OQuadro fala sobre passagem pela Dinamarca e show no Roskilde Festival
Por Virgínia Andrade
Banda se apresentou no mesmo dia do rapper Kendrick Lamar. Foto: Divulgação
O palco Avalon do Roskilde Festival, um dos eventos mais importantes e influentes do verão europeu, ferveu com um show eletrizante da banda OQuadro, que saiu de Ilheús na semana passada com destino à Dinamarca. A apresentação aconteceu na sexta-feira (3), no mesmo dia em que tocaram o rapper Kendrick Lamar, o duo eletrônico Disclosure e os brasileiros do Metá Metá.
Depois de escrever sobre a primeira parada d'OQuadro na Europa e o "aquecimento" da banda para o Roskilde, o vocalista do grupo, Rans, fala sobre suas impressões na chegada à Copenhagen, capital da Dinamarca, os prerativos para o show, detalhes sobre a estrutura e a organização do evento, a energia do público, além das pessoas que trabalham para fazer o Roskilde acontecer.
Vale lembrar que nesta sexta-feira (10), o grupo de rap desembarca em Salvador para um show na Praça Tereza Batista, no Pelourinho, junto com o IFÁ Afrobeat. A apresentação tem início a partir das 21h, com ingressos a R$ 20.
Rans (OQuadro):
Após missão cumprida em Hamburgo, partimos na madruga do dia 01 de julho com destino à cidade de Copenhagen, na Dinamarca, onde ficamos abrigados na casa de um grande amigo brasileiro, que por lá reside há mais de 20 anos. Foi o nosso ponto de concentração para o festival de Roskilde, realizado na cidade homônima, localizada há cerca de 30 km. Com dois dias livres, aproveitamos para conhecer de perto a lendária cidade independente da Cristiania. Uma espécie de experiência anarquista, cravada na capital dinamarquesa, com leis próprias, cujo estilo de vida dos moradores é uma crítica ao modelo econômico capitalista que passou a dar as cartas na Europa após a segunda carta.
Depois de escrever sobre a primeira parada d'OQuadro na Europa e o "aquecimento" da banda para o Roskilde, o vocalista do grupo, Rans, fala sobre suas impressões na chegada à Copenhagen, capital da Dinamarca, os prerativos para o show, detalhes sobre a estrutura e a organização do evento, a energia do público, além das pessoas que trabalham para fazer o Roskilde acontecer.
Vale lembrar que nesta sexta-feira (10), o grupo de rap desembarca em Salvador para um show na Praça Tereza Batista, no Pelourinho, junto com o IFÁ Afrobeat. A apresentação tem início a partir das 21h, com ingressos a R$ 20.
Após missão cumprida em Hamburgo, partimos na madruga do dia 01 de julho com destino à cidade de Copenhagen, na Dinamarca, onde ficamos abrigados na casa de um grande amigo brasileiro, que por lá reside há mais de 20 anos. Foi o nosso ponto de concentração para o festival de Roskilde, realizado na cidade homônima, localizada há cerca de 30 km. Com dois dias livres, aproveitamos para conhecer de perto a lendária cidade independente da Cristiania. Uma espécie de experiência anarquista, cravada na capital dinamarquesa, com leis próprias, cujo estilo de vida dos moradores é uma crítica ao modelo econômico capitalista que passou a dar as cartas na Europa após a segunda carta.
Quem por lá transitar há de respeitar as três leis primordiais: sem fotografias, sem heroína e sem violência. O resto, tudo vale, desde que o respeito e a harmonia sejam palavras de ordem. No segundo dia na Dinamarca, parte do grupo foi fazer o conhecimento de área do festival de Roskilde, e realizar o check in. O referido festival, a exemplo de uma convencionada postura dinamarquesa, preza pela auto sustentabilidade e consciência ecológica. Nada é a toa, nada é descartado, e até mesmo a urina dos presentes é reaproveitada para fabricar cerveja.
OQuadro durante apresentação no Roskilde Festival, na Dinamarca | Foto: Divulgação
Tido como um dos mais importantes e influentes festivais do verão europeu, Roskilde é marcado também pela sua gigantesca estrutura, organização minuciosa e o mais importante: a inexistência de lucro. Sim, tudo o que é arrecadado é doado 100% para instituições de caridades. Além disso, as milhares de pessoas que trabalham no evento (sempre prestativas e com sorrisos estampados nos rostos), são voluntárias, e nada recebem. Destaque para o papel dos catadores de latinha e copos descartáveis (sim, eles estavam lá).
Em meio ao público que se divertia muito e ingeria milhares de litros de bebidas, a cada minuto passava alguém com olhos atentos ao chão, a procura dos referidos materiais. A grande maioria oriunda de países africanos, asiáticos e do leste europeu. A nós ficou a impressão de que, mesmo em um evento do porte do festival de Roskilde, as discrepâncias sociais estão presentes. Pelo menos aos olhares atentos de nós brasileiros. Sempre buscávamos sorrir a esses “seres invisíveis”, agradecendo pelo seus trabalhos, e pensando: A invisibilidade social é uma mazela do nosso planeta. Eis que chegou o grande dia da nossa apresentação em um dos palcos do festival, batizado de Avalon Stage.
A agilidade e competência técnica da equipe que nos auxiliou, seguiu o padrão de organização do festival. Em menos de 20 minutos tudo já estava pronto para começar a festa, e por volta das 2 horas da madrugada iniciamos a nossa apresentação. Cremos nós que fizemos um grande show, e, mais uma vez, colocamos os gringos para dançar e até mesmo cantar alguns dos nossos refrões. A energia foi contagiante. Agora é retornar ao Brasil, descansar, e já nos preparar para o show do dia 10 (sexta-feira), junto com o Ifá Afrobeat, no Pelourinho. Quem puder, que venha conferir de perto mais essa celebração musical na capital baiana.
Confira abaixo um trecho da apresentação d'OQuadro no Roskilde:
Confira abaixo um trecho da apresentação d'OQuadro no Roskilde:
Serviço
O QUÊ: Shows da banda OQuadro e IFÁ Afrobeat
QUANDO: Sexta-feira, 10 de julho, às 21h
ONDE: Praça Tereza Batista, Pelourinho
QUANTO: R$ 20 (Vendas Ticketmix)