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Marca Bahia Notícias

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'Grito Rock é uma tentativa de movimentar a cena do rock', diz coordenadora do festival

Por Ailma Teixeira

'Grito Rock é uma tentativa de movimentar a cena do rock', diz coordenadora do festival
A banda Rubra se apresenta no sábado (9) | Foto: Divulgação
A fim de reaquecer a cena do rock em Salvador, o Festival Grito Rock retorna a capital baiana, agora sob comando do Coletivo Sariguê Elétrico. A festa, que promove shows de rock gratuitos na varanda do Taverna Music Bar, no Rio Vermelho, neste sábado (9) e domingo (10), acontece em diversas cidades do Brasil e do exterior. "Então, eu acho que hoje a cena do rock de Salvador, ela vive uma crise muito grande de não ter produções capacitadas e não ter local pra se apresentar. Às vezes tudo é reduzido muito a poucas casas, aos mesmos eventos, então trazer o Grito Rock é uma tentativa de movimentar a cena, mostrar que existem bandas capacitadas pra tocar, com material legal, tanto sonoro quanto gráfico", defende Mariana Buente, coordenadora do evento na capital baiana. Há seis anos fazendo rock em Salvador, a banda Rubra, que se apresenta no sábado, chega a ter mais público em outras cidades. "O público existe em Salvador, é fiel, inclusive, porém é um público que não tem estrutura pra ser público porque aqui você não tem muitas casas de shows, as que têm fecham ou então contam com estrutura muito ruim pra você fazer bons eventos e tudo isso dificulta. A maioria das casas boas que você tem não tocam rock, tocam axé, sertanejo, outros ritmos que não são ligados ao rock. Então, essa parte estrutural é muito deficiente e acaba influenciando nessa questão da circulação do rock na Bahia e, principalmente, em Salvador”, critica Amanda Torres, vocalista do grupo.


Diante da carência de espaços e, consequentemente, de eventos para esse público, a expectativa do coletivo é de atrair cerca de 250 pessoas por dia, já que os shows serão realizados ao ar livre a partir do tema "Ocupe seu espaço". "A gente teve que usar o pub porque é quem topa uma parceria, hoje é quem ainda faz movimentar a cena, mas a gente queria tirar desse ambiente de sempre, então, trazer pra rua significa ocupar o espaço mesmo, fazer com que quem está passando na hora, perceba que tem uma cena de rock na cidade e ela é forte", afirma Mariana. Empolgados com a ideia do show gratuito, os membros da Rubra esperam atrair o público presente nas redondezas, já que classificam o Rio Vermelho como o “bairro onde o rock de Salvador acontece”. "O nosso repertório é 80% autoral, basicamente as músicas desse CD novo e a gente toca dois covers [do Muse e Imagine Dragons] pra galera se ligar nas referências que a gente está ouvindo e tal", revela. Em meados de 2015, a banda lançou o álbum de inéditas "Sincronicidade". A primeira canção de trabalho do disco, "Efeito Moral", ganhará um videoclipe em breve.



Tabuleiro Musiquim é atração do domingo (10) | Foto: Divulgação

Além da Rubra, o festival recebe Ivan Motoserra e Semivelhos no sábado e Ronco, Callangazoo e Tabuleiro Musiquim no domingo. Produzido integralmente de forma colaborativa, as bandas foram selecionadas através de uma parceria com o site Toca Brasil. "A gente teve mais ou menos umas 100 bandas inscritas nesse site e aí partimos pra três critérios: o primeiro critério era o som da banda, o segundo era a apresentação visual e o terceiro era o apelo de público, porque como era o primeiro evento, a gente necessita que a galera tenha uma interação maior", explica a coordenadora. De acordo com o coletivo, todo o trabalho foi feito por parceiros, motivados pela ideia de tornar a cidade um pouco mais rock. "Ele é produzido pelo coletivo, a parte de comunicação é toda feita de forma colaborativa, a casa também não está cobrando nada da gente. Foi a zero custo, a gente não gastou uma rela, tudo feito por interesse da cultura rock", ressalta.