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Aneel recusa argumentos de empresa para atraso de Belo Monte

Por Luci Ribeiro e Anne Warth | Estadão Conteúdo

Aneel recusa argumentos de empresa para atraso de Belo Monte
Foto: Regina Santos/ Norte Energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não atendeu novamente a pedido da Norte Energia, que queria a suspensão das penalidades recebidas do órgão regulador pelo atraso nas obras da usina de Belo Monte. Por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União, a agência resolveu "não conceder efeito suspensivo" ao recurso apresentado pelo consórcio contra a decisão do dia 28 de abril que manteve as penalidades. A Aneel não aceitou os argumentos apresentados pela empresa para justificar um atraso de mais de um ano na entrega do empreendimento. Dos 455 dias pedidos pela concessionária, nenhum foi aceito. Com a decisão, a Norte Energia terá de comprar energia no mercado à vista para repor o volume que deixará de entregar às distribuidoras. Em 2014, a Norte Energia pediu para alterar o cronograma de obras da usina. Belo Monte deveria estar pronta em 28 de fevereiro deste ano, mas a empresa deve concluí-la apenas em 14 de março de 2016. A concessionária argumentou que esse atraso está relacionado a atos que não são de sua responsabilidade, como demora na obtenção de licenças, decisões judiciais, atraso em atos de órgãos fundiários, ambientais e indígenas, greves e invasões. Todos esses fatos ocorreram entre 2011 e 2013. Segundo a Aneel, porém, a empresa sempre sustentou que poderia cumprir o cronograma original das obras e somente mudou de posicionamento no ano passado. Para o órgão regulador, a Norte Energia "acumulou" argumentos ao longo dos anos para apresentá-los quando fosse conveniente, justificando um atraso que está relacionado a problemas da própria empresa. Se acatasse os argumentos da empresa, os custos da decisão recairiam sobre o consumidor, que teria de arcar com uma conta de luz ainda mais cara neste ano e em 2016.