Peças artísticas e centenárias da Igreja do Pilar são restauradas
A Igreja do Pilar, localizada no Comércio, recebeu de volta, nesta quarta-feira (9), suas peças artísticas centenárias. Os objetos religiosos - relíquias dos séculos XVII, XVIII e XIX - foram restaurados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) e fazem parte da primeira etapa da restauração de pertences da paróquia, entregues a tempo da festa de Santa Luzia, que será comemorado no dia 13 de dezembro, quando centenas de fiéis visitam a fonte em busca de proteção. A entrega total dos pertences está prevista para o final de 2016.
Entre os objetos entregues nesta quarta, estão dois confessionários com 300 anos, cada; tocheiros; pequenas mesas; e cadeiras, todos em madeira. No Ipac, as peças receberam tratamento especial de restauradores da Coordenação de Restauro de Elemento Artísticos (Cores) do Instituto. Apesar dos objetos estarem infestados por cupins, o trabalho tentou conservar a forma e o máximo possível do material original. “Tudo depende do estado de conservação dos objetos, mas à medida que o nosso trabalho se desenvolve, procuramos resguardar a parte estética, artística e histórica, sem mudar a concepção do artista que criou cada uma dessas peças. É uma alegria ver objetos que estavam quase destruídos serem reintegrados ao seu ambiente natural em outro estado”, contou a coordenadora da Cores, Kathia Berbert, que acrescenta ser um trabalho que requer cuidado e muito "amor".
O processo de restauração de objetos da Igreja integra o trabalho de preservação e conservação de peças artísticas e pequenas edificações em toda Bahia. "Entendemos que a função do órgão de conservação do patrimônio do Estado vai além da preservação da arquitetura. Atendemos às comunidades do interior com as necessidades de restauração. Entregar os objetos do Pilar é também simbólico, porque o Governo do Estado tem investido desde 2011 na restauração do templo, que chegou a passar um tempo interditado, e complementamos o trabalho com esses elementos artísticos”, detalhou o diretor do Ipac, João Carlos.