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Marca Bahia Notícias

Notícia

Artista paulista acredita em equilíbrio entre íntimo e urbano para compor obra

Por Marcos Maia

Artista paulista acredita em equilíbrio entre íntimo e urbano para compor obra
Foto: Divulgação
Em cartaz com a exposição “Flipa o Muro e terás Orum” a partir desta quarta-feira (19), às 19h, na Galeria Luiz Fernando Landeiro Arte Contemporânea, no Rio Vermelho, o fotógrafo e artista plástico paulista Raul Zito acredita na importância de um processo criativo que oscile entre o íntimo e o espaço urbano para compor sua obra. "Acho que trabalhar na rua é sempre demonstrar um processo e fazer algo importante, que é promover acesso irrestrito à arte, mas também existe uma demanda espiritual, de necessidade, de uma criação mais íntima, privada, que caminhe mais para a investigação de materiais e processos químicos que precisa ser feita em um ambiente mais fechado", explicou em entrevista ao Bahia Notícias.

A mostra, que permanece em exposição até o dia 20 de janeiro de 2017, reúne um trabalho fotográfico “expandido” que se utiliza de uma técnica experimental para compor imagens em preto e branco que acabam aplicadas em superfícies de ferro ou madeira através de processos químicos, intemperismos, colagem e pintura. Zito afirma que construiu esse processo criativo através de 10 anos de investigação no campo da linguagem, principalmente no espaço público de grandes cidades. “Quando falo de fotografia experimental ou 'expandida', falo de grandes dimensões e ampliação de possibilidades diversas com a investigação de como a fotografia é trabalhada manualmente depois da impressão. Para mim, a rua é um espaço de total experimentação constante”, disse.


Foto: Divulgação / Raul Zito

Para o artista, que é fortemente influenciado pela cultura e simbologia afro-brasileira, existe uma relação direta entre o seu trabalho e uma demonstração da fé. “Quando falamos de olhares, sensibilidade, acho que estamos falando de fé, de como a gente observa e transpõem o ser. Para mim não há muita separação", opina. Vale salientar que o título do trabalho brinca com a inversão das palavras muro e orum, que significa a morada dos Deuses, reino dos orixás, voduns ou nkisis. "A busca da minha poética vai exatamente do que é do concreto e visível, do palpável e mundano, do qual o muro é um símbolo. Ele tem essa simbologia da concretude, da separação, do bloco. A invenção dele é transposição através da poética onde as imagens se tornam portais. Esses portais tornam esse símbolo da concretude um suporte para imagens que trazem a simbologia do outro plano, do não visível", conclui.

Serviço
O que: Exposição “Flipa o MURO e terás Orum”, do artista Raul Zito
Abertura nesta quarta-feira (19), ás 19h, com Performance Sonora de Edbrass do Brazyl
Onde: Galeria Luiz Fernando Landeiro Arte Contemporânea, Rio Vermelho
Quando: de segunda a sábado, das 10 às 19 horas. Sábado: das 10 às 14 horas
Exposição permanecerá em cartaz até 20 de janeiro de 2017