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Mais de 60% dos brasileiros não conseguem poupar dinheiro, diz SPS Brasil

Por Márcia De Chiara | Estadão Conteúdo

Mais de 60% dos brasileiros não conseguem poupar dinheiro, diz SPS Brasil
Foto: Reprodução / Youtube
O brasileiro, que já não é considerado um poupador habitual, agora está ainda mais pressionado. Com o aumento do desemprego e da inflação, provocado pela recessão, a chance de constituir alguma reserva para enfrentar períodos de restrição como atual é cada vez menor. Além disso, o que o consumidor tinha de dinheiro guardado está usando para pagar as contas do dia a dia. Pesquisa feita no início do ano pelo SPC Brasil, empresa especializada em informações econômicas e financeiras, revelou que apenas 36% dos brasileiros poupam e 64% não conseguem guardar as economias porque mais da metade usa o dinheiro para outras coisas, como quitar, dívidas, viajar, pagar impostos de início de ano, entre outras. O restante não poupa pois não tem recursos para isso. No mês passado, uma nova pesquisa nacional foi feita pelo SPC Brasil mostrou que um quadro pior. Apenas 9% dos entrevistados que estavam no limite da sua capacidade financeira conseguiram guardar algum dinheiro, 40% fecharam o mês no zero a zero e 32% ficaram devendo alguma coisa no fim do mês. "O brasileiro é um cidadão que não tem colchão", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Jr, se referindo à dificuldade crescente para poupar e ao fato de uma pequena parcela da população ter seguro, que, em tempos de crise, é uma proteção contra eventualidades. "Apenas 5% da população brasileira tem seguro de vida, 25% plano de saúde e 30% da frota de automóveis em circulação é segurada", aponta. Em momentos de crise como o atual, a falta de "colchão" do cidadão amplia o risco de inadimplência. Em janeiro, 14% dos entrevistados pelo SPC Brasil acreditavam que não conseguiriam manter o padrão de vida nem por um mês em caso de alguma dificuldade e 48% achavam que poderiam mantê-lo por, no máximo, seis meses. "Isso é extremamente preocupante num cenário em que a taxa de desemprego é galopante", adverte Pellizzaro Jr.