Nilo justifica adiamento de votação da lei ambiental: 'Os deputados iam votar o projeto sem conhecê-lo'
Por José Marques
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), classificou como uma “atitude de sensatez” a recomendação feita à base do governo para que a votação do projeto de lei que modifica o licenciamento ambiental na Bahia fosse adiada. A sugestão foi feita após a decisão da maioria, proferida pelo líder Zé Neto (PT), de votar o projeto nesta terça (13), e causou desconforto ao petista, pelas réplicas feitas no plenário. Após acatar a ideia – e deixar o pleito para a próxima semana – Zé Neto disse que esperava uma atuação “mais magistrada” do presidente. Em almoço com os jornalistas nesta quinta (15), Nilo afirmou que tentava “preservar a instituição” por meio de uma “posição política”. “Em uma semana, o relator acatou 25 emendas, 15 da oposição. Na leitura das emendas no plenário, é normal que haja dispersão, que não se absorva tudo o que é dito. Então, como vamos votar um projeto daquela importância sem conhecer o projeto?”, questionou. Outra preocupação do pedetista é o travamento das atividades da Casa, prometida pelo deputado Paulo Azi (DEM), caso o pleito não tivesse sido adiado. A ala da minoria também prometeu trancar a pauta do dia para que a apreciação da matéria só fosse encerrada na madrugada. “Eu já venho debatendo o Orçamento com Paulo Azi e a oposição para que a gente possa votar por acordo. Se não tivesse adiado a sessão, ia tudo por água abaixo e a gente só ia conseguir votar isso em janeiro. Votar por acordo é melhor do que votar na porrada”, comparou.