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Giovane Cidreira recorre às origens para apresentar amadurecimento em novo álbum

Por Bruno Leite

Giovane Cidreira recorre às origens para apresentar amadurecimento em novo álbum
Foto: Divulgação

"Esse disco eu fiz pensando em Valéria, bairro de periferia onde eu nasci. Fiz pensando em Santo Amaro da Purificação. Fiz com endereço, para a juventude preta de Salvador". Giovane Cidreira sabe bem o que diz quando geolocaliza o seu novo álbum. Produto de um trabalho de desenvolvimento de cerca de dois anos, "Nebulosa Baby" é um salto amadurecido do jovem músico autor do elogiado "Japanese Food" (2017), o pontapé inicial da sua carreira solo.

 

"'Japanese Food' foi o primeiro, que a gente se prepara quase que durante a vida inteira, ele traz coisas de muito mais tempo, de história. Esse disco para mim parece mais fresco, eu consigo amadurecer as ideias que já estavam no primeiro disco e alinho isso às ideias dos outros EPs que eu fiz", explica o artista, que agora assina apenas como GIO.

 


Foto: Divulgação

 

Previsto para ser disponibilizado nas plataformas digitais no próximo dia 14 de junho, o single "Nebulosa", parceria com Jadsa (voz) e Filipe Castro (percussão), abriu caminhos do álbum, assumindo o posto de música de trabalho desta nova fase. A faixa foi liberada na última quarta-feira (12).

 

"Escolhi essa música como single porque ela traz bastante uma atmosfera que está presente nesse disco. É essa coisa que eu chamo de nebulosa, uma sensação de uma nuvem que paira sobre todos nós", justifica GIO, que aborda pontos cruciais, toca em problemáticas sociais.

 

"Fala exatamente de alguns problemas que a gente que é preto tem. Ela fala de amor, mas também fala de violência, abuso de drogas... Enfim, vários riscos que estão assolando, e ainda assim a gente consegue se encontrar, se amar e trocar alguma coisa, de algum jeito", completa.

 

 

A participação de Jadsa desencadeou uma característica especial, que segundo GIO se revela em todo o álbum. O que seria uma faixa triste, com o toque da soteropolitana, se tornou uma canção com tons de "claridade" e "pântano".

 

A opção por adotar um novo nome de trabalho funcionou como uma escolha estética, mas também como uma reconexão com as faixas do álbum em um momento em que aguardava pelo lançamento da nova produção.

 

"Esteticamente, isso aconteceu porque um amigo meu fez a tipografia da marca do disco e me mostrou. Em um momento que eu já estava até deslocado do disco, que tem uma gravação que já tem algum tempo - tem uns dois anos que começamos a gravá-lo", ressalta, citando as dificuldades em lançar um trabalho independente, principalmente na pandemia. 

 

"Quando ele me apresentou essa marca e eu vi o nome, me reconectei. Porque há uma relação com o coletivo e amizade que acho que tem tudo a ver", diz. Nesse insterstício, outros trabalhos foram lançados: "Mix$take" (2019) e "MANO*MAGO" (2020),  

 


Foto: Divulgação

 

Em conjunto com o álbum, uma websérie será exibida entre as quartas-feiras dos dias 19 de maio e 9 de junho no canal de GIO no YouTube. "A websérie vai contar, não exatamente sobre as músicas, o significado delas ou o processo de gravação do disco... ela trata um pouco das coisas que eu como artista não consigo expressar só com minha música", descreve o cantor e compositor, que adianta ter ido aos lugares que inspiraram cada faixa do "Nebulosa Baby".