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UFRB entrega relatório de identificação do território pesqueiro de comunidade ameaçada por empreendimento em Boipeba

Por Redação

UFRB entrega relatório de identificação do território pesqueiro de comunidade ameaçada por empreendimento em Boipeba
Foto: Divulgação

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizou, na última segunda-feira (10), a entrega do Relatório de Identificação do Território Pesqueiro da Comunidade de Pescadores e Pescadoras Artesanais Cova da Onça, Ilha de Boipeba, município de Cairu, junto à Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e ao Ministério Público Federal (MPF).

 

O estudo, informou a instituição, tem por objetivo demonstrar o uso tradicional dos recursos naturais e identificar o território da comunidade pesqueira que ao longo de sua trajetória vem sofrendo com o risco de perda do acesso ao mangue, ao mar e às áreas destinadas ao extrativismo de mangaba e guaiamum. 

 

Houve tentativa de implementação de um megaempreendimento imobiliário envolvendo a construção de resort, estrutura para aeródramo e loteamento para construção de residências de luxo na área denominada Ponta dos Castelhanos, Ilha de Boipeba, inserida no território da comunidade.

 

A área se configura como terra da União sendo um espaço compartilhado entre as famílias que ali constituíram vínculos e é essencial para a continuidade do modo de vida de pescadores e pescadoras da comunidade Cova da Onça, assim como das demais comunidades tradicionais vizinhas localizadas na Ilha de Boipeba, tais como os quilombos Moreré e Monte Alegre. 

 

O relatório auxiliará na demanda apresentada ao MPF pela Associação dos Pescadores e Pescadoras de Cova da Onça (APESCO), no que tange à garantia dos direitos coletivos e a necessidade de emissão do Termo de Autorização de Uso Sustentável (TAUS), sob responsabilidade da SPU, que garante o acesso da comunidade aos recursos necessários à sua reprodução física, social, cultural econômica. A comunidade Cova da Onça contou com o apoio social, político e jurídico do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP).

 

O estudo é fruto do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a UFRB, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IFBaiano) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB).