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Após crise e risco de entrar em colapso, Osba tem processo de publicização concluído

Por Jamile Amine

Após crise e risco de entrar em colapso, Osba tem processo de publicização concluído
Foto: Divulgação
Após uma crise que se estendeu pelo ano de 2016, marcada por encontros e desencontros com a Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) finalmente teve seu processo de publicização concluído. Isto porque um contrato de gestão da orquestra foi firmado entre a Secult - através da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) - e a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA). Publicada no Diário Oficial do Estado deste sábado (11), a resolução determina que a partir daquela data caberá à associação “a gestão, operacionalização e execução de ações e serviços de Produção e Divulgação da Música de Concerto no âmbito da Orquestra Sinfônica do Estado da Bahia – OSBA”. Em termos objetivos, a medida dá mais autonomia à Orquestra, que se mantém vinculada ao Poder Executivo Estadual, mas abre a possibilidade de receber recursos da iniciativa privada, seja através de patrocínio direto ou até por meio de políticas de incentivo cultural. 
 
A saga protagonizada pela Orquestra Sinfônica da Bahia tem como marco um concerto-protesto realizado em fevereiro de 2016 (clique aqui), para chamar a atenção da Secult com relação aos problemas financeiros pelos quais passava a instituição. O déficit de músicos no quadro da Osba chegou a afetar o caráter sinfônico (clique aqui) e gerou até mesmo movimentações na Prefeitura Municipal de Salvador, que se dispôs a assumir sua gestão no lugar do governo estadual (clique aqui). O silêncio da Secult levou o maestro Carlos Prazeres a anunciar o comprometimento das atividades da Osba este ano (clique aqui). “A gente sabe que o cronograma de 2017 começa a ficar visivelmente afetado, porque não é tão simples resolver o problema da Osba. A gente tem que lidar com um cronograma, e se nada for feito agora nós perdemos o ano de 2017”, disse o músico em junho de 2016, acrescentando que naquele momento começa “a dar sinais de cansaço”. No mesmo mês, uma movimentação da Secretaria de Cultura levou um pouco de esperança à Osba, já que o maestro finalmente teria uma reunião formal com o secretário Jorge Portugal (clique aqui). O encontro foi desmarcado, como muitos outros, mas em julho, o secretário afirmou que o governo havia encontrado uma solução para o problema (clique aqui), apesar de não informar qual.
 

Durante processo, o maestro Carlos Prazeres teve diversas reuniões canceladas com a Secult | Foto: Adenor Gondim
 
Uma semana após o anúncio de Portugal, o Bahia Notícias voltou a entrar em contato com Carlos Prazeres, que seguia esperando um posicionamento da Secult (clique aqui). “A gente tem que se reunir e ver. Ainda precisamos juntar nossos cacos, mas a gente não sabe o que vai acontecer daqui pra frente”, disse o maestro à época, revelando grande preocupação até mesmo com o limite físico dos integrantes da orquestra. “Vai depender da qualidade da saúde dos músicos, se eles vão ter tendinite, se eles conseguem se manter tocando com essa formação. A gente pode ter um ano, ou pode ter uma semana. É imprevisível”, avaliou. 
 
A resposta do governo veio no final de julho, com o anúncio de que pretendia publicizar a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) a partir de 2017 (clique aqui). A notícia foi recebida com alívio pelos músicos (clique aqui). “Eu vejo uma máquina empenhada a resolver a situação, estou muito otimista, muito feliz. Acho que a gente vai conseguir sair dessa situação em breve, porque todos os esforços estão sendo feitos em prol de salvar a Osba”, comemorou o maestro Carlos Prazeres. Em novembro o governo instituiu a Comissão Especial de Julgamento para avaliar as propostas dos interessados pela gestão da orquestra (clique aqui), e partir dai a concretização dependia apenas questões burocráticas e do tempo natural do processo, que culminou no contrato de gestão firmado no último sábado (11).