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Mãe de santo de candomblé de Feira de Santana reclama de perseguição religiosa

Por Francis Juliano

Mãe de santo de candomblé de Feira de Santana reclama de perseguição religiosa
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

As areias da praia do Rio Vermelho, em Salvador, recebem diversos grupos de candomblé e umbanda de Feira de Santana durante a Festa de Iemanjá, marcada nesta quinta-feira (2). É o caso do terreiro Ilê Axé Sibonan, que tem como ialorixá Mãe Tuninha de Nanã.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, a mãe de santo declarou que um dos principais propósitos é combater a discriminação religiosa sofrida pelas religiões de matriz africana. Segundo ela, não vai faltar energia para a luta.  

 

“A gente persiste. É muita discriminação. É muita perseguição, mas continuamos persistentes porque temos muita fé no orixá, na nossa ancestralidade. Ninguém vai fazer a gente deixar de seguir o que a gente ama e acredita. Eu respeito todas as religiões. O candomblé não vai morrer nunca. É isso que passo para os meus filhos e quero que eles passem para os filhos deles”, disse.

 

O terreiro Ilê Axé Sibonan fica no bairro 35 BI em Feira de Santana e funciona há 15 anos. Mãe Tuninha tem 25 anos de atuação no candomblé. Segundo ela, as primeiras vezes que veio para a festa em Salvador era sozinha. “Depois, passei a vir de ônibus, carro pequeno”, lembra.

 

Nesta quinta, 15 pessoas do terreiro deixaram o município para vir para Salvador. A espera de dois anos sem a festa parece ter recompensado. “Era muita espera. A pandemia tirou força da gente, tirou gente do nosso convívio, mas eu vim com tudo para esta festa. Vim com muita alegria, vim com gosto de gás”, brincou ao final.