O Grupo Silvio Santos desistiu, ao menos por enquanto, de vender a Jequiti Cosm&eacute;ticos. As herdeiras do apresentador, que morreu no &uacute;ltimo s&aacute;bado (17), foram informadas que a empresa valia muito mais do que o valor que lhes foi oferecido. 
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A informa&ccedil;&atilde;o, segundo apura&ccedil;&atilde;o da Folha de S.Paulo, foi dada no in&iacute;cio de agosto, antes de seu falecimento. A Cimed, que negociava a compra de 100% das a&ccedil;&otilde;es da empresa, n&atilde;o quis subir novamente a proposta e encerrou as conversas. 
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O valor da primeira proposta da Cimed era estimada em R$ 400 milh&otilde;es. Atendendo a um pedido das herdeiras de Silvio Santos, a empresa aceitou subir a proposta para R$ 450 milh&otilde;es. O acr&eacute;scimo, por&eacute;m, foi considerado insuficiente ap&oacute;s um dado a que elas tiveram acesso. 
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As filhas foram informadas que a Jequiti tinha valor de mercado pr&oacute;ximo aos R$ 654 milh&otilde;es. O F5 confirmou este valor atrav&eacute;s de documentos obtidos pela reportagem na Receita Federal e Junta Comercial, e que formam o patrim&ocirc;nio declarado de Silvio Santos. 
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Ou seja, estava claro que a venda da empresa de cosm&eacute;ticos estava abaixo do que ela, de fato, poderia valer. Uma negocia&ccedil;&atilde;o no futuro n&atilde;o &eacute; descartada. 
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A decis&atilde;o de tentar a venda ocorreu porque o Grupo Silvio Santos entendia que precisava prestar mais aten&ccedil;&atilde;o ao SBT, empresa que &eacute; a joia da coroa do grupo. 
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A Jequiti Cosm&eacute;ticos est&aacute; presente em todo o territ&oacute;rio brasileiro por meio de 260 mil consultoras. A empresa &eacute; conhecida por lan&ccedil;ar perfumes de artistas, como Celso Portiolli, Carlinhos Maia e Larissa Manoela.

Dois dias ap&oacute;s a morte de Silvio Santos, dono e apresentador do SBT, seu nome voltou &agrave; tona num debate que marcou sua trajet&oacute;ria fora das telas: o parque do Rio Bixiga, no centro da cidade de S&atilde;o Paulo. 
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Nesta segunda-feira (19), uma audi&ecirc;ncia na sede do Minist&eacute;rio P&uacute;blico estadual discutiu o projeto para o futuro parque e o nome que pode batiz&aacute;-lo. 
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O que ficou claro ao longo da audi&ecirc;ncia --que reuniu representantes da prefeitura, da academia e da sociedade civil-- &eacute; que a constru&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o deve enfrentar uma s&eacute;rie de dificuldades at&eacute; sua inaugura&ccedil;&atilde;o, que n&atilde;o tem data marcada. 
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Especialistas duvidam da viabilidade da proposta de destampar o rio que passa por baixo do terreno e deix&aacute;-lo a c&eacute;u aberto, h&aacute; a previs&atilde;o da instala&ccedil;&atilde;o de um canteiro de obras da linha 19-Celeste do metr&ocirc; ao lado do parque, e a comunidade reclama sua participa&ccedil;&atilde;o no processo decis&oacute;rio sobre o projeto e dos poss&iacute;veis efeitos no entorno, entre outras reclama&ccedil;&otilde;es. 
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Um tema especialmente sens&iacute;vel &eacute; a preocupa&ccedil;&atilde;o com a valoriza&ccedil;&atilde;o dos im&oacute;veis no entorno e a consequente expuls&atilde;o de moradores mais pobres. 
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&Eacute; a discuss&atilde;o sobre o nome do parque, por&eacute;m, que despertou algumas das falas mais irredut&iacute;veis. Isso porque houve um impasse entre os vereadores durante a vota&ccedil;&atilde;o da cria&ccedil;&atilde;o do parque na C&acirc;mara Municipal, no in&iacute;cio do m&ecirc;s passado. 
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Enquanto o vereador Xex&eacute;u Tripoli (Uni&atilde;o Brasil) prop&ocirc;s nomear o local em homenagem ao diretor Z&eacute; Celso, defensor da cria&ccedil;&atilde;o do parque durante d&eacute;cadas e fundador do Teatro Oficina --que fica ao lado do terreno--, Rubinho Nunes (Uni&atilde;o Brasil) e Jo&atilde;o Jorge (MDB) querem que o parque leve o nome Abravanel, sobrenome de Silvio Santos. 
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Z&eacute; Celso e apresentador travaram uma disputa pelo terreno vizinho ao espa&ccedil;o cultural por mais de 40 anos. O dono do SBT era propriet&aacute;rio do terreno e queria construir na &aacute;rea tr&ecirc;s pr&eacute;dios de uso comercial e residencial. O diretor teatral reivindicava a implanta&ccedil;&atilde;o de uma &aacute;rea verde e organizou v&aacute;rias manifesta&ccedil;&otilde;es pela causa. 
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&quot;Jamais o nome dele ser&aacute; admitido &quot;, disse a vice-presidente da Samorcc (Sociedade dos Amigos e Moradores do Cerqueira C&eacute;sar), C&eacute;lia Marcondes. &quot;O nome tem que ser Z&eacute; Celso, disso, a sociedade civil n&atilde;o abre m&atilde;o.&quot; 
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A oposi&ccedil;&atilde;o no Legislativo municipal, por enquanto, pretende adiar a discuss&atilde;o sobre o batismo do parque, por n&atilde;o ter votos suficientes para aprovar o nome do dramaturgo. Esses vereadores tamb&eacute;m evitam pautar a discuss&atilde;o pois preveem que o nome de Silvio Santos ganhe for&ccedil;a ap&oacute;s sua morte. 
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TEATRO FALA EM INTERVEN&Ccedil;&Atilde;O AMPLA NO BAIRRO

Durante a audi&ecirc;ncia, a arquiteta Mar&iacute;lia Piraju, que integra a equipe do Teatro Oficina, fez uma apresenta&ccedil;&atilde;o sobre o hist&oacute;rico de projetos para o parque do Rio Bixiga. A &aacute;rea verde fazia parte do conceito criada pela arquiteta Lina Bo Bardi para o local. Mais tarde, houve propostas do arquiteto Paulo Mendes da Rocha para o entorno e pesquisas que profissionais do Oficina fizeram com os moradores do entorno. 
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As propostas passaram a incorporar a ideia de uma urbaniza&ccedil;&atilde;o e conex&atilde;o entre equipamentos culturais de todo o bairro. Segundo F&aacute;bio Mariz Gon&ccedil;alves, professor da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), planejar previamente a drenagem do bairro e garantir a perman&ecirc;ncia dos moradores tradicionais deveriam ser as maiores preocupa&ccedil;&otilde;es na implanta&ccedil;&atilde;o do parque. 
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&quot;Temos uma amea&ccedil;a hist&oacute;rica &agrave; atividade teatral, &agrave; atividade das col&ocirc;nias, &agrave; [tradicional festa de Nossa Senhora da] Achiropita, e &agrave; perman&ecirc;ncia da comunidade que historicamente mora l&aacute;, que &eacute; um bairro quilombola&quot;, disse Mariz. 
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Ele tamb&eacute;m levanta d&uacute;vidas sobre a viabilidade da abertura do rio, que faz parte do projeto. Segundo o professor, ningu&eacute;m sabe exatamente a que profundiade est&aacute; o fio d&#39;&aacute;gua do rio Bixiga e &eacute; prov&aacute;vel que a &aacute;gua esteja contaminada --o destampamento poderia levar pragas &agrave; regi&atilde;o, nesse caso. 
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O secret&aacute;rio municipal de Verde e Meio Ambiente, Rodrigo Ravena, garantiu que todas as reivindica&ccedil;&otilde;es ser&atilde;o levadas em conta no projeto. &quot;Voc&ecirc;s tem em mim um aliado&quot;, disse o secret&aacute;rio a membros de movimentos sociais, que contou ter sido criado no bairro do Bixiga. &quot;Eu jogava bola na [rua] Japur&aacute;.&quot; 
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A elei&ccedil;&atilde;o de um conselho gestor do parque s&oacute; deve ser realizada em 2025, uma vez que a escolha dos membros &eacute; proibida por lei durante as elei&ccedil;&otilde;es municipais. &quot;A gente n&atilde;o est&aacute; com pressa&quot;, disse a chefe de gabinete da secretaria, Tamires Olveira. 
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A secretaria anunciou recentemente que deve fazer um concurso p&uacute;blico para escolher o projeto para o parque, que deve ser organizado pelo IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil). Entidades do bairro pediram participa&ccedil;&atilde;o na banca julgadora do concurso. &quot;Essa discuss&atilde;o s&oacute; me faz ter mais certeza de que o modelo do concurso &eacute; o mais adequado&quot;, disse Oliveira. 
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No in&iacute;cio de agosto, a Prefeitura de S&atilde;o Paulo recebeu um cheque de R$ R$ 65 milh&otilde;es para a compra do parque, pago pela Uninove (Universidade Nove de Julho). O dinheiro &eacute; fruto de um acordo da universidade com a Promotoria de Justi&ccedil;a do Patrim&ocirc;nio P&uacute;blico e Social da Capital, e a Prefeitura de S&atilde;o Paulo. 
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O acordo foi aprovado pela Justi&ccedil;a em mar&ccedil;o. Ele ocorreu ap&oacute;s uma a&ccedil;&atilde;o civil de improbidade administrativa de 2021 referente &agrave;s apura&ccedil;&otilde;es sobre a m&aacute;fia dos fiscais. 
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As investiga&ccedil;&otilde;es apontaram que os dirigentes da universidade pagaram R$ 4 milh&otilde;es em propina aos fiscais da prefeitura para a manuten&ccedil;&atilde;o de imunidades tribut&aacute;rias indevidas entre 2009 e 2012. Com o acordo, a universidade indeniza o munic&iacute;pio e se livra da obriga&ccedil;&atilde;o de processos. 
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O valor total do acordo &eacute; de R$ 1 bilh&atilde;o. A maior parte do valor vai custear a loca&ccedil;&atilde;o de im&oacute;veis da Uninove por 16 anos e a disponibiliza&ccedil;&atilde;o do Hospital Lydia Storopoli, que pertence &agrave; universidade, para a secretaria de Sa&uacute;de de S&atilde;o Paulo.

Filha do primeiro casamento de Silvio Santos com Maria Aparecida Vieira, Silvia Abravanel foi adotada pelo casal com tr&ecirc;s dias de vida e, em uma recente entrevista, ela contou que por pouco n&atilde;o foi adotada por uma fam&iacute;lia muito pr&oacute;xima do apresentador. Silvinha, como &eacute; mais conhecida, iria ser acolhida por Manuel e Dalila de N&oacute;brega. &quot;Era para eu ser irm&atilde; do Carlos Alberto e n&atilde;o filha do Silvio&quot;, disse ela 
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A apresentadora, que comanda o infantil Bom Dia &amp; Cia no SBT, ainda contou como aconteceu a ado&ccedil;&atilde;o. &quot;Cheguei em casa com tr&ecirc;s dias de vida. Tenho uma foto que eu estava num cueiro, ficava s&oacute; com a cara de fora. Parecia uma lagarta&quot;, afirmou ela sobre a imagem que guarda do primeiro encontro. 
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Ela ent&atilde;o continuou.&quot;Tinha uma senhora, chamada Terezinha M&atilde;e Cegonha, que arrumava filhos para pais que n&atilde;o tinham e ela era muito amiga do Manuel de N&oacute;brega. O Carlos Aberto j&aacute; era mais velho, tinha uns 19 anos, e a&iacute; o Manuel falou: &#39;Eu n&atilde;o quero. A Dalila n&atilde;o quer. Mas o Silvio quer. D&aacute; pra Cida&#39;&quot;, contou em entrevista ao podcast &quot;Bagaceira Chique&quot;, de Luciana Gimenez. 
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Silvia, que &eacute; m&atilde;e de Luana, da uni&atilde;o com o empres&aacute;rio Murilo Abbas, e de Amanda, com o executivo Felipe Coimbra, prestou uma homenagem a Silvio Santos no &uacute;ltimo Dia dos Pais, 11 de agosto, de quem era muito pr&oacute;xima. &quot;Meu paizinho, meu her&oacute;i, meu melhor amigo. Quero que, neste Dia dos Pais, voc&ecirc; se sinta abra&ccedil;ado com todo amor, carinho e gratid&atilde;o por mim e pelas suas netas Luana e Amanda. Obrigada por ter feito de mim n&atilde;o s&oacute; a mulher que sou, mas o ser humano guerreiro, o ser humano digno, de car&aacute;ter honesto&quot;, escreveu. 
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Silvio morreu aos 93 anos, neste s&aacute;bado (17), v&iacute;tima de uma broncopneumonia que, segundo o boletim m&eacute;dico, foi uma consequ&ecirc;ncia da infec&ccedil;&atilde;o por H1N1. Maria Aparecida Vieira Abravanel, mais conhecida como Cidinha, faleceu aos 39 anos de c&acirc;ncer no est&ocirc;mago, em 1977. Eles ficaram 15 anos casados. 
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