'O Rappa é a maior banda cover de si mesma do país', dispara Marcelo Yuka
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Filmada pela diretora Daniela Broitman, a vida do compositor Marcelo Yuka estreia no cinema nesta sexta (30). O subtítulo do documentário “Marcelo Yuka – No Caminho das Setas” é baseado em uma conversa do compositor com Waly Salomão(1943-2003), que certa vez disse a Yuka que ele deveria "aprender a seguir o caminho das setas".
Vítima de um assalto no Rio em 2000, Marcelo Yuka levou nove tiros, ficou paraplégico e ainda luta contra fortes dores no corpo através do uso medicinal de maconha, indicado recentemente pelo seu médico.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Yuka falou que não quer ser visto como vítima, nem que ninguém chore com o filme. “Não queria ser célebre pela vitimização e muito menos vestir essa capa do herói, que a mídia me deu de uma maneira que é difícil eu tirar. É uma queda de braço dia a dia”, contou. Segundo ele, o filme foi muito gentil ao retratar sua vida. “Devia ter mais gente falando mal. Esse não é um filme meu, é um filme dela [a diretora Daniela Broitman], e ela tem o direito de fazer o recorte que quiser”, opinou.
O documentário não deixa de falar sobre a controversa saída do Rappa, devido a brigas por direitos autorais. Questionado sobre se a sua saída da banda foi bem retratada no filme, Yuka diz que foi um retrato “bem honesto”. “Eu acho que O Rappa é a maior banda cover de si mesma do país. Ficam tentando emular o que já foram no passado. Como são bons músicos, conseguem”, disparou. Além de continuar compondo para diversos artistas, Yuka se aventura na escrita de poesias e nas artes plásticas.