Vocalista da Maglore relata dificuldades de tocar no trio, mas ressalta: 'Foi edificante'

O vocalista e guitarrista da banda Maglore, Teago Oliveira, falou das dificuldades em tocar em cima de um trio elétrico. O grupo se apresentou pela primeira vez no trio na última quinta-feira (8), no segundo dia do Furdunço, na Barra. “Um carnaval em cima do trio exige um mínimo de experiência e para ter esse mínimo de experiência, você tem que ter passado um carnaval em cima de um trio, coisa que a gente não tinha feito. A gente só foi entender o negócio quase duas horas depois, já na metade do percurso. A questão é que a Maglore tem um som com nuances muito delicadas de volume. A gente não é muito percussivo. Somos mais melódicos e o barulho externo e dos trios ao nosso redor, trio esses que tinham uma potência maior que a nossa, era como se a gente tivesse desenhando em um papel e o desenho ter saído em outro lugar, como se a gente não tivesse vendo o que estávamos desenhando.  Como se a tivesse vendo um filme de olhos fechados e com os ouvidos também. Foi muito complicado e a partir daquele momento, até de desespero, decidimos tocar a nossa música e deixar fluir, pois o público estava querendo isso. Foi uma experiência única e valeu muito a pena de ter feito esse carnaval. Espero ter a chance de fazer mais, pois tenho certeza que eu faria muita coisa diferente nas próximas”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias. Teago ainda expressou a sua felicidade em poder agradar a massa presente no Furdunço. “Foi uma realização muito importante para a banda e quando a apresentação terminou a gente estava muito feliz de saber que funcionou. Pois é difícil fazer o som para o povão. A gente saiu com outra cabeça depois dessa experiência. É muito mais difícil fazer um som para uma multidão que quer ouvir clássicos do carnaval e que quer dançar. Foi uma experiência edificante e muito massa”, destacou. A banda Maglore se apresenta no Carnaval de Salvador neste domingo (11). Porém, o show será no palco, no Pelourinho.