Livro infantojuvenil apresenta metalinguagem que incentiva a escrita ficcional
Mais do que construir uma narrativa que atraia o público infantojuvenil para o mundo da literatura, "A Casa da Chácara" traz uma outra abordagem sobre a escrita ficcional, uma metalinguagem que incentiva a produção textual para os jovens em período escolar.
Escrito por Márcio Rabelo, que é professor Língua Portuguesa e mestre em Letras, o livro apresenta dois narradores que contam toda a história. Um deles é Jurena, a própria protagonista da obra.
O outro é o Narrador – sim, com o “N” maiúsculo, um narrador comum que ganha personalidade e interage com o leitor. É em meio aos acontecimentos da história que o Narrador explica sobre construção de personagem, elementos de uma narrativa, enredo, clímax...
Já Jurena é quem conta a história da chácara que dá título à obra. É lá que mora uma solitária senhora de 70 anos com várias árvores frutíferas que atraem a atenção da menina e do seu melhor amigo, Davizinho.
O interesse dos dois pela chácara é justamente pela animosidade da vizinha: ninguém pode entrar lá. Em uma das invasões secretas dos amigos, eles acabam por desconfiar que existe um prisioneiro, supostamente o ex-marido da senhora, que todos julgavam morto. Intrigados com esse mistério, criam uma estratégia para desvendar o enigma e salvar o suposto prisioneiro.