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Entrevista

Secretário detalha planos para futuro da educação soteropolitana: “Recuperar tempo perdido” - 31/07/2023

Por Flávia Requião

Secretário detalha planos  para futuro da educação soteropolitana: “Recuperar tempo perdido” - 31/07/2023
Foto: Enaldo Pinto

O secretário da Educação de Salvador (SMED), Thiago Dantas, antes titular da Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE), detalhou como tem sido sua nova trajetória na nova pasta e revelou os principais pontos que têm sido desenvolvidos em conjunto.

 

Em uma conversa exclusiva com o Bahia Notícias, o secretário evidenciou que a palavra recomposição resume o que ele pretende focar como uma maneira de, segundo ele, “recuperar um tempo perdido”.

 

“A palavra de ordem é recomposição, é recuperar o tempo perdido. Como é que a gente está pretendendo fazer isso? Fazendo uma ampla reestruturação da diretoria pedagógica”, disse.

 

Entre as ações para este ano, Thiago falou sobre o projeto para a implantação de escolas com tempo integral, construção de novas escolas e melhoria da infraestrutura e segurança de antigas unidades e possibilidade de climatizar as salas de aulas.

 

Veja entrevista completa:

 

Qual o principal foco da secretaria para esse ano? E a marca que o senhor pretende deixar?

A palavra de ordem é recomposição, a palavra de ordem é recuperar o tempo perdido. Como é que a gente está pretendendo fazer isso? A gente fez uma ampla reestruturação da diretoria pedagógica. O prefeito Bruno Reis bancou uma reforma administrativa, em termo de estrutura organizacional na Secretaria de Educação, porque pedagógico é o centro. As áreas convergem para dar suporte ao pedagógico e dentro dessa estrutura os temas que são decisivos no processo de ensino aprendizado foram devidamente contemplados com estruturas com dedicação praticamente exclusiva. Então a gente fala desde a parte do material de referência, que a gente tem uma gerência de currículo carregada de trabalhar no sentido de buscar sua atualização, trazer ele para uma realidade presente para que ele possa, responder às questões que a gente inicia hoje. Tanto a parte de monitoramento e informação, com o Centro de Formação que completa essa estratégia, reforço na periodicidade em que as avaliações são realizadas para permitir que a rede conheça a sua própria realidade, tem um retrato tratamento daquilo que precisa uma atenção mais focada mais direcionada e a parte de gestão escolar sendo fortalecida com o programa Dinheiro Direto na Escola soteropolitana, que a gente espera que aconteça ao longo dos próximos 30 dias, dando autonomia para a gestão escolar para que ela possa pelos seus próprios meios caminhar com mais liberdade com mais capacidade gerencial, com mais possibilidade de inovação e, por fim, a inclusão que, como eu disse é um tema nacional, um tema cuja relevância é absolutamente inquestionável e com a perspectiva de se construir uma política abrangente sobre inclusão. Tudo somado, responde aquelas principais demandas que a gente colocou.

 

Quais principais dificuldades e avanços o senhor têm encontrado nesses primeiros meses de gestão?

As dificuldades próprias da gestão pública, de lidar com as adversidades. A gente tem 10 regionais cada regional tem uma característica própria, então ter a sensibilidade de entender que tipo de resposta cada uma dessa gerência, cada uma dessas regiões que elas exigem, sem dúvida é um processo que demanda bastante energia. Eu tenho encontrado na rede pessoas muito dedicadas, pessoas muito comprometidas, pessoas que querem ver educação dar certo. Isso prevalece sobre qualquer dificuldade. Já os avanços, de início, foi pontuar de maneira muito clara a importância das escolas, de considerar as escolas o centro do processo. Como as entregas já consolidadas, a reestruturação da diretora pedagógica é um marco há muito tempo a Secretaria de Educação não passava por reestruturação desse porte. Se você me perguntar se outras mais precisam acontecer, eu diria que sim, mas também sabe que não dá para fazer tudo de uma vez só. O fato da diretora deve ter sido reestruturada e contar com a estrutura ampliada, que permite que as pessoas que estão encarregadas as pessoas que estão ocupando aquelas posições, que elas tenham uma dedicação exclusiva para cuidar de determinados temas que tem grande complexidade que exigem um esforço de elaboração de estratégia muito grande de que isso é um legado que já tá colocado. O Centro de Formação, se Deus permitir, vamos devolver a rede. Então breve vai estar pronto e funcionando. O contrato de locação já está. Os relatos da evolução de área na preparação do centro para ser inaugurada para receber os nossos educadores e a comunidade escolar como um todo. Eu tenho apostado no programa Dinheiro Direto na Escola. Ele vai fortalecer a gestão escolar na medida que ele vai resolver uma série de questões que cotidianamente impactam no funcionamento das escolas. Esses três pontos constituem alicerces bastante robustos. Em cima deles se estruturam a educação de qualidade. ¨Todas as ações estão elencadas envolvem a contratação de psicólogos, formação de  gestores, nas questões de segurança, a própria implantação da patrulha escolar. Envolve a atualização do nosso material de referência que é o material que dá identidade a rede. É programa de pró-aprendizado. Enfim tudo isso, lá na frente se conecta com esse objetivo de garantir a educação de qualidade uma educação de referência e nesse sentido conseguir vencer esse desafio de assegurar a composição das aprendizagens que não foram possíveis em função da pandemia.

 

A secretaria ainda encontra resquícios da pandemia na educação de Salvador?

Encontramos sem dúvida, não é problema só de Salvador é um problema do Brasil, talvez mundial. Em Salvador, a gente demorou para voltar às aulas mais do que em outras localidades. Então esse efeito é sentido diariamente. Por exemplo, tem alunos no quinto ano hoje, que o segundo ano, que seria um tempo apropriado para iniciar Alfabetizado, ele não teve aula e naturalmente que ao longo da jornada dele na escola, na medida que esses conteúdos e saberes se tornam mais complexos e essa base é necessária para que esses conhecimentos sejam assimiladas. A gente vai ter que lidar com isso por um tempo.Vamos recuperar isso nos programas de aprendizado. 

 

Quais medidas a secretaria tem tomado para garantir infraestrutura e segurança nas escolas municipais?
A infraestrutura é um esforço muito grande com investimentos bastante significativos, não só na construção de novas escolas. São 14 até o momento, com previsão de mais 14 ao longo deste ano para o ano que vem. Pretendemos chegar ao fim do ano com 50 escolas novas entregues ao longo de uma data do prefeito Bruno Reis, portanto uma média mais na escola por mês. Em relação às demais escolas, terão reformas para que elas possam ter melhores condições de abrigar as atividades próprias e qualificar esse espaço. Cobertura de quadras de 80 escolas, requalificação dessas áreas externas, de tal modo que elas tenham esse equipamento, faça chuva, faça sol, permitindo atividades complementares, esportes e outras tantas atividades que enriquecem o processo de ensino e aprendizado. E um dos pontos mais trazidos com anseio da rede é um esforço para buscar a climatização de 100% das unidades que a gente colocou também como uma prioridade. E aí, em parceria com a Secretaria de Gestão os processos estão em curso tanta parte de construção de subestação aquelas escolas que precisam como a parte de revisão de parte elétrica, como a própria questão dos equipamentos e a ordem do dia acelerar porque a infraestrutura também tem um impacto no pedagógico e quanto melhor a gente conseguir ofertar a estrutura das escolas certamente isso vai ter um efeito positivo na qualidade.

 

Como está o processo de implantação da oferta de colégios integrais ?
É outra diretriz que estamos trabalhando. A escola em tempo integral demanda uma quantidade de oferta de sala de aula bastante significativa, o Pé na Escola foi esse ano pensado também com o tempo integral. O foco inicial era na educação infantil, mas todas as oportunidades que nós estamos tendo de fazer a construção de novas escolas e pensando elas para funcionar em tempo integral a gente está fazendo recentemente alugamos um espaço para permitindo essas escolas. No pelourinho, a Escola João Lima vai passar a funcionar em tempo integral e junto com alfabetização no tempo certo. Recomposição e tempo integral são pilares que estão colocados inclusive pelo próprio MEC como diretrizes que devem ser priorizadas, pensando na qualidade da educação como todo inclusive uma expectativa de que ministério ele lance uma política de incentivo, inclusive com financiamento, a gente vai precisar construir novas escolas, mais amplas escolas com maior número de sala de aulas, que permitam que de um lado a gente garante o acesso de outro lado que esse acesso seja de tempo integral isso vai ser incrementado ao longo do tempo.

 

O que o senhor acha que falta para que Salvador se torne uma capital referência na educação nacional? 

Eu tenho discutido com diversos atores sobre o assunto e por incrível que pareça não é um problema apenas nas escolas públicas, e particulares também. Elas têm tido bastante dificuldade em ofertar soluções apropriadas, mas é a gente tendo professores motivados, valorizados,  materiais estruturados que permitam que o processo de ensino apresentado aconteça de maneira afetiva. A gente tem uma estratégia de monitoramento para dar suporte às escolas, a gente tem uma estratégia de formação e tudo isso amparado nos dados que as avaliações permitem serem coletados. Eu acredito que tudo isso aí somado a esses sentimentos de redes de pertencimento, fica muito claro na rede o compromisso muito grande com os alunos, que são os ingredientes para que as coisas avancem para que a gente tenha a educação de referência, uma educação de qualidade e um dos exemplos que ficaram aí para serem copiados e replicados em outros da cidades outros estados.