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SEI-BA promove atualização do mapeamento cartográfico da Bahia e 1ª etapa começa na Chapada Diamantina

Por Eduarda Pinto

SEI-BA promove atualização do mapeamento cartográfico da Bahia e 1ª etapa começa na Chapada Diamantina
Foto: Divulgação / SEI-BA

Iniciado em 2008, os projetos de elaboração e atualização das Bases Cartográficas de Referência do Estado da Bahia são produzidos por meio da atuação de geógrafos, analistas e pesquisadores da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-BA). A criação da nova base cartográfica, em escalas 1:25.000 e 1:50.000 - mais detalhadas e complexas em relação à escala 1:100.000, já existente -, começou em 2023, e os trabalhos começam na região escolhida para ser o Lote 01 de análises, localizado em parte da Chapada Diamantina, incluindo cerca de 24 municípios. 

 

O coordenador de Cartografia e Geoprocessamento da SEI, Fábio Sampaio, explica que o material é de uso transversal na gestão pública e deve se disponibilizado publicamente após a finalização. “A principal destinação da cartografia é dotar o Estado de informações sobre o seu território. Só é possível você fazer uma gestão eficiente do território uma vez que você tenha o conhecimento total, então é essencial para a gestão de todas as políticas públicas”, afirma. E completa: “Pode ser utilizado para diversas finalidades, como segurança pública, hidrografia e manejo de águas, questões climáticas”.

 

Os estudos podem ser manejados ainda para a produção de estudos econômicos sobre a região, Defesa Civil, cultura, educação e meio ambiente. Com um total de 69 profissionais envolvidos, sendo 60 deles, a equipe técnica e outros nove de análise, o investimento no projeto foi de R$ 12,337 milhões. 

 

Foto: Visita in loco na Chapada. Divulgação / SEI-BA

 

O processo de mapeamento, que envolve o uso de uma aeronave tripulada, câmeras de alta definição, lasers e GPS, permite que os profissionais coletem informações detalhadas de altimetria e relevo das regiões estudadas. 

 

“O processo basicamente são essas fotos, que são feitas na aeronave. Ela [a aeronave] tem essa câmera embarcada, tem o laser e ele [o laser] pega as informações de altitude do terreno, então a gente tem esse dado de uma forma mais automática e precisa. Então, a gente tem essas fotos que tem uma qualidade muito alta”, detalha a geógrafa da SEI, Eliza Maia, que acompanhou o trabalho de campo, realizado pela equipe terceirizada. 

 

A geógrafa aponta ainda que, após o registro das imagens, é necessária a realização de uma visita humanizada nas localidades para garantir a eficiência interpretativa dos dados. “As [as equipes] foram verificar in loco algumas dúvidas que estavam sendo geradas entre a interpretação do material que a gente recebeu e os dados que foram produzidos. Dúvidas principalmente em alguns pontos específicos, se era, por exemplo, uma represa ou uma lagoa, se ela foi naturalmente gerada ou construída”, reiterou. Durante as visitas, as equipes também realizam entrevistas com a comunidade.

 

Visitas in loco na Chapada Diamantina | Fotos: Divulgação / SEI-BA

 

Com 32 mil quilômetros quadrados, a região analisada da Chapada Diamantina ainda não teve sua análise finalizada. Fábio Sampaio alega que a justificativa da prorrogação são as constantes influências climáticas da região, como nebulosidade ou chuvas, que comprometem o trabalho. 

 

“Essa área, especificamente, é maior, por exemplo, do que o Estado de Sergipe, só para ter dimensão do tamanho. Então, a gente iniciou em junho do ano passado esse contrato [com a equipe técnica] da Chapada Diamantina, mas a última tomada de fotos lá foi pelo mês de novembro [de 2023]”. Ele reforça ainda que as visitas in loco, por sua vez, começaram em maio deste ano. 

 

Além do Lote 1, na Chapada, o projeto da SEI conta com outras seis etapas, sendo o Lote 2, a região que abrange Feira de Santana e o sisal baiano, com uma área de 31 mil quilômetros quadrados. A publicação oficial da contratação da empresa de aerolevantamentos para prestar serviços no Lote 02 foi feita nesta terça-feira (4), no Diário Oficial do Estado. O contrato no valor de R$ 11,837 milhões tem vigência de 12 meses. 

 

O coordenador afirma que a finalização destas etapas serão o principal projeto financiado pela Coordenação de Cartografia e Geoprocessamento da (SEI) nos próximos dois anos. “É um investimento do Estado e recursos próprios que vão ser colocadas durante esse ano de 2023 e 2025”, evidencia Fábio. 

 

Com previsão de finalização até 2025, o material colhido e analisado pela SEI na Chapada, e lotes seguintes, deve ser posteriormente disponibilizado ao público no portal SEIGeo.