Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Websérie baiana trata de tema LGBT, mas sem festividade típica da TV

Por Alexandre Galvão

Com estreia prevista para o próximo dia 31, a websérie baiana “Retratos” quer desmistificar a ideia do gay festivo perante a audiência. A história gira em torno de um filho de pastor evangélico que vive um romance secreto com outro homem e uma jovem que sempre teve certeza de sua heterossexualidade e se descobre lésbica. Em visita ao Bahia Notícias, Rafael Jardim, que dirigiu o produto, contou sobre o processo criativo e a escolha do formato para a web. A temática LGBT, que no início seria apenas uma entre outras duas abordagens, ganhou destaque após a percepção de uma demanda do idealizador. “A ideia era um canal que tivesse terror, comédia e uma séria GLBT, só que depois a gente viu que tinha pouca produção para esse público e decidimos focar nisso”, disse. A fuga de estereótipos na trama, segundo Rafael, foi um dos pontos chave para o desenvolvimento do projeto. “Isso do gay afeminado fica mais na novela. Os personagens da série não tem isso do exagerado.

A história também não é maniqueísta porque o mocinho não é tão ‘bonzinho’, assim como a mocinha também não. É, de certa forma, sem pudores porque em teledramaturgia a gente não vê um casal gay se beijando e isso nós vamos abordar com naturalidade. Claro que a gente não vai mostrar o sexo em si porque o Youtube não deixa”, esclareceu. Por falar em cenas quentes, o casting de 'Retratos' passou por uma preparação, já que uma parte do elenco nunca tinha beijado uma pessoa do mesmo sexo. No entanto, Jardim não quis que todas as cenas fossem ensaiadas. “Teve um trabalho por conta das cenas mais íntimas. Tem uma cena que é a expulsão de casa de uma das personagens, então eu não quis ensaiar essa de jeito nenhum, quis que fosse do jeito que saiu”, revelou. Com baixo orçamento e tendo os três primeiros episódios – de um total de 13 – sido pagos pelos próprios realizadores, a web se mostrou o caminho mais fácil para veicular o material produzido. As constantes derrotas em inscrições de editais públicos também contribuíram para a escolha do novo meio.

“Escolhemos a web pela facilidade de acesso. Em TV você não ter abertura pra colocar nada, mas na internet você tem abertura e o pessoal acessa”, afirmou. Premiado no festival de Gramado e com 22 curtas na bagagem, Rafael – que é formado em cinema – pretende também levar um pouco da sétima arte para a tela do computador. “Tento trazer um pouco da linguagem em termos de fotografia, planificação e o próprio roteiro. Trago a experiência da estética de cinema. Claro que a internet tem uma linguagem diferenciada e tem que ser mais dinâmico”, finalizou. A estreia acontecerá no canal do grupo no Youtube (veja aqui) e o público pode acompanhar todas as novidades, bastidores e extras no Facebook da série (clique aqui).