Ap&oacute;s o baiano Wagner Moura elogiar a preparadora de elenco F&aacute;tima Toledo pelo desempenho no filme &ldquo;Marighella&rdquo;, em entrevista ao Roda Viva, a atriz Denise Weinberg fez duras cr&iacute;ticas e classificou a profissional como &ldquo;uma pessoa do mal&rdquo; cujos m&eacute;todos s&atilde;o dignos de &ldquo;uma fascista torturadora&rdquo;. Elas trabalharam juntas no longa-metragem &ldquo;Linha de Passe&rdquo; (2008).

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&ldquo;Eu a admiro muito, me ensinou muito. &Eacute; uma parceira. Eu trabalhei algumas vezes com a F&aacute;tima. Quando resolvi fazer o teste de elenco, para mim n&atilde;o importava s&oacute; o talento, mas queria conhec&ecirc;-los para ter perto de mim pessoas que pensassem o filme comigo. Isso se encaixa perfeitamente no que a F&aacute;tima faz&quot;, disse Wagner sobre F&aacute;tima, que tamb&eacute;m foi preparadora em &ldquo;Tropa de Elite&rdquo;.

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Em oposi&ccedil;&atilde;o &agrave; fala do baiano, o diretor de teatro Luiz Ant&ocirc;nio Rocha fez uma postagem em suas redes, na qual afirmou que o &quot;&rsquo;m&eacute;todo Fatima Toledo&rsquo; se destaca pelo abuso&quot;. &quot;Gritos e uso da vida pessoal como forma de atingir emo&ccedil;&otilde;es, mexer com o psicol&oacute;gico. O fato &eacute; que os verdadeiros e grandes atores n&atilde;o deveriam precisar disso&rdquo;.&nbsp;

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Na mesma publica&ccedil;&atilde;o, ele republicou a den&uacute;ncia de Denise, que acabou ganhando repercuss&atilde;o. &ldquo;Wagner Moura, com todo respeito, apesar de voc&ecirc; morar em LA [Los Angeles], a pior cidade do mundo para atores de teatro e do of&iacute;cio, talvez seja boa pra ganhar dinheiro, n&atilde;o posso deixar batido sua opini&atilde;o no Roda Viva, sobre F&aacute;tima Toledo, (preparadora de elenco, hein?). Uma pessoa do mal, que n&atilde;o entende nada sobre nosso of&iacute;cio, que me provocou uma hemorragia muito s&eacute;ria por suas condi&ccedil;&otilde;es b&aacute;rbaras de treinamento, dignas de uma fascista e torturadora.&nbsp;N&atilde;o consigo entender sua defesa por esse ser que deveria e j&aacute; est&aacute; fora do nosso meio, gra&ccedil;as a Deus&quot;, diz o texto. 
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Em resposta &agrave; postagem, a atriz Drica Moraes foi enf&aacute;tica: &quot;P&eacute;ssima&quot;. O ator Armando Babaioff tamb&eacute;m teceu cr&iacute;ticas &agrave; preparadora. &quot;Tive uma &uacute;nica experi&ecirc;ncia e o que&nbsp;posso dizer &eacute; que foi extremamente desagrad&aacute;vel. Tanto ela, quanto o assistente dela na &eacute;poca. At&eacute; hoje penso no que aconteceu naquela sala de ensaio&quot;, contou o artista.

Entrevistado do programa Roda Viva, na TV Cultura, nesta segunda-feira (1&ordm;), Wagner Moura denunciou um ataque a tiros ocorrido em um assentamento do Movimento Sem Terra (MST) no Extremo Sul&nbsp;da Bahia, onde o longa-metragem &ldquo;Marighella&rdquo; ser&aacute; exibido no pr&oacute;ximo s&aacute;bado (6) (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/41927-apos-anunciar-estreia-no-brasil-marighella-sera-exibido-em-assentamento-do-mst-na-bahia.html" target="_blank">saiba mais</a>).

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Ao responder uma pergunta ao rep&oacute;rter do Uol, Roger Cip&oacute;, sobre o medo, Wagner relatou o ocorrido. &ldquo;Eu quero fazer uma den&uacute;ncia aqui muito grave. Quando eu digo que n&oacute;s seguimos sendo atacados, os ataques s&atilde;o graves. N&oacute;s vamos exibir o filme na cidade do Prado, no acampamento do MST no Prado, e ontem mesmo 20 homens encapuzados chegaram no acampamento do MST, atiraram nos carros, fizeram gente do MST de ref&eacute;m l&aacute;, e eu n&atilde;o posso descontextualizar esse ataque nesse lugar &agrave; exibi&ccedil;&atilde;o do filme da gente l&aacute;, entendeu?&rdquo;, contou o ator e diretor baiano.

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Aproveitando o espa&ccedil;o no programa, o artista fez um pedido p&uacute;blico para que as autoridades tomem alguma iniciativa. &ldquo;Eu quero fazer um apelo aqui ao governador Rui Costa, governador da Bahia, e &agrave; pol&iacute;cia da Bahia pra que tomem provid&ecirc;ncia, pra que prestem as devidas medidas pra garantir a integridade f&iacute;sica das pessoas que est&atilde;o l&aacute; neste momento&rdquo;, disse Wagner Moura.

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Apesar do clima de tens&atilde;o, o artista disse n&atilde;o temer a ida ao acampamento do MST para exibir o filme sobre o l&iacute;der comunista assassinado pela ditadura militar. &ldquo;Se voc&ecirc; me perguntar se eu tenho medo de ir pra l&aacute;, eu n&atilde;o tenho nenhum. E n&atilde;o &eacute; coisa... Eu n&atilde;o sou valent&atilde;o, nem nada disso, mas &eacute; a minha natureza e meu entendimento de que n&atilde;o sou eu, somos n&oacute;s todos. N&oacute;s todos temos que falar e tomar uma provid&ecirc;ncia, porque o estado das coisas &eacute; muito grave e a gente est&aacute; come&ccedil;ando a normatizar. Faz tempo que a gente est&aacute; normatizando o absurdo, &eacute; absurdo, cara&rdquo;, declarou.

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Veja v&iacute;deo:

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O ator e diretor baiano Wagner Moura, que nesta segunda-feira (25) &nbsp;passou por Salvador no pr&eacute;-lan&ccedil;amento do filme &ldquo;Marighella&rdquo; (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/41995-fico-feliz-que-o-filme-incomode-bolsonaro-diz-wagner-moura-sobre-estreia-de-marighella.html" target="_blank">relembre</a>), ser&aacute; o entrevistado da pr&oacute;xima edi&ccedil;&atilde;o do programa Roda Viva, na pr&oacute;xima segunda (4), dia da estreia oficial do longa-metragem no Brasil.&nbsp;

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Comandado por Vera Magalh&atilde;es, o programa vai ao ar ao vivo, &agrave;s 22h, na TV Cultura, no site da emissora, al&eacute;m das redes sociais Twitter, Facebook, YouTube e LinkedIn. Durante sua participa&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de falar sobre &ldquo;Marighella&rdquo;, no qual fez seu primeiro trabalho na dire&ccedil;&atilde;o, o ator baiano deve comentar outros trabalhos baseados em fatos reais, al&eacute;m da experi&ecirc;ncia de sucesso de &ldquo;Tropa de Elite&rdquo; e &ldquo;Narcos&rdquo;. Por ser desafeto do governo Bolsonaro, a pol&iacute;tica, certamente, n&atilde;o ficar&aacute; de fora da entrevista.

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Nesta edi&ccedil;&atilde;o, a bancada de entrevistadores ser&aacute; formada por Chris Maksud, apresentadora dos programas Persona e Brasil Jazz Sinf&ocirc;nica, da TV Cultura; Flavia Guerra, jornalista especializada em cinema; Marcos Augusto Gon&ccedil;alves, editor do caderno Ilustr&iacute;ssima e editorialista da Folha; Marina Caruso, editora-chefe da revista Ela, do jornal O Globo; e Roger Cip&oacute;, apresentador do Preto a Porter e colunista da El&aacute;stica.

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