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Médicos do INSS voltam ao trabalho no dia 25, mas mantêm 'estado de greve'

Por Murilo Rodrigues Alves | Estadão Conteúdo

Médicos do INSS voltam ao trabalho no dia 25, mas mantêm 'estado de greve'
Foto: Arquivo/ A Gazeta
Os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram, em assembleia realizada neste domingo (17) retornar ao trabalho na próxima segunda-feira (25), depois de quase 140 dias de paralisação. Segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), os peritos vão priorizar o chamado atendimento essencial, ou seja, quelas pessoas que nunca passaram por perícia para ter direito a um dos benefícios (auxílio-doença ou aposentadoria especial por invalidez). Também é preciso de perícia para voltar ao trabalho depois da licença. No estado de greve, os profissionais voltam ao trabalho, mas continuam negociando com o governo. "Novas paralisações no futuro não estão descartadas", disse Luiz Argôlo, diretor da ANMP. Até a próxima segunda, apenas 30% dos médicos continuarão trabalhando. Na próxima segunda, todos voltarão a bater ponto, mas em "estado de greve". "Esperamos que com esse distensionamento o governo volte a dialogar com a categoria", afirmou Argolo. A entidade calcula que, no período da greve, 2,1 milhões de perícias deixaram de ser feitas. O tempo médio de espera para o agendamento saltou de 20 dias para 80 dias. Os médicos peritos pedem aumento salarial de 27,5% em, no máximo, duas parcelas anuais, redução da carga horária de 40 horas para 30 horas semanais, a recomposição do quadro de servidores e o fim da terceirização da perícia médica. Na última semana, o governo informou, por meio de nota, que apresentou, em ofício enviado à ANMP no dia 8 de dezembro, proposta que contempla a maioria dos pontos exigidos na mesa de negociação. A exigência dos médicos de redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais sem perda de remuneração, no entanto, é um ponto de discordância. De acordo com o Ministério do Planejamento, foi oferecido aos peritos médicos reajuste de 10,8%, a ser pago em duas vezes, e reajuste dos benefícios sociais - as mesmas condições das demais categorias do funcionalismo. A ANMP afirmou que a União gasta R$ 125 bilhões com benefícios, sendo a metade paga sem perícia médica. A entidade disse que, em 5 anos, quase 3 mil peritos abandonaram a carreira. A taxa de evasão é de 2 peritos por dia útil, "algo inédito no serviço público federal".