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Entrevista

De olho em 2026 e ainda sem partido, Luiz Eduardo Magalhães Guinle aponta afinidade com União, PSDB e PP - 02/10/2023

Por Gabriel Lopes

De olho em 2026 e ainda sem partido, Luiz Eduardo Magalhães Guinle aponta afinidade com União, PSDB e PP - 02/10/2023
Foto: Divulgação

Neto do ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães, Luiz Eduardo Magalhães Guinle carrega a política no sobrenome e no sangue e já deu o pontapé inicial para seguir os passos da vida pública. Em entrevista concedida ao Bahia Notícias na última semana, ele garante que será candidato a deputado federal nas eleições de 2026. Apesar de despistar sobre qual partido pode abrigar sua candidatura, Luiz Eduardo aponta que possui afinidade com o União Brasil, PSDB e PP. No caso dos Progressistas um convite formal já foi feito, quando o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira, externou o interesse em filiar o estudante de publicidade.

 

Ainda durante a entrevista, Luiz Eduardo comentou o processo eleitoral de 2022 e posicionamento na pauta político-ideológica. Confira a entrevista na íntegra abaixo.

 

Em Brasília, você endossou o movimento de João Guilherme Silva, filho de Faustão, para tentar mudar a lei de doação de órgãos com a doação presumida. Como foram os encontros no Congresso e receptividade dos deputados com a pauta?

O João Guilherme é um dos meus melhores amigos, mas apesar de termos nos deslocado juntos para Brasília, tinha a minha agenda própria, a qual já estava marcada antes da definição de ida dele. No caso, conversar com lideranças partidárias no aspecto estadual e nacional, reuniões com a bancada baiana, enfim, criar relacionamento. Mas, posso adiantar que o projeto de lei teve uma boa aceitação dos parlamentares, o ideal era ter mais transparência, pois muitas pessoas acreditam que a doação de órgãos seria obrigatória, sendo que não é o caso.

 

Aproveitando a temática, circulou na imprensa nos últimos meses a possibilidade de você sair como candidato a deputado federal em 2026. O martelo já está batido?

Sim, o martelo está batido, mas na política sabemos que o cenário sempre muda, portanto, diria que vou exercer uma candidatura quando eu melhor puder contribuir para o desenvolvimento da Bahia.

 

Já tem alguma ideia de filiação partidária a partir de agora?

No momento, não possuo ideia de filiação partidária. Penso em definir minha filiação no futuro. Nas eleições municipais, por exemplo, o cenário político pode mudar e partidos podem integrar bases que eu não esteja de acordo, portanto, vou esperar para tomar essa decisão.

 

Quais legendas tem afinidade?

As legendas que possuo afinidade são União Brasil, PSDB e PP, não necessariamente em ordem.

 

Dentro da pauta político-ideológica, em qual alinhamento você se encaixa? É algo que se assemelha ao seu avô Luís Eduardo, por exemplo, que transitava pela centro-direita? 

Costumo dizer que em um estado como a Bahia que infelizmente possui muita desigualdade, fica difícil falar em um certo campo ideológico no qual eu possa me encaixar. No aspecto econômico, eu tenho um pensamento parecido com o meu avô que era alinhado com o liberalismo, mas sabemos que uma política pública mais liberal não vai necessariamente se encaixar em todas situações. O assistencialismo social hoje é importante, mas temos que criar políticas públicas que tornem ele transitório, mais geração de emprego e um monitoramento de quem está conseguindo quebrar o ciclo da pobreza. Na minha concepção, os investimentos na primeira infância são essenciais para quebrarmos este ciclo. O desenvolvimento humano é majoritariamente feito dos 0 aos 6 anos de idade, tendo em vista que 80% da capacidade motora, cognitiva e sensitiva é desenvolvida nesse período, precisamos incentivar que os planos de governo dos municípios da Bahia sejam voltados para a primeira infância. Quando falo sobre esse tema, não é apenas no sentido curricular da escola municipal, mas uma cidade toda voltada para isso. Infraestrutura, mobilidade, urbanização, arborização e descentralização das secretarias para que possam tomar ações eficazes e rápidas.

 

Apesar das pretensões políticas, o que Luiz Eduardo faz da vida atualmente?

Estou concluindo a minha formação em São Paulo no mês de dezembro. Durante esse período, estou desenvolvendo tecnicidade no setor público desde maio de 2022, onde fiquei aproximadamente 1 ano na Casa Civil do Governo de São Paulo. No momento, estou como assessor especial do prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado. Jundiaí é a décima-quinta maior economia do Brasil, possui um PIB maior do que 5 estados. Além de possuir uma economia pujante, a cidade é pioneira nos investimentos da primeira infância, possui políticas públicas e aparelhos públicos de qualidade voltados para a temática. Hoje, a cidade é considerada a cidade das crianças pelo renomado pedagogo italiano Francesco Tonucci. Portanto, estou extraindo muito aprendizado com essa experiência de trabalho, com o plano de retornar para a Bahia em janeiro de 2023, após a conclusão da minha formação. Neste meio-tempo, consigo encaixar visitas ao interior da Bahia nos finais de semana e feriados, como fiz neste final de semana na região sudoeste, percorrendo cinco municípios e dialogando com a população local.

 

Você tem contato com ACM Neto? Já trocou figurinha com ele sobre a entrada na política?

Claro, somos primos e temos uma ótima relação. Troquei sim figurinha com ele sobre a entrada na política e venho recebendo bons conselhos do mesmo.

 

Falando nele, qual avaliação você faz do processo eleitoral do ano passado, em que ACM Neto saiu derrotado para o petista Jerônimo Rodrigues?

Na minha concepção, ele saiu vitorioso. Não estava alinhado ideologicamente e politicamente com nenhum presidenciável e mesmo assim teve 47% dos votos, muito acima do desempenho dos candidatos de oposição nas últimas eleições para governador da Bahia. Sabemos que as eleições para governador tem uma relação direta com a eleição para presidente, e quem atinge 47% dos votos mostra ter força política própria.

 

A nível nacional, quem você apoiou em 2022. Lula ou Bolsonaro?

Nenhum dos dois. Creio que o Brasil estava muito mal representado no segundo turno das eleições para presidente. Em contrapartida, temos excelentes governadores e quadros que estão encerrando o seu mandato em 2026, tornando a próxima disputa mais alinhada com o que o Brasil merece, um debate de ideias e plano de governo, não um debate de costumes e que fomenta agressividade.