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Com festa confirmada em Paripe, produtor cobra São João em outros bairros

Por Nereida Albernaz

Com festa confirmada em Paripe, produtor cobra São João em outros bairros
Foto: Reprodução / Varela Notícias

Em 2017, o São João da Bahia, que ainda nem começou, está sendo alvo de várias críticas de artistas e anônimos. Após campanha de forrozeiros contra o domínio de sertanejos na tradição nordestina (lembre aqui), agora é a vez das comunidades se mobilizarem contra o fim do São João nos bairros. Neste ano a única localidade contemplada com a festa foi Paripe, que irá ostentar nomes como Luan Santana e Saulo, enquanto outras regiões não receberam nenhum investimento. O vice-presidente da Câmara de Turismo da Baía de Todos os Santos, Moisés Cafezeiro, reclama: “Não é justo que os outros bairros fiquem a ver navios”. Segundo Cafezeiro, a festa nos bairros era uma tradição aprovada por antigos governos. “A festa da Ribeira está na 31ª edição, fazemos desde a época do antigo ACM, passando por Paulo Souto, Imbassahy e Wagner, todos os governos estaduais e municipais sempre deram apoio”. Em conversa com o Bahia Notícias, Moisés disse que a associação realizou reunião com o secretário estadual de Turismo, José Alves, há quatro meses, sem sucesso. “Quando a gente cobra só dizem: ‘Tá no colo do governador [Rui Costa], o homem que decide’. Eu não acredito nem que Rui saiba disso, queremos que olhe para nós”. No bate-papo, o líder comunitário afirmou já ter conseguido R$ 10 mil para a festa na Ribeira, contando com a solidariedade popular e o apoio de empresários, inclusive do Conselho Baiano de Turismo. “Com o dinheiro investido em Paripe fariam a festa de 10 bairros, mas não quero desmerecer o bairro, eles são merecedores, mas outros bairros como Cajazeiras, Itapuã, Liberdade e a Ribeira também precisam”. Sobre os recursos Cafezeiro completa: “A gente precisava de uns R$ 30 mil, para pagar as taxas da Sucom, Limpurb, PM, uso do solo e tal, é muita taxa e custa caro, não querem isentar a gente nem disso. Eles podiam dar pelo menos dinheiro para o som, as atrações e montar as barracas”, ponderou. O evento já tradicional entrou para o calendário baiano e já era esperado para os faziam algum tipo de comércio no local. “O pessoal da Associação de Doceiras de Itapagipe já está me procurando, elas trabalham no Mercado Iaô também e vendem quitutes no São João todo ano”. Apesar de ainda estarem buscando o diálogo para manutenção da festa, Moisés diz que um protesto pode ser realizado caso o auxílio financeiro não seja disponibilizado pelo governo. “Vamos botar um jegue na frente do Palácio de Ondina”, prometeu.