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Autor baiano lança 'auto ficção' que debate o sacerdócio e romance sobre dona de bordel

Autor baiano lança 'auto ficção' que debate o sacerdócio e romance sobre dona de bordel
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Baiano de Boa Novo, localizado na região centro-sul do estado, Pedro Freire Botelho faz sua estreia na literatura com duas obras inéditas, com lançamento previsto para fevereiro. Apesar de saírem ao mesmo tempo, as obras têm enredos diferentes e foram escritas em momentos distintos.

 

Escrito em primeira pessoa, “Atiraste uma pedra” é um romance intimista que relata os obstáculos de um jovem que aspira o sacerdócio e ao mesmo tempo deseja viver plenamente um amor. 

 

Ao longo da história, o leitor conhece as crises existenciais do protagonista ao entrar no Seminário, já que ele faz questionamentos sobre temas como descoberta da sexualidade, amor, intolerância religiosa e conflitos familiares. 

 

Segundo o autor, que deixou o seminário católico no ano 2000, ele se “submerge na auto ficção para criar um jogo inquietante sobre a descoberta da vida” em “Atiraste uma pedra”.

 

Já no segundo livro, “Quero o Valentim, meu bem”, Pedro Freire Botelho escreve sobre Teodora, uma senhora que vive sozinha em sua terra natal, Valentim, Boa Nova, no interior da Bahia. A personagem convive com memórias de um passado turbulento marcado em seu próprio corpo e nas paredes de casa, um bordel sem amor, que segundo o autor  “esconde os gritos de prazer e a violência machista num jogo de espelhos onde é impossível estabelecer em que tempo estamos”.

 

Imersa no passado cheio de “fantasmas”, Teodora tem a rotina modificada com a chegada do neto, Murilo, que passou a morar com ela. Juntos, eles tentam construir uma relação familiar diante dos ressentimentos e lutam para não perder a casa.

 

Nascido em Lagoão-Valentim, Boa Nova, Pedro Freire Botelho deixou o Seminário, onde estudou Filosofia, em 2000. Ele cursou História e fez pós-graduação em Antropologia na Uesb; fez mestrado em Cultura e Memória na Uneb, e atualmente é professor, escritor e produtor cultural. Em 2020 foi premiado no concurso Jorge Portugal com o texto de dramaturgia “Eu vejo suas cores verdadeiras”.