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Marca Bahia Notícias

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Osba no Carnaval faz parte de ‘mudança de estratégia’, diz maestro: ‘É um momento histórico’

Por Carol Prado

Osba no Carnaval faz parte de ‘mudança de estratégia’, diz maestro: ‘É um momento histórico’
Foto: Divulgação
Nada de figurões do axé ou herdeiros do legado de Dodô e Osmar. O abre alas para o Carnaval deste ano terá, como trilha sonora, música clássica. Isso porque, juntamente com a banda mirim do Olodum, a cantora Baby do Brasil e os grupos Quabales e Stomp, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) se apresenta, na abertura da festa, nesta quarta-feira (26), a partir das 17h, no Farol da Barra. O show, composto por marchinhas remodeladas com arranjos mais sofisticados, recebeu o nome de Baileconcerto e representa uma mudança de estratégia da filarmônica, que sempre optou por se esconder em períodos nos quais a cidade é dominada pelos astros do “tira o pé do chão”. “Resolvemos mudar nossa atitude. Uma orquestra que quer representar a sociedade em que convive não pode se isolar da folia. Tenho certeza que esse é um momento histórico para a Osba”, analisa o maestro Carlos Prazeres. Segundo ele, a mudança de comportamento da orquestra harmoniza-se com a atual situação da capital baiana, que passa por uma série de processos de requalificação. “Eu sempre faço a analogia entre a Osba e a própria Salvador. Assim como a cidade vem se redescobrindo, as pessoas também estão passando a buscar a música clássica e entender que não somos só axé. Hoje, vemos filas na porta de concertos”, comparou. Otimista, o músico diz que a apresentação carnavalesca e a gradual integração entre elementos das culturas popular e erudita fazem parte do caminho que deve levar o grupo musical baiano “a se transformar em um dos maiores do Brasil”. “É claro que esse é um processo árduo. Nós não somos um estado rico, mas temos consciência do quanto somos importantes, independentemente do dinheiro”, afirma.