Situado no bairro da Gra&ccedil;a, em Salvador, o Palacete das Artes recebe, a partir desta quinta-feira (4) uma exposi&ccedil;&atilde;o coletiva com as fotografias dos vencedores do 8&ordm; Pr&ecirc;mio Nacional de Fotografia Pierre Verger. Em cartaz at&eacute; o dia 30 de janeiro de 2022, a mostra ter&aacute; visita&ccedil;&atilde;o gratuita, mediante cumprimento de protocolos sanit&aacute;rios vigentes.

&nbsp;

Premiada na categoria Ancestralidade e Representa&ccedil;&atilde;o com o Projeto &ldquo;At&eacute; que voo e pouso se reconhe&ccedil;am asa&rdquo;, Carolina Krieger (SC) traz no seu ensaio uma reflex&atilde;o sobre o autoconhecimento como uma possibilidade de pot&ecirc;ncia her&oacute;ica. Washington da Selva (MG), premiado na categoria Quest&otilde;es Hist&oacute;ricas com o ensaio &ldquo;Lastro&rdquo;, apresenta uma pesquisa de imagens realizada em arquivos nacionais para rememorar o trabalho de seus familiares agricultores. Ganhador do pr&ecirc;mio Livre Tem&aacute;tica e T&eacute;cnica com o ensaio &quot;Atra&ccedil;&atilde;o Gravitacional&rdquo;, &nbsp;Hirosuke Kitamura provoca o pensar sobre as tens&otilde;es do corpo em ambientes tumultuados. O baiano Diego Sei, Pr&ecirc;mio Resid&ecirc;ncia Art&iacute;stica, traz seu ensaio &ldquo;Onde a casa come&ccedil;a&rdquo;, realizado na ilha de Boipeba em comunidades tradicionais das fam&iacute;lias de origem afro-ind&iacute;genas, buscando defender o reconhecimento e a demarca&ccedil;&atilde;o do territ&oacute;rio de pescadores e marisqueiras tradicionais da Ilha de Boipeba.

&nbsp;

Al&eacute;m dos premiados, estar&atilde;o na exposi&ccedil;&atilde;o os artistas fot&oacute;grafos Bauer S&aacute; (Corpos, cadeira e luz), Lita Cerqueira (Bahia de Yay&aacute;&acute;e Yoy&ocirc;), &nbsp;Vanessa Patax&oacute; (Anem&atilde;vey Patax&oacute; - Casamento Patax&oacute;). Rodrigo Masina Pinheiro e Ton Zaranza (N&atilde;o leve flores), Renata Voss Chagas (Prova de Contato), Duo Paisagens M&oacute;veis de Maria Vaz e B&aacute;rbara Lissa (Quanto tempo dura uma tonelada), Paula Sampaio (Sob a pele ossos da mem&oacute;ria), Anna Menezes (Corpos Sedimentados), Uiler Costa &nbsp;(A cosmologia da mar&eacute; baixa &ndash; Coroas), Adriano Machado (Estudos sobre natureza-morta) e Andr&eacute; Lago (Caiporas).

 
SERVI&Ccedil;O 
O QU&Ecirc;: Exposi&ccedil;&atilde;o 8&ordf; Pr&ecirc;mio Nacional de Fotografia Pierre Verger 
QUANDO: 4 de novembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022, de ter&ccedil;a-feira a domingo, das 13h &agrave;s 17h 
ONDE: Palacete das Artes (Gra&ccedil;a) - Salvador (BA) 
VALOR: Gratuito, mediante comprova&ccedil;&atilde;o vacinal

Propondo reflex&otilde;es sobre possibilidades de encontros e trocas no cen&aacute;rio da pandemia do coronav&iacute;rus, o livro &ldquo;Do que &eacute; feito o encontro?&rdquo; re&uacute;ne 16 artistas e 32 obras em uma exposi&ccedil;&atilde;o virtual. Os conte&uacute;dos, que formam uma cole&ccedil;&atilde;o de cart&otilde;es-postais, v&atilde;o ser publicados no site da Duna Editora para download gratuito no dia 5 de abril.

&nbsp;

Para a produ&ccedil;&atilde;o das obras que comp&otilde;em a exposi&ccedil;&atilde;o, a equipe de artistas promoveu oito encontros semanais, realizados entre os meses de janeiro e fevereiro de 2021. Como parte do lan&ccedil;amento do livro, acontecer&aacute; uma roda de conversa virtual para discutir sobre o processo criativo dos artistas que participaram do projeto. O link da chamada estar&aacute; dispon&iacute;vel no Instagram da editora e da Tiragem: Laborat&oacute;rio de Livros.

&nbsp;

Na live, participaram da conversa todos que fizeram parte do processo criativo do livro, como as artistas-pesquisadoras Arissana Patax&oacute;, Cynthia Cy Barra, Lia Krucken, Lara Marques, Lia Cunha e Manoela Barbosa. Al&eacute;m de Aju Paraguassu, Bruna Carvalho, Bruna Emanuele, Cely Pereira, Charles Ribeiro, Danilo Castro, Felipe Caires, Gabriella Correia, Luma Fl&ocirc;res, Isabella Coretti e Tiago Ribeiro.

&nbsp;

Para a artista e curadora Lara Marques, a pandemia nos faz repensar os encontros e afetos. &quot;O tipo de encontro que conhec&iacute;amos n&atilde;o existe e nem sabemos quando (e se) existir&aacute;. Por isso precisamos revisitar antigos encontros, criar novos... pra ver se existe um modelo que funcione. Explorar as nossas m&atilde;os em seguran&ccedil;a, desligar as telas, meditar na escrita&quot;, reflete.&nbsp;

&nbsp;

A ideia &eacute; que os materiais sejam utilizados pelo p&uacute;blico para corresponder-se, f&iacute;sica ou digitalmente, e se posicionar como participante ativo, colaborando para a circula&ccedil;&atilde;o das obras. A organizadora Lia Cunha explica que o projeto busca explorar as formas alternativas de encontro por meio da arte.

&nbsp;

&quot;Espero que essa publica&ccedil;&atilde;o viabilize para outras pessoas encontros t&atilde;o potentes quanto os que experimentamos como coletivo ao cri&aacute;-la. Este livro pode ser e &eacute; uma esp&eacute;cie de ferramenta para promover encontros de diversas naturezas&quot;, comenta Lia.&nbsp;

&nbsp;

Felipe Caires, que tamb&eacute;m fez parte do processo criativo do livro, conduzindo uma oficina de pinhole, acredita que no atual cen&aacute;rio pol&iacute;tico e de sa&uacute;de coletiva, faz-se necess&aacute;rio &ldquo;pontos de fuga&rdquo; que n&atilde;o sejam bobos, tornando-se meios de se conectar atrav&eacute;s de coisas leves.&nbsp;

&nbsp;

&quot;O confinamento refor&ccedil;ou a saudade, destacou a import&acirc;ncia de estar, de trocar ideias. Encontrar, de diversas formas, pode ajudar a segurar a press&atilde;o&quot;, finaliza Caires.&nbsp;

A exposi&ccedil;&atilde;o &ldquo;Odisseia Sertaneja&rdquo;, do artista Netto Casanova, fica em cartaz at&eacute; o dia 31 de mar&ccedil;o, no foyer do Espa&ccedil;o Xisto Bahia, situado no bairro dos Barris, em Salvador, com entrada gratuita.

 
Resultado das pesquisas e viv&ecirc;ncias do artista em anos de andan&ccedil;as pelo sert&atilde;o, a mostra re&uacute;ne obras que retratam e resgatam elementos da cultura caatingueira e sertaneja. &ldquo;Trata-se da exposi&ccedil;&atilde;o de um artista fiel &agrave; sua obra, sua arte e seu lugar, e que n&atilde;o se deixa levar pelos modismos e oportunismos, que em muito vem desvalorizando a arte e a cultura popular brasileira&rdquo;, assim se autodefine Neto Casanova, natural do munic&iacute;pio de Pindoba&ccedil;u, no territ&oacute;rio Piemonte Norte do Itapicuru.

 
As telas expostas remontam de forma on&iacute;rica todo um universo sertanejo, atrav&eacute;s de manifesta&ccedil;&otilde;es culturais e religiosas como festas juninas, feiras livre, o vaqueiro, reisado, tocadores de p&iacute;fanos, samba de lata, al&eacute;m do trem e da estrada de ferro com suas centen&aacute;rias esta&ccedil;&otilde;es (algumas em ru&iacute;nas) e o sincretismo religioso.

&nbsp;

SERVI&Ccedil;O 
O QU&Ecirc;: Exposi&ccedil;&atilde;o &ldquo;Odisseia Sertaneja&rdquo; 
QUANDO: Segunda a domingo, at&eacute; 31 de mar&ccedil;o. Das 9h &agrave;s 19h 
ONDE: Foyer do Espa&ccedil;o Xisto Bahia &ndash; Barris &ndash; Salvador (BA) 
VALOR: Entrada gratuita

Notícia

Artista plástico Ivo Neto terá obras expostas no Circuito Artes Perini

Notícias Relacionadas

Palacete das Artes recebe exposição de fotos vencedoras do 8º Prêmio Pierre Verger

'Do que é feito o encontro?': Projeto reúne 16 artistas em livro e exposição virtual

Espaço Xisto Bahia recebe exposição 'Odisseia Sertaneja'