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Marca Bahia Notícias

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Banda Mulheres em Domínio Público conta trajetória em documentário

Banda Mulheres em Domínio Público conta trajetória em documentário
Foto: Ana Lee

Ao encontrar três mulheres - a ex-lavadeira do Salobrinho, Valderez Teixeira, e as marisqueiras da Vila Juerana, Dona Dená e dona Maria - integrantes da banda Mulheres em Domínio Público, de Ilhéus, sul da Bahia, acessaram suas memórias dos cantos de trabalho que embalavam seus afazeres. Esses encontros, as cantigas e os bastidores da criação das releituras musicais que deram origem ao projeto musical "Sindô lê lê", são contados no documentário “Os cantos que poetizam a vida”, premiado pelo Calendário das Artes - 2020, edital da Fundação Cultural do Estado da Bahia. O lançamento será nesta quarta-feira (28), no canal do grupo no YouTube. 

 

A pesquisa que deu origem à banda teve início em 2011, dadas as reflexões sobre protagonismo feminino na cena cultural já pulsantes naquela época. O ineditismo da proposta se deve ao destaque às releituras do cancioneiro local, o que buscou dar visibilidade à memória de mulheres que têm em seu ofício a relação com a natureza, além de reconhecer as suas contribuições como agentes formadores da região.  

 

A partir dos encontros, o grupo criou releituras de 16 cantigas com base na memória dessas três personagens presentes no documentário. São cantos de trabalho, cantos de abater, excelências e sambas de roda que poetizam os dias e animam a lida diária dessas mulheres. Assim, nasceu “Sindô lê lê”, espetáculo musical da banda Mulheres em Domínio Públicos, capitaneada por quatro cantoras e quatro músicos da região, unidos por interesse de pesquisa musical desta natureza. 

 

O documentário, com duração de 16 minutos, conta os bastidores da pesquisa, dos shows de estreia, a formatação do espetáculo e as equipes envolvidas, a gravação do EP e a repercussão desse trabalho que extrapola a criação musical, buscando contribuir com a memória desses cantos de trabalho que embalavam trabalhadoras e trabalhadores no sul da Bahia, e que sobrevivem no imaginário de gerações. O vídeo também está disponível no canal do YouTube da Funceb.