Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

'Sofri mais preconceito não por ser mulher, mas por ser do Norte', diz Fafá de Belém

Por Lara Teixeira

'Sofri mais preconceito não por ser mulher, mas por ser do Norte', diz Fafá de Belém
Foto: Divulgação

A paraense Fafá de Belém irá encerrar sua turnê “Do Tamanho Certo Para o Meu Sorriso” neste sábado (12), no Teatro Castro Alves, em Salvador, às 21h. A cantora conversou com o Bahia Notícias e contou o motivo por ter escolhido a capital baiana para realizar o seu último show antes de embarcar para Portugal, local em que ficará durante todo o mês de junho para fazer parte de outras turnês. “Então é hora de encerrar a turnê 'Do Tamanho Certo Para o Meu Sorriso', e eu escolhi encerrar em Salvador que foi onde eu comecei oficialmente a minha carreira. O primeiro palco profissional que eu subi foi do Teatro Vila Velha, há 43 anos”, disse Fafá. A cantora ainda reforçou a relação com a capital baiana. “Estar em Salvador é sempre uma alegria, o Teatro Castro Alves é uma alegria. Nunca mais fiz o Vila Velha, mas adoro aquele espaço”, ressaltou. “Estou com muita expectativa, o espetáculo é lindo, completo, com troca de cenários, troca de figurinos, projeções que vem contando toda a minha vida. Uma sonoridade muito moderna, com as guitarradas de Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro, e mais o computador com as bases gravadas”. A artista falou que o show começa com o repertório do último álbum lançado por ela, que tem o mesmo nome da turnê, e depois passa para as canções que marcaram momentos emblemáticos da carreira e “encerramos tudo com festa”. “É um espetáculo para comemorar a vida, a carreira, e para gente ser feliz. Tem todo o repertório desse CD, que hoje está só no Spotify, e é exatamente o DVD que nós vamos estar vendendo no Foyer do teatro”, disse a cantora.

 


Fafá de Belém durante a turnê | Foto: Divulgação

 

Fafá contou ao portal que os shows sempre são um agregador de público e que encontra na platéia os netos e filhos dos seus primeiros fãs. “É muito bacana a gente ver uma geração de 80 anos, 60 anos, 30 anos e uma geração de 18, 20 anos lá na plateia, porque me ouviram na infância, ou na adolescência”. A paraense enaltece seu novo projeto e diz que ele representa uma celebração: “Esse trabalho renova o público e fala com o meu público tradicional. Isso é maravilhoso, é o que mais a gente quer continuar fazendo da vida da gente, cantando, entendendo que é pra frente que se caminha, buscando novas sonoridades, novas imagens, novo repertório. Para mim esse disco é uma comemoração dos meus 60 anos de idade, agora em agosto estou fazendo 62, e sempre busco o que está acontecendo e olho sempre com muita reverência para a minha história, mas não me sento nela eternamente”. Ao ser questionada sobre os artistas do Pará que surgiram depois do seu sucesso e sobre as raízes do Norte que ela traz durante sua carreira, Fafá fez elogios à eles e celebra a cultura do estado natal. “Eu acredito que eu trouxe o Pará. A música paraense é muito forte, com o tecnobrega da Gaby (Amarantos), a Joelma com o cruzamento de Calypso e o nosso carimbó. E aí vem Dona Onete, as guitarradas, isso é maravilhoso porque a gente começa a botar a nossa cara. Eu costumo dizer que eu sofri muito mais preconceito não por ser mulher, mas por ser do Norte. Porque nós chegamos muito longe, e nossa cultura é muito forte e muito própria. Eu fico feliz com a chegada dos novos companheiros, novas companheiras, quebrando tudo. Felipe Cordeiro, Manoel Cordeiro, a sonoridade nossa tão própria e forte”. Ainda sobre os artistas mais novos, a cantora falou sobre um movimento chamado “Terruá Pará”, que foi pensado pela Secretaria de Cultura do Estado do Pará e possibilitou essas pessoas novas apresentarem seus trabalhos. “É longe, é caro, é difícil, e quem tá começando se não tiver uma estrutura e um apoio, hoje, não consegue sair do seu próprio espaço. Então a partir do Terruá Pará isso foi mostrado, e as pessoas foram se mostrando, ganhando coragem, dividindo apartamento em São Paulo e no Rio, e fazendo o seu trabalho. Isso que é maravilhoso, porque é o artista. A gente faz o que a gente acredita, e é maravilhoso”, disse Fafá sobre a iniciativa do Secult do Pará. A cantora falou que está ansiosa para chegar em Salvador, mergulhar em Itapuã e reencontrar o povo baiano para “a gente cantar, comemorar e sair feliz". "Essa é a intenção do espetáculo, sair feliz com vontade de beijar na boca, dançar e tomar uma”. 

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Fafá de Belém no show “Do tamanho certo para o meu sorriso”
QUANDO: Sábado, 12 de maio, às 21h 
ONDE: Teatro Castro Alves – Sala Principal, Campo Grande, Salvador
VALOR: R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia) das filas A a P | R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) das filas Q a Z6 | R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) das filas Z7 a Z11