecirc; um &aacute;lbum completo para 2022.

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Confira clipe e m&uacute;sica:

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Notícia

Documentário baiano sobre terreiro Tumbenci tem lançamento online nesta quarta

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