A jornalista paulista Cristina Fibe lan&ccedil;ou, na &uacute;ltima semana, o livro &ldquo;Jo&atilde;o de Deus - O abuso da f&eacute;&rdquo;, que narra o caso do autoproclamado m&eacute;dium e curandeiro preso por estupro de vulner&aacute;veis. A obra tem pref&aacute;cio assinado por Maria Ribeiro.

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Em setembro de 2018 a jornalista iniciou uma apura&ccedil;&atilde;o que revelaria, tr&ecirc;s meses depois, um dos maiores casos de crime sexual do Brasil. Neste, que &eacute; o primeiro livro de Cristina Fibe, a autora desconstr&oacute;i o mito em torno do garimpeiro goiano, desde a funda&ccedil;&atilde;o de seu centro espiritual, na d&eacute;cada de 1970, at&eacute; a rede de crimes que o protegeu por quase cinquenta anos.&nbsp;

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A publica&ccedil;&atilde;o &eacute; um livro-reportagem investigativo, com informa&ccedil;&otilde;es apuradas e checadas em viagens a Abadi&acirc;nia, visitas a IMLs, delegacias e tribunais, al&eacute;m de um mergulho em mais de mil p&aacute;ginas de processos criminais.

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Dentre as centenas de entrevistas realizadas pela jornalista, h&aacute; depoimentos exclusivos de figuras p&uacute;blicas pr&oacute;ximas de Jo&atilde;o, a exemplo do ex-governador de Goi&aacute;s Marconi Perillo e o ministro do Supremo Tribunal Federal Lu&iacute;s Roberto Barroso.

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Especializada na cobertura dos direitos das mulheres, em seu livro Fibe tamb&eacute;m d&aacute; voz a algumas das mais de 300 sobreviventes dos abusos de Jo&atilde;o de Deus, que fazem relatos chocantes, ajudando a interromper o sil&ecirc;ncio e a impunidade.

Composto por 31 textos produzidos por 24 estudantes de 14 a 18h, provenientes de escolas p&uacute;blicas da Bahia, o e-book &ldquo;Quem eu sou no mundo - Colet&acirc;nea de poemas e contos&rdquo; ser&aacute; lan&ccedil;ado nesta ter&ccedil;a-feira (29), a partir das 20h, em live no Youtube.

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Participam da obra, jovens de 18 munic&iacute;pios baianos, exemplo de Salvador, Feira de Santana, Maragogipe, Valen&ccedil;a, Vit&oacute;ria da Conquista e Cruz das Almas. Eles foram selecionados no concurso &ldquo;Quem eu sou no mundo&rdquo;, realizado durante a I Festa Liter&aacute;ria Internacional VivaLivro &ndash; Literatura como Acolhimento, que aconteceu em mar&ccedil;o deste ano. O livro &eacute; uma &nbsp;realiza&ccedil;&atilde;o da Solisluna Editora e do Instituto Em&iacute;lia.

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SERVI&Ccedil;O 
O QU&Ecirc;: Live de lan&ccedil;amento do ebook &#39;Quem eu sou no mundo - Colet&acirc;nea de poemas e contos&#39; 
QUANDO: Ter&ccedil;a-feira (29 de junho), &agrave;s 20h 
ONDE: Canal da Festa Viva Livro no YouTube /festavivalivro 
VALOR: Gr&aacute;tis

Cinco anos depois de escrever uma obra sobre apocalipse zumbi ambientada na cidade onde mora, Feira de Santana, e inspirada nas viv&ecirc;ncias durante o curso de Direito, o soteropolitano Flavio Fernandes, de 34 anos,&nbsp;publicou recentemente seu terceiro livro, &ldquo;Contos de Awnya: Ravel&rdquo;, que integra a s&eacute;rie de fantasia medieval e narra a saga de um mago cujos poderes podem levar &agrave; pr&oacute;pria morte.&nbsp;

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Como na estreia liter&aacute;ria, a nova publica&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foi pautada em uma experi&ecirc;ncia pessoal: a descoberta de uma doen&ccedil;a autoimune, a policondrite recidivante. &ldquo;Cada obra, querendo ou n&atilde;o, sai um pedacinho da gente. Ent&atilde;o, esse mesmo de apocalipse zumbi, voc&ecirc; pode pensar &lsquo;nossa, o que tem a ver com a realidade?&rsquo;, mas ele foi escrito no momento que eu fazia faculdade na UEFS, ent&atilde;o, teve inspira&ccedil;&atilde;o na minha viv&ecirc;ncia de universidade, conflitos. O segundo j&aacute; n&atilde;o foi t&atilde;o conectado &agrave; minha realidade atual, j&aacute; o Ravel, teve uma inspira&ccedil;&atilde;o mais forte&rdquo;, explica o baiano, que decidiu abandonar a carreira jur&iacute;dica e se dedicar mais &agrave; literatura, conciliando a escrita com uma carga menor de trabalho em um banco para complementar a renda familiar.&nbsp;

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O diagn&oacute;stico da policondrite veio em 2018, depois de um largo caminho de incertezas e medos que serviram como reflex&atilde;o, compartilhada agora de forma l&uacute;dica atrav&eacute;s da literatura. &ldquo;Foi uma experi&ecirc;ncia bem traum&aacute;tica, porque &eacute; uma doen&ccedil;a rara, no come&ccedil;o questionavam muito se era chikungunya, dengue, porque atacava as articula&ccedil;&otilde;es, eu andava curvado, ia e voltava de m&eacute;dico e ningu&eacute;m sabia o que era, n&atilde;o melhorava. At&eacute; que eu me internei no S&atilde;o Rafael e a&iacute; descobriram que &eacute; a policondrite e iniciei o tratamento&rdquo;, conta Flavio, que classificou como &ldquo;desesperadora&rdquo; a experi&ecirc;ncia de buscar ajuda m&eacute;dica e n&atilde;o ter respostas. &ldquo;&Eacute; de entrar em p&acirc;nico, foi quase um m&ecirc;s sem saber o que era, com dores&rdquo;, lembra.&nbsp;

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<img alt="" src="/fotos/entretenimento_noticias/40740/mg/14212159_283438768703673_5561338553579175417_n.jpg" style="width: 380px; height: 305px;" /> 
Flavio durante lan&ccedil;amento de seu primeiro livro,&nbsp;&quot;Sangue Entre os Dedos&quot; | Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o

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Depois de um ano com a doen&ccedil;a, o escritor aprendeu a lidar com ela e percebeu que as crises estavam muito vinculadas ao seu estado emocional. &ldquo;Se eu n&atilde;o estou bem, estou estressado, estou ruim, ela ataca. Isso me fez ter um estalo, pensando em como nossa cabe&ccedil;a pode fazer t&atilde;o bem, mas t&atilde;o mal pra gente. Pode nos puxar t&atilde;o pra baixo e nos causar um problema t&atilde;o grave. Ent&atilde;o eu pensei: &lsquo;quem &eacute; o personagem da fantasia que usa bastante a mente?&rsquo;. O mago! A&iacute; eu comecei a trabalhar nisso e a&iacute; discorri na hist&oacute;ria. E qual &eacute; o problema dele? Magia, que &eacute; a sua maior habilidade&rdquo;, detalha o baiano, sobre o processo de composi&ccedil;&atilde;o do protagonista de seu novo livro. &ldquo;A hist&oacute;ria de Ravel &eacute; justamente uma jornada de autoconhecimento, &eacute; ele entender porque a magia, que &eacute; algo que faz t&atilde;o bem a ele, estava lhe prejudicando&rdquo;, resume o autor, que busca sensibilizar o p&uacute;blico a perceber que o poder da mente tanto &eacute; capaz de operar coisas positivas, quanto causar a autodestrui&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Nestes anos com a doen&ccedil;a autoimune eu percebi como ela est&aacute; ligada ao estado ps&iacute;quico, se voc&ecirc; est&aacute; nervoso ela ataca. E isso pode influenciar direto a mim por ter a doen&ccedil;a autoimune, mas pra quem n&atilde;o tem, tamb&eacute;m tem um reflexo&rdquo;, pontua.

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O autor conta que a narrativa foi constru&iacute;da com base no artif&iacute;cio liter&aacute;rio chamado de &ldquo;ticking clock&rdquo;, no qual o enredo se desenrola contra o rel&oacute;gio, que, no caso do mago, corre para a morte. &ldquo;Os sintomas dele v&atilde;o piorando, e a&iacute; o leitor fica sem saber se ele vai morrer, se n&atilde;o vai&rdquo;, explica Flavio, revelando que a saga de Ravel segue a mesma cronologia das manifesta&ccedil;&otilde;es cl&iacute;nicas de sua doen&ccedil;a. &ldquo;Ele come&ccedil;a o livro com uns sintomas de articula&ccedil;&otilde;es, depois v&atilde;o evoluindo para dores na traqu&eacute;ia, dores no esterno, que podem chegar ao cora&ccedil;&atilde;o, inutilizar uma v&aacute;lvula e ele morrer&rdquo;, detalha o escritor baiano, lembrando que tais fen&ocirc;menos s&atilde;o reais e podem acontecer na policondrite. &ldquo;Os sintomas f&iacute;sicos e os medos de Ravel s&atilde;o os mesmos meus&rdquo;, declara.&nbsp;

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Assim como o pr&oacute;prio Flavio, o protagonista desta aventura medieval se v&ecirc; ref&eacute;m dos poderes da mente, e, em meio &agrave; crise, descobre uma poss&iacute;vel solu&ccedil;&atilde;o para sua condi&ccedil;&atilde;o. No caminho para o vencer a morte, entretanto, o talentoso mago se depara com muita a&ccedil;&atilde;o, magia, criaturas m&iacute;ticas e cen&aacute;rios que v&atilde;o desde florestas, passando por um vasto oceano, at&eacute; um deserto de areias escaldantes.

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PR&Oacute;XIMO TRABALHO 
Enquanto as dores f&iacute;sicas e emocionais impulsionaram a escrita de &ldquo;Ravel&rdquo;, o pr&oacute;ximo livro de Flavio Fernandes ser&aacute; inspirado na paternidade. Pai de Arthur, de dois anos, o autor baiano conta que pretende explorar o tema fam&iacute;lia em sua nova obra, dentro da saga medieval &ldquo;Contos de Awnya&rdquo;. &ldquo;Eu vou continuar trabalhando muito com a cabe&ccedil;a, mas dessa vez eu quero falar sobre fam&iacute;lia, sobre a valoriza&ccedil;&atilde;o de quem est&aacute; perto da gente, que a gente ama e acaba n&atilde;o dizendo. A gente acaba dizendo que ama pra uma pessoa mais distante, mas pra quem est&aacute; do lado da gente a gente n&atilde;o fala. Ent&atilde;o, o pr&oacute;ximo tema vai ser em fantasia, mas com esse tema&rdquo;, conta.

Notícia

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