A atriz e diretora teatral Camilla Amado morreu neste domingo (6), aos 82 anos. Ela sofria com um c&acirc;ncer no p&acirc;ncreas e n&atilde;o mais resistiu &agrave; doen&ccedil;a.

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Segundo o G1, o ator Stepan Nercessian, com quem Camilla foi casada, afirmou que ela faleceu na casa da filha, no Rio de Janeiro. Camilla deixou dois filhos, Rafaela e Rodrigo Amado, de seu casamento com o jornalista Carlos Eduardo Martins.

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O portal lembra que ela come&ccedil;ou a carreira art&iacute;stica em 1969, na novela Um Gosto Amargo de Festa, da extinta TV Tupi. Depois, participou de pelo menos 39 produ&ccedil;&otilde;es em TV e 27 filmes no cinema. Algumas de suas produ&ccedil;&otilde;es na Globo foram A Casa das Sete Mulheres, Cordel Encantado e Tapas e Beijos. Sua &uacute;ltima novela foi &Eacute;ramos Seis, exibida em 2019, quando interpretou a personagem Candoca.

Contr&aacute;rio &agrave;s medidas restritivas que visam conter a circula&ccedil;&atilde;o do coronav&iacute;rus, o governo Jair Bolsonaro determinou a suspens&atilde;o de recursos da Lei de Incentivo &agrave; Cultura, antiga Lei Rouanet, para eventos presenciais nas cidades que estejam com restri&ccedil;&otilde;es. &Eacute; o caso de Salvador e mais de 300 cidades baianas que est&atilde;o sob toque de recolher e outras medidas.

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&quot;Considerando as diversas medidas de restri&ccedil;&otilde;es de locomo&ccedil;&atilde;o e de atividades econ&ocirc;micas, decretadas por estados e munic&iacute;pios, s&oacute; ser&atilde;o analisadas e publicadas no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o as propostas culturais, que envolvam intera&ccedil;&atilde;o presencial com o p&uacute;blico, cujo local da execu&ccedil;&atilde;o n&atilde;o esteja em ente federativo em que haja restri&ccedil;&atilde;o de circula&ccedil;&atilde;o, toque de recolher, lockdown ou outras a&ccedil;&otilde;es que impe&ccedil;am a execu&ccedil;&atilde;o do projeto&quot;, diz o texto dispon&iacute;vel na edi&ccedil;&atilde;o desta sexta-feira (5) do Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o (DOU).

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A suspens&atilde;o foi publicada em portaria da Secretaria Especial de Cultura, assinada pelo secret&aacute;rio Andr&eacute; Porciuncula, que &eacute; titular da subpasta de Fomento e Incentivo &agrave; Cultura.&nbsp;J&aacute; em vigor, a portaria &eacute; v&aacute;lida por 15 dias, podendo ser prorrogada ou suspensa, a depender da manuten&ccedil;&atilde;o das medidas restritivas.

Com origem no latim &quot;cancellare&quot;, tendo como sin&ocirc;nimos verbetes como &quot;anula&ccedil;&atilde;o&quot;, &quot;invalida&ccedil;&atilde;o&quot;, &quot;elimina&ccedil;&atilde;o&quot;, &quot;deslegitima&ccedil;&atilde;o&quot; e &quot;extin&ccedil;&atilde;o&quot;, o cancelamento tem ganhado protagonismo, sobretudo no ambiente virtual. O exemplo mais recente &eacute; o da rapper Karol Conk&aacute;, que saiu do Big Brother Brasil nesta semana, com 99,17% de rejei&ccedil;&atilde;o, ap&oacute;s uma participa&ccedil;&atilde;o cheia de atitudes controversas.&nbsp;

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Mal avaliada, quando ainda estava dentro da casa a artista perdeu contratos com patrocinadores, teve participa&ccedil;&otilde;es em festivais (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/39791-foi-pelo-conjunto-da-obra-diz-criador-do-rec-beat-sobre-suspensao-do-show-de-karol-conka.html" target="_blank">veja aqui</a>) e a exibi&ccedil;&atilde;o de um programa na GNT abortados (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/39801-gravadora-esta-preocupada-com-karol-conka-no-bbb-tem-que-dar-um-toque-nela.html" target="_blank">saiba mais aqui</a>), al&eacute;m de ver derreter o apoio at&eacute; de seus f&atilde;-clubes. Apesar disso tudo, a busca pelas obras da cantora e compositora cresceu. No Spotify, por exemplo, ela passou de 610.627 ouvintes mensais, em janeiro, para 697.770 at&eacute; a tarde da ter&ccedil;a-feira (23), dia em que ela foi eliminada do jogo, o que corresponde a um aumento de 14,3%.

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Assim como o que ocorreu com ela, cresceu nas plataformas de streaming a procura pelas m&uacute;sicas de Marilyn Manson, outro artista que est&aacute; em maus len&ccedil;&oacute;is por ser alvo de v&aacute;rias acusa&ccedil;&otilde;es de abuso sexual (<a href="https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/39857-apesar-de-denuncias-de-abuso-cresce-a-busca-por-musicas-de-marilyn-manson.html" target="_blank">saiba mais</a>).

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Para o especialista em marketing e influ&ecirc;ncia, Fred Furtado, parte do fen&ocirc;meno pode ser explicado por um dito cl&aacute;ssico: &ldquo;falem mal ou falem bem, mas falem de mim&rdquo;. &ldquo;Hoje as redes sociais inflam nomes e nem sempre a gente entende muito o motivo de por que&nbsp;esses nomes se tornam relevantes. Ent&atilde;o, essa j&aacute; &eacute;, de cara, uma quest&atilde;o. Eu acho que existe uma coisa que &eacute; muita curiosidade para entender quem s&atilde;o as pessoas que est&atilde;o sendo canceladas ou criticadas&rdquo;, pondera.

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O incremento nas buscas pelas obras dos artistas situados no olho do furac&atilde;o, entretanto, n&atilde;o significa lucro, necessariamente. &ldquo;N&atilde;o d&aacute; para a gente ter certeza de que essas buscas geraram mais f&atilde;s para Karol. Ela tem um conhecimento por um p&uacute;blico que n&atilde;o a conhecia, agora, aquela famosa pergunta de um milh&atilde;o de d&oacute;lares, essas pessoas gostaram do que viram? Elas se tornaram f&atilde;s ou v&atilde;o baixar as m&uacute;sicas ou consumir de alguma forma o conte&uacute;do?&rdquo;, indaga Furtado, que diz preferir ser otimista e acreditar na reconstru&ccedil;&atilde;o da imagem p&oacute;s-cancelamento.&nbsp;

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&ldquo;Eu, pessoalmente, sempre gosto de olhar pelo lado bom das coisas. Eu acho que na maioria das vezes pode ser positivo, principalmente porque quem cancela &eacute; a internet, e obviamente existem alguns players que come&ccedil;am esse cancelamento. E por viver de cancelar, eles naturalmente&nbsp;cada hora t&ecirc;m um foco, e nunca &eacute; o mesmo&rdquo;, explica o especialista em marketing e influ&ecirc;ncia, lembrando que outros nomes como Felipe Neto e Whindersson Nunes j&aacute; sofreram com esse fen&ocirc;meno, mas puderam dar a volta por cima.&nbsp;

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Fred destaca ainda que o contexto dificultou um pouco a rea&ccedil;&atilde;o de Karol Conk&aacute; e a compara com a situa&ccedil;&atilde;o de outro participante do BBB, que escorregou, mas hoje est&aacute; bem posicionado. &ldquo;Quando o menino Lucas erra numa semana, se desculpa, &eacute; pisoteado, e uma semana depois assume para o Brasil a bissexualidade, ele pega e vai embora da casa. Quer dizer que naquele momento ele p&ocirc;de contar essa hist&oacute;ria do olhar dele. A Karol n&atilde;o teve essa chance&rdquo;, avalia, lembrando que a cantora &ldquo;pisou em cima&rdquo; do concorrente em um momento em que ele estava &ldquo;baleado&rdquo; e, como n&atilde;o apareceu outra pessoa errando ainda mais, a rapper ficou como derradeiro alvo do p&uacute;blico.&nbsp;

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Especialista compara situa&ccedil;&atilde;o vivita por&nbsp;Lucas Penteado com a de Karol Conk&aacute; | Foto: TV Globo

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&ldquo;Karol, especificamente, acho que vai precisar fazer um trabalho psicol&oacute;gico, porque muitas vezes eu acho que o cancelamento acontece de uma maneira natural por uma coisa pontual que voc&ecirc; fez, mas voc&ecirc; est&aacute; com todas as armas para agir em prol de voc&ecirc; mesmo naquele momento que acontece. Ela n&atilde;o teve essa oportunidade, n&atilde;o sabia o que estava acontecendo&rdquo;, avalia o especialista, que considera o caso da cantora mais complicado, em compara&ccedil;&atilde;o com outros cancelamentos.&nbsp;

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&ldquo;No caso dela, a coisa tomou uma propor&ccedil;&atilde;o muito maior porque ela errou um dia e no dia seguinte. N&atilde;o foi aquele caso de um famoso que pega e arruma uma briga, que pode ser visto como um lapso, um erro de um cara que tem uma fam&iacute;lia incr&iacute;vel, que pode ser perdoado. O ruim no caso dela&nbsp;&eacute; que ela foi errando dia a dia. Ela ficou tipo 15 dias errando, ent&atilde;o pedir desculpas por 15 dias de erros me parece um pouco pesado&rdquo;, explica Fred, que aponta como estrat&eacute;gia para a recupera&ccedil;&atilde;o da imagem a parcim&ocirc;nia.&nbsp;

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&ldquo;O artista que &eacute; eliminado no momento que &eacute; cancelado, acho que pode ser bom pra ele, porque vai ter a chance de ficar recluso. Imagina se a Karol sai hoje do BBB e amanh&atilde; tem um show pra fazer, imagina o constrangimento que podia acontecer. Talvez esse tempo at&eacute; ajude a ficar quieta, se isolar um tempo das redes, pensar bem, se posicionar em momentos espec&iacute;ficos. Ela n&atilde;o vai ser vista se ela n&atilde;o quiser. Ent&atilde;o acho que isso pode ajudar&rdquo;, avalia o especialista. &ldquo;Sempre que voc&ecirc; faz uma bobagem, em vez de voc&ecirc; querer se posicionar, &eacute; bom voc&ecirc; colocar a cabe&ccedil;a no travesseiro. Eu, se sou conselheiro, diria que &eacute; hora de ficar quieta e torcer para algu&eacute;m falar outra bobagem, seja no BBB ou n&atilde;o&rdquo;, acrescenta, indicando ainda a ajuda profissional, tanto para a recupera&ccedil;&atilde;o da imagem da artista, quanto do ponto de vista psicol&oacute;gico.

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Diferente do comportamento agressivo dentro da casa do BBB, desde sua sa&iacute;da&nbsp;Karol Conk&aacute; tem comparecido aos compromissos contratuais - a exemplo de entrevistas a Ana Maria Braga e ao Multishow -, com uma postura mais&nbsp;serena. Discute-se a possibilidade dela ter sido orientada logo ap&oacute;s a elimina&ccedil;&atilde;o, mas o fato &eacute; que a estrat&eacute;gia, que corrobora com a vis&atilde;o do especialista, parece estar funcionando. Isto porque ela segue sendo assunto:&nbsp;tinha 1,5 milh&atilde;o de seguidores no Instagram antes do reality, subiu a 1,8 milh&atilde;o ao entrar na casa, caiu a 1,2 milh&atilde;o nos momentos mais cr&iacute;ticos, mas at&eacute; esta sexta-feira (26) se recuperou e conquistou o mesmo n&uacute;mero que tinha antes de participar do Big Brother, 1,5 milh&atilde;o.&nbsp;

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PERIGOS DA EXPOSI&Ccedil;&Atilde;O

Na vis&atilde;o de Furtado,&nbsp;ningu&eacute;m entra em um reality show, acompanhado por c&acirc;meras 24 horas por dia, acreditando que ir&aacute; cometer erros gritantes, mas para artistas consolidados o perigo vai al&eacute;m das derrapadas, comprometendo algo ainda maior. &ldquo;Eu n&atilde;o sei o que um artista pensa ao ir ao Big Brother, porque eu n&atilde;o sei o que ele tem a ganhar indo para o BBB. A Juliette, a Sarah, o Gil, eles t&ecirc;m muito a ganhar, eles v&atilde;o virar celebridades quando sa&iacute;rem do Big Brother&rdquo;, compara Fred. &ldquo;O artista, num processo desse de reality, cria um risco para a imagem dele que eu n&atilde;o entendo o que o cara vai fazer l&aacute;&rdquo;, completa.&nbsp;

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<img alt="" src="/fotos/entretenimento_noticias/39967/mg/MV5BNjdjNTRlM2MtM2NjZS00OWMxLTk2Y2EtM2EzZjczNWE1ZTQ4XkEyXkFqcGdeQXVyNzU1NzE3NTg@._V1_CR0,45,480,270_AL_UX477_CR0,0,477,268_AL_.jpg" style="width: 400px; height: 225px;" /> 
Reality &#39;Os Osbournes&#39; | Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o

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Para ele, al&eacute;m da possibilidade de serem cancelados por conta de atitudes consideradas ruins pelo p&uacute;blico, a exposi&ccedil;&atilde;o dos artistas rompe ainda com a &ldquo;magia&rdquo; em torno da profiss&atilde;o. &ldquo;Existe uma aura em torno de um artista&rdquo;, pontua, destacando que ao abrir a intimidade e mostrar atividades corriqueiras como o banho ou o almo&ccedil;o, a fantasia &eacute; desconstru&iacute;da. &ldquo;Eu achava que o Ozzy Osbourne, do Black Sabbath, era o cara que se chegasse num lugar ia derrubar uma casa com um sopro, porque ele era o cara que comia um morcego no palco. Mas a gente viu um velho que n&atilde;o fala direito, n&atilde;o anda direito, n&atilde;o consegue ter influ&ecirc;ncia nem com o pr&oacute;prio filho, que manda nele. Eu fiquei pensando, esse cara n&atilde;o &eacute; esse artista que a gente pensou que era&rdquo;, exemplifica, referindo-se ao reality show &ldquo;Os Osbournes&rdquo;, que mostrava a rotina do roqueiro e sua fam&iacute;lia.&nbsp;

 
A EXPOSI&Ccedil;&Atilde;O COMPENSA?

Lembrando dos quadros do Big Brother 20, que foi um sucesso e possivelmente estimulou que nomes como Projota e Karol Conk&aacute; aceitassem entrar este ano, Fred Furtado destaca a diferen&ccedil;a entre os participantes. &ldquo;Voc&ecirc; percebe que existiu um perfil no outro BBB, que era dos influencers. Manu Gavassi, por mais que tivesse m&uacute;sicas, e tal, era muito mais conhecida como uma influencer digital. A Rafa Kalimann a mesma coisa. O pr&oacute;prio Babu como ator, n&atilde;o era um ator no padr&atilde;o de um cara que estava em alta. Ele n&atilde;o estava com a carreira consolidada, tinha uma porrada de filme, mas na &eacute;poca estava desempregado&rdquo;, pondera. &ldquo;Karol tinha contrato com a GNT, contrato publicit&aacute;rio com a Avon, m&uacute;sicas muito bem colocadas. Projota a mesma coisa no segmento dele de rap, muito consolidado. Eles eu acho que perdem&rdquo;, acrescenta.

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Por outro lado, ele projeta que para o sertanejo Rodolffo a exposi&ccedil;&atilde;o pode ser positiva, pois seu perfil se encaixa com a proposta do programa e com o p&uacute;blico. &ldquo;Ele tem uma carreira, me parece um cara bacana e reflete o que um sertanejo &eacute; mesmo. Ent&atilde;o, ele &eacute; um cara que possivelmente, se n&atilde;o cometer nenhuma bobagem muito grande, vai sair mais forte do que entrou&rdquo;, avalia.

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<img alt="" src="/fotos/entretenimento_noticias/39967/mg/bbb.jpg" style="width: 400px; height: 268px;" /> 
Sucesso da &uacute;ltima edi&ccedil;&atilde;o estimulou participa&ccedil;&atilde;o de famosos este ano | Foto: TV Globo

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Entre &ldquo;cancelados&rdquo; e feridos, o especialista acredita ainda que outros famosos voltar&atilde;o a se arriscar no BBB. &ldquo;As pessoas dificilmente entram achando que v&atilde;o se dar mal ou fazer bobagens. Eu acho que vai ter gente com coragem de encarar, porque acho que o ser humano tem uma impress&atilde;o sobre si diferente do que o outro tem sobre ele. Todo mundo entra e acha que nunca vai errar, que vai conseguir. Tem isso na cabe&ccedil;a de todo mundo, de entrar e pensar: &lsquo;eu n&atilde;o vou ser igual a Karol Conk&aacute;&rsquo;. Ningu&eacute;m acha que vai cometer os erros que os ex-participantes cometeram, mas ela cometeu agora e outros ainda v&atilde;o cometer&rdquo;, prev&ecirc;.

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IMPACTO NA SA&Uacute;DE MENTAL

Para a psic&oacute;loga da Rede Hapvida, Geane Santos, a internet passou a dar a ideia de que o p&uacute;blico tem um certo &ldquo;poder&rdquo; sobre as figuras p&uacute;blicas. Ela lembra que na sociedade historicamente as pessoas est&atilde;o acostumadas a julgar as outras, seja a roupa, o cabelo, o estilo, sotaque, ou&nbsp;outras caracter&iacute;sticas. Quando se fala de uma pessoa p&uacute;blica, como os artistas, os f&atilde;s e seguidores acabam criando um ideal do que aquela pessoa representa, e qualquer atitude fora dessa ideia acaba sendo vista de forma negativa. Isso se agrava com o &ldquo;poder&rdquo; permitido pela internet de se &ldquo;cancelar&rdquo; algu&eacute;m por uma atitude errada. 

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&ldquo;Infelizmente estamos cada vez mais cru&eacute;is. Nos escondendo atr&aacute;s de uma tela e definindo o que &eacute; certo e errado para o outro como se aquele que julga n&atilde;o fosse capaz de se comportar da mesma forma num mesmo contexto&rdquo;, ponderou a especialista.

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Geane ainda ressalta que as pessoas n&atilde;o sabem bem definir limites e confundem a ideia de gostar do trabalho de algu&eacute;m, com as ideias que ele defende. &ldquo;N&atilde;o podemos julgar o outro a ponto de destruir uma carreira. Quando falamos de uma carreira de um cantor que voc&ecirc; gosta, a refer&ecirc;ncia &eacute; a m&uacute;sica, o que ele canta, como canta, o estilo musical e n&atilde;o pela pessoa. H&aacute; quem acabe confundindo o gostar do profissional com o gostar do que ele gosta, do jeito que ele fala, o que ele defende. Mas s&atilde;o coisas diferentes&rdquo;, comentou. Ela ainda ressalta que diante disso os artistas acabam pressionados e tentam dar conta de corresponder ao que a sociedade exige.

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A quest&atilde;o comportamental em torno do cancelamento pode ter impactos negativos na sa&uacute;de mental do &ldquo;cancelado&rdquo;. Segundo a psic&oacute;loga, a situa&ccedil;&atilde;o pode levar a depress&atilde;o e crises de ansiedade, por exemplo. 

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&quot;Uma pessoa que est&aacute; h&aacute; muito tempo na m&iacute;dia, &eacute; bem vista, bem querida, e de uma forma brusca acaba sendo tirada desse contexto, pode sim entrar em um epis&oacute;dio de depress&atilde;o e ansiedade diante da forma e pelo modo como foi excluida daquele meio em que ela se sentia acolhida por pessoas que acreditavam, consideravam e&nbsp;estavam pr&oacute;ximas. E&nbsp;com todo esse afastamento, rejei&ccedil;&atilde;o, perda de contrato, de trabalhos, pode sim levar a problemas psicol&oacute;gicos&quot;, explicou.&nbsp;

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Para Karol Conk&aacute; e outros artistas &ldquo;cancelados&rdquo;, cabe avaliar o comportamento que foi motivo de cancelamento, recomenda a psic&oacute;loga. Geane sinaliza que &eacute; importante entender de que ponto e forma se chegou a esse cancelamento e refletir sobre a pessoa que quer ser, e a que est&aacute; transparecendo para os seguidores. 

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Al&eacute;m disso &eacute; essencial se retratar, pedir desculpar e explicar o contexto em que o fato aconteceu.

Notícia

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