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Entrevista

PV aguarda retorno de Jerônimo da China para discutir espaço no governo, diz Bacelar - 10/04/2023

Por Anderson Ramos

PV aguarda retorno de Jerônimo da China para discutir espaço no governo, diz Bacelar - 10/04/2023
Foto: Bahia Notícias

Mesmo preterido para os comandos da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), o Partido Verde está satisfeito com o espaço no governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Ao menos é o que garante o deputado federal Bacelar. 

 

Apesar de, segundo o parlamentar, se contentar com a Secretaria de Turismo (Setur), administrada pelo irmão dele, Maurício Bacelar, os verdes ainda esperam ocupar cargos na gestão estadual.

 

"O PV é base do governo. O PV é governo. O PV contribuiu para eleição de Lula e para eleição de Jerônimo. O PV tem quatro deputados na Assembleia. O PV está satisfeito com o governo Jerônimo. Mas ainda aguardando o seu espaço. E eu tenho certeza que agora quando o governador voltar da China esse assunto será um assunto que terá prioridade para ser solucionado. Nós estamos na expectativa e tenha certeza que nós estamos muito satisfeitos com a maneira de agir de Jerônimo, com muito senso de política, reconhecimento de justiça e tenho certeza que essa questão com o partido será resolvido agora no início de abril", disse Bacelar ao Bahia Notícias.

 

O deputado ainda minimizou as críticas feitas pelo presidente da legenda na Bahia, Ivanilson Gomes. "Ivanilson é um diplomata, uma pessoa muito civilizada, uma pessoa muito educada, agora ele recebe a pressão da burocracia partidária, ele recebe a pressão da base partidária, ele recebe a pressão dos quadros partidários que não entendem o porquê que ainda não estão no governo. A pressão é maior sobre ele, é ele quem reage. Até por fidelidade partidária, até por companheirismo, por lealdade aos companheiros, ele tem que reagir e expressar essa perplexidade do partido". Confira a entrevista completa:

 

Qual sua análise dos cem dias de governo de Luiz Inácio Lula da Silva e de Jerônimo Rodrigues?

O Brasil já vive um novo clima. As relações já melhoraram, há um desaluviamento daquele clima de de perseguição, de ódio que tinha no país, apesar de estarmos vivendo ainda as consequências do desmonte de Bolsonaro. A quantidade de armas que circulam, essas expressões de ódio e de violência escolar, tudo isso é fruto de uma de um clima que ódio, de um clima de confronto, de um clima de guerra instalado no país no governo Bolsonaro. Mas apesar disso tudo as relações estão em outro nível. No governo federal nós encontramos um governo totalmente desestruturado sem nenhum projeto, a casa totalmente desarrumada e essa tem sido a grande tarefa que é arrumar a estrutura administrativa para esse novo governo. O segundo ponto é que nós não conseguimos eleger uma pancada no legislativo majoritária, então estamos num esforço muito grande pra construir essa maioria no legislativo. No plano estadual é uma situação mais tranquila, o governador Jerônimo encontra uma casa arrumada, encontra as finanças ajustadas e ainda um volume grande de obras para serem entregues. Então esses cem dias do governo estadual, são cem dias de entrega de obras à população, serviços à população fruto da continuidade de um governo bem avaliado e bem administrado.

 

Bacelar em atuação na Câmara dos Deputados. Foto: Vinícius Loures / Câmara dos Deputados

 

Na sua visão, quais serão os principais desafios tanto de Lula quanto de Jerônimo para os próximos anos? 

O primeiro grande desafio de Lula na área política de conseguir maioria no parlamento necessária pra que ele possa implementar seu programa de governo. Esse é o primeiro grande desafio. O segundo desafio é colocar a economia em dia. O Brasil não pode continuar a ter esses pífios índices de crescimento econômico. Nós precisamos gerar emprego, gerar renda, gerar crescimento nesse país e para isso a reforma tributária, que o governo está finalizando, será fundamental e o nesse primeiro semestre. Jerônimo tem uma situação política estabilizada, uma situação econômica no estado estabilizada, eu acho que a se apresentam dois grandes desafios. O primeiro é o combate a fome, é o programa Bahia sem fome e o segundo é retomar também os grandes projetos de desenvolvimento da Bahia, tipo Ponte Salvador-Itaparica, retomar o parque industrial da Ford e desenvolver o turismo são os grandes desafios que são colocados para o nosso governador. 

 

O senhor falou dos desafios que Lula vai enfrentar desafios para aprovar esses projetos na área econômica mas a gente está vendo um tensionamento entre a Câmara e o Senado. Acredita que os presidentes das Casas vão se entender facilitar a tramitação dos projetos?

Eu sempre defendo em todas as situações o distensionamento. No caso do problema entre a Câmara e o Senado, a Câmara que dá mais celeridade a apreciação das medidas provisórias. A Câmara mostrou que o antigo modelo utilizado durante a pandemia é um modelo mais eficiente, mais ágil. Mas a Constituição exige a criação de comissão especial e já que não houve um entendimento temos que partir pra criação da comissão especial e aí não vai ter crise não vai ter problema. Espero que as comissões especiais sejam ágeis e que deem resposta porque temos um grande número de medidas provisórias já em vigor que precisam ser analisadas e que não podem ficar sem um exame por falta de quórum, porque o senador não vai à reunião etc.

 

Qual a a situação do PV hoje no Jerônimo Rodrigues? O partido ainda está no aguardo de de algum espaço na administração?

O PV é base do governo. O PV é governo. O PV contribuiu para eleição de Lula e para eleição de Jerônimo. O PV tem quatro deputados na Assembleia. O PV está satisfeito com o governo Jerônimo. Mas ainda aguardando o seu espaço. E eu tenho certeza que agora quando o governador voltar da China esse assunto será um assunto que terá prioridade para ser solucionado. Nós estamos na expectativa e tenha certeza que nós estamos muito satisfeitos com a maneira de agir de Jerônimo, com muito senso de política, reconhecimento de justiça e tenho certeza que essa questão com o partido será resolvido agora no início de abril. 

 

E quais são esses cargos que podem surgir? 

O PV, até pela sua característica, pela sua bandeira, a prática orgânica do PV é na área de meio ambiente, a gente aguarda ainda diretorias do Inema. São pleitos que a gente encaminha ao governador.

 

 E a situação de Ivanilson? Ele andou bem chateado com a falta de espaço...

Ivanilson é um diplomata, uma pessoa muito civilizada, uma pessoa muito educada, agora ele recebe a pressão da burocracia partidária, ele recebe a pressão da base partidária, ele recebe a pressão dos quadros partidários que não entendem o porquê que ainda não estão no governo. A pressão é maior sobre ele, é ele quem reage. Até por fidelidade partidária, até por companheirismo, por lealdade aos companheiros, ele tem que reagir e expressar essa perplexidade do partido, mas como eu disse, tenho certeza que agora na primeira quinzena de abril será resolvido.

 

Ele externou essa insatisfação algumas vezes e também começou a gerar um burburinho nos bastidores de que o senhor poderia assumir a presidência do PV na Bahia. Há algo de verdade nisso?

Uma coisa não tem a ver com a outra. Uma questão é a relação do PV com o governo do estado. Outra questão é a eleição do novo presidente do PV, em junho. Então, primeiro, a gente quer saber se é projeto do presidente Ivanilson continuar ou não. A partir daí é que, lá pro mês de maio, nós vamos iniciar essas discussões. Mas o partido é unido, o partido é bem presidido, nós termos certeza que a sucessão não será motivo de tensão no partido, pelo contrário. Está pacificado por enquanto não tem discussão ainda, lá para junho a gente começar a tratar disso.

 

Para as eleições de 2024, como é que andam as tratativas dentro da federação?

Nós temos conversado com muitos partidos. Temos um leque de opções de candidaturas muito grande, que estão à altura dos desafio de administrar a cidade de Salvador. Agora, do ponto de vista político partidário, a gente defende que haja um afunilamento e que a gente possa chegar já no segundo semestre com um nome que possa aglutinar as diversas forças do partido. Nós temos nomes em todas as legendas, que vão da deputada Lídice da Mata (PSB), do deputado Antônio Brito (PSD), o meu nome, o nome da deputada Olívia Santana (PCdoB), de Vilma Reis (PT), de Zé Trindade (PSB), de Geraldo Júnior (MDB). Então nós temos essas diversas opções, dentre outras para escolher e aquele nome que aglutina mais, deverá ser o nosso candidato. 

 

Dentro da federação o PT, por ser o maior partido, tem a primazia por indicar o candidato ou os partidos estão em pé de igualdade para pleitear a indicação?

Os partidos se submetem a um documento firmado enquanto da federação, onde um dos partidos da federação tenham prefeito, nesse caso, a uma preferência na escolha. Mas onde não há, onde não temos prefeito vai ser uma discussão política, e através dos caminhos em negociação, nós chegaremos a esse nome.