Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

PF repudia declaração do gabinete de premiê de Israel sobre ação relacionada ao Hezbollah

Por Folhapress

PF repudia declaração do gabinete de premiê de Israel sobre ação relacionada ao Hezbollah
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Polícia Federal se manifestou nesta quinta-feira (9) sobre o comentário do gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, acerca da operação que prendeu dois brasileiros suspeitos de ligação com o grupo extremista Hezbollah.
 

Em nota, a corporação afirmou que não lhe cabe "analisar temas de política externa", mas declarou que "manifestações dessa natureza violam as boas práticas da cooperação internacional e podem trazer prejuízos a futuras ações nesse sentido".
 

Após a ação policial, deflagrada nesta quarta (8), o gabinete de Netanyahu afirmou que "os serviços de segurança brasileiros, juntamente com o Mossad [agência de inteligência e operações especiais de Israel] e os seus parceiros na comunidade de segurança israelense, juntamente com outras agências de segurança internacionais, frustraram um ataque terrorista no Brasil, planejado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo Irã".
 

"A PF se utiliza da cooperação internacional como instrumento para combater de maneira eficaz a criminalidade organizada transnacional e para preservar a segurança interna", afirmou o órgão, destacando que suas ações são técnicas, balizadas pela lei.
 

Disse ainda que o inquérito sobre o caso "apura fatos de forma imparcial e isenta, buscando a verdade real, sempre seguindo a legislação brasileira e os acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário".
 

"Cabe exclusivamente às instituições brasileiras definir os encaminhamentos e conclusões sobre fatos investigados em território nacional. Não se pode antecipar conclusões sobre os resultados da investigação, que segue seu rito de acordo com a lei brasileira", afirmou.
 

Mais cedo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou sobre a declaração do gabinete do premiê israelense. Em uma rede social, Dino afirmou que o Brasil é "um país soberano" e que "nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil".
 

"Nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento", afirmou.