Katê comemora espaço para mulheres no pagode baiano: 'Sempre lutei por isso'

A cantora Katê comemorou que mulheres estejam ganhando cada vez mais espaço no pagode baiano. Prestes a comandar um trio sem cordas no Circuito Dodô (Barra-Ondina), ela conversou com o Bahia Notícias e se colocou como uma das responsáveis por dar voz e vez a essas novas artistas. 

"Eu gravei com Ed City, com Saulo, levantei essa bandeira em todo país, pra que agora as meninas que viessem do gueto, que não tinham força, que não tinham visibilidade, pudessem começar um trabalho no pagode. Eu sempre lutei por isso, pela mulher no pagode, apesar de não ter feito disso a minha carreira. A minha primeira banda era de pagode. Então eu amo, estou muito feliz, e espero que venha muito mais. Ayla Menezes também é uma artista que eu adoro, e agora a Dama está conseguindo espaço. Tô torcendo por elas", apontou.

Nascida "na terça-feira de carnaval no ano que nasceu o axé", como ela mesmo conta, Katê falou sobre sua paixão pela festa de Momo. "Desde criança eu sou apaixonada, e com muita luta com 14 anos eu saí pela primeira vez no carnaval de Salvador. Há anos eu faço parte dele, trabalhando, mas pra mim é uma grande diversão. È um prazer enorme. Adoro puxar trio elétrico, fazer pipoca, ver meus fãs do Brasil inteiro que se reúnem aqui pra se divertir com a gente", revelou.

A cantora ainda falou sobre sua ida para São Paulo. "Eu fui pra lá pra poder expandir o meu mercado, pra começar a fazer shows lá também. Volta e meia tinha convites, mas a gente não conseguia atender com minha equipe aqui de Salvador. Então montei uma equipe lá, fiz meu lançamento com Marília Mendonça no final do ano. Estou bem feliz e esse ano é de muito trabalho aqui e lá também". Com a mudança, haverá também novidades no repertório: "Eu vou lançar ao longo desse ano mais músicas românticas, que é uma vertente que eu fiz também no Voa Dois. Mas desde que eu fiquei solo, como eu sempre queria cantar muito pagode nos meus shows, eu comecei a levar essa bandeira pra mulherada quebrar essa barreira de que mulher não podia cantar pagode. Mas eu gosto de cantar um monte de coisa".