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Marca Bahia Notícias

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‘João Gilberto e Caymmi representam a universalidade da Bahia’, diz Gilberto Gil

Por Luis Fernando Lisboa

‘João Gilberto e Caymmi representam a universalidade da Bahia’, diz Gilberto Gil
Foto: Divulgação
A mistura de Gilberto Gil com João Gilberto deu samba. O resultado dessa fórmula pode ser conferido no novo álbum do tropicalista chamado “Gilbertos Samba”, em que homenageia aquele que é considerado o mítico criador da bossa nova. O cantor baiano faz neste sábado (17) e domingo (18), no Teatro Castro Alves, apresentações da turnê do seu mais recente trabalho. 
 
Acostumado a produzir discos e canções em que homenageia grandes nomes da música, como Bob Marley e Dorival Caymmi, Gil conta que esses tributos são sempre para artistas que o impregnaram. “Eles acabaram se metendo na minha obra e fazem parte da minha trajetória”. No caso dos álbuns dedicados a João Gilberto e Luiz Gonzaga, a relação é mais forte e especial. “Talvez por eles terem me proporcionado descortinar coisas profundas na minha vida. São artistas seminais”, explica. 
 
Sobre a escolha do repertório do show, que traz versões de  “Você e Eu”, “O Pato” e “Aos Pés da Cruz”, o compositor conta que foram priorizadas faixas gravadas por João Gilberto no início da sua carreira. “São canções dos três primeiros discos, principalmente”. Segundo ele, esse marco se deve a alguns aspectos especiais. “A especificidade, estranheza, originalidade e inventividade assombram nessa primeira incursão de João pela bossa nova”.  
 
O cantor traz homenagens a João Gilberto e Dorival Caymmi
Foto: Divulgação
 
Ainda cabe no set list uma homenagem a outro grande baiano admirado por Gilberto Gil: Dorival Caymmi, que completaria 100 anos em 2014. “João junto com Caymmi são os que mais representam essa universalidade da Bahia. Caymmi sempre escolheu falar daquilo que nos cativa. Não há na obra dele nenhum elemento de queixa”, conta o cantor que vai apresentar composições como “Rosa Morena” e “Milagres” para o público. 
 
Sobem no palco com ele, músicos de uma nova geração: Bem Gil (violões, guitarra, percussão, flauta e MPC), Domenico Lancellotti (bateria, percussão) e Mestrinho (sanfona, percussão). São eles que ajudam a atualizar a linguagem do samba de João Gilberto. “Essa coisa do lado jovem só acrescenta a esse compromisso de fazer a ponte com o mestre”. Para Gil, essa soma com o recluso João Gilberto só podia dar em samba. “Que jeito!”, finaliza.